capítulo-24

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Por Pedro

Encaro isso como a grande oportunidade da minha vida, mas não irei tolerar ser feito de serviçal e realizar funções diferentes das que fui contratado para realizar.

O envolvimento que ela e eu tivemos ficou no passado e hoje, somos dois adultos com missões diferentes que acabam se encontrando.

Ela tem a missão de ajudar seu pai a liderar esse país, eu tenho a missão de observar as leis e dar suporte para ela.

Sou um advogado, não um serviçal, sei que posso ter sido ríspido com ela, mas não irei me submeter a funções inferiores por em um passado ter havido uma amizade entre nós dois. Cheguei até aqui por esforço próprio e sempre irei valorizar o meu empenho.

— Você está tenso, amor.— Disse minha namorada.

— Só estou um pouco cansado, Alicia.

— Você quase não tocou na comida. Como foi o seu dia de trabalho?

— Recebi um convite de trabalho novo e já aceitei.

— Sério?— vejo um sorriso nela, mas sei que irá durar pouco.

— Alicia, irei trabalhar com a princesa Isabelle de Bragança.

Alicia balança a cabeça em negação. Trouxe ela nesse restaurante que ela tanto ama já sabendo que iria dar essa notícia para ela e ela não iria gostar.

— Você sabe o que eu penso sobre essa família e principalmente por essa garota.

— Aceitei apenas por ser a minha chance de crescer.

— É isso que está te deixando tenso?— Perguntou

— Sabe o que estou precisando? De nós dois sobre a minha cama.

— Pedro— Disse sorrindo— fala isso baixo.

Me levanto para pagar a conta e vou no ouvido dela.

— Não adianta ficar vermelhinha— mordo a orelha dela de leve— Eu adoro te deixar assim.

Fui até o caixa pagar a conta, pelo simples fato de não ter paciência de esperar o garçom vir até a mesa fechar a minha conta.

— Boa noite— Disse a moça do caixa

— Aquela mesa ali— apontei para mesa em que está Alicia.

Vejo a TV enquanto ela soma e percebo que está passando uma matéria sobre o benefício para mulheres.

— Finalmente algo que irá me ajudar— comentou a moça com o rapaz ao seu lado.

— Você terá direito a trezentos reais, certo?— perguntou o rapaz.

— Eu não sei, eu sou a única provedora da minha casa.

— Você terá direito a oitocentos Reais— Falei.

Vejo um sorriso no rosto da mulher e isso me alegra. Fico muito satisfeito por ter trabalhado em algo que irá beneficiar tantas pessoas.  Me lembro das dificuldades que tantas vezes presenciei após se mudar para o Brasil.

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