capítulo-1

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O ano é 2016, o drama dos imigrantes da síria comoveu o imperador do Brasil.

Fernando enviou ao parlamento um projeto para receber 400 mil imigrantes

Foi um projeto bastante polêmico, a extrema direita atacava o projeto chamando o imperador e o primeiro ministro de anti patriotas, parte da população do Brasil foi contra o projeto alegando que com a migração entrará terroristas em terras brasileiras. após muito bate e boca o projeto foi aprovado, e posteriormente promulgado por Dom Fernando.

Março de 2016.

Milhares de refugiados chegam ao Brasil, a grande maioria para as províncias do sul, sudeste e centro oeste. o primeiro ministro criou o projeto que ficou conhecido como "Brasileira-los" dando suporte de educação, trabalho e moradias populares aos imigrantes.

Por Isabelle

Me chamo Isabelle Albuquerque Lins de Orleans e Bragança ou como sou conhecida 'Princesa Isabel' sou filha única de Fernando Albuquerque de Orleans e Bragança e Maria Ester Lins dos santos de Orleans e Bragança (Por casamento). Nasci em 12/01/1998, já nasci como Princesa imperial do Brasil. minha vida sempre foi pública e por isso tenho poucos amigos, Jéssica e Ana Beatriz são minhas únicas amigas.

Ser herdeira ao trono brasileiro é uma responsabilidade gigantesca e isso me causa medo. Foi muito difícil para a ala conservadora da minha família me ver estudando em uma universidade pública com o povo brasileiro. Minha vida toda sempre tive meus passos vigiados por um sistema severo de segurança e por uma mídia insuportável que transforma tudo que envolva o meu nome em uma matéria. Para muitos sou antipática e sem carisma, quando na realidade sou apenas uma jovem entrando na vida adulta com muito medo de um futuro já escrito, do qual eu não tenho a mínima chance de reescrevê-lo.

Meu primeiro dia como aluna de uma universidade pública não poderia ser tão diferente dos outros dias da minha vida. Essa será a minha primeira oportunidade de ter uma vida normal, mas sei que essa experiência passará longe de ser normal.

— Preparada para seu primeiro dia, filha? — Pergunta minha mãe.

Minha mãe é minha melhor amiga, e se não fosse por Jéssica e Ana Beatriz, minha mãe seria minha única amiga. Conheci Jéssica por sua família ser uma família da alta sociedade carioca e sempre frequentar os famosos bailes da coroa brasileira. Já Ana Beatriz conheci por intermédio de Jéssica.

Jéssica por ser dois anos mais velha, já está cursando uma universidade, mas Ana Beatriz escolheu o mesmo curso que eu. Fiquei muito feliz por tê-la ao meu lado nessa nova jornada da minha vida.

— Essa será a primeira vez que terei uma vida normal, Mamãe. — Suspiro e vejo um olhar preocupado em meu pai

— Eu ainda acho essa uma péssima ideia. O povo brasileiro não está muito feliz com a entrada de imigrantes no Brasil. Eu temo por sua segurança, filha.

— Pai, eu preciso conhecer o povo que um dia será o meu povo.

— Ela tem razão, Fernando. Isabelle precisa conhecer mais sobre o mundo e essa é sua grande chance de se aproximar mais do povo. Como o mundo irá descobrir que ela tem um senso de humor maravilhoso se ela está sempre trancada dentro desse Palácio. Ainda mais agora que nossa filha  alcançaou a vida adulta e iniciará seus compromissos como Princesa herdeira do Brasil.

— Filha, entre nesse carro antes que eu me arrependa. — Meu Pai beija minha testa.

Abraço minha mãe e entro no carro que já está a minha espera na entrada do Palácio.

Eu poderia ir andando para a universidade, pois ela é bem próxima do Palácio, mas é impossível. Nunca andarei sozinha. sempre andarei com 24 homens armados ao meu redor.

👑👸

Na frente da universidade há uma quantidade absurda de jornalistas. A escolta entra no terreno da universidade e os portões são fechados para evitar a entrada dos jornalistas.

Isso realmente é necessário? Restringir o ir e vir dos alunos para que eu possa entrar na universidade.

O terreno da universidade parece fantasma, pois não vejo a presença de alunos e sei o motivo. Todos precisaram passar por uma revista para entrar no prédio.

Meu carro para na entrada do prédio da universidade e sou recepcionada pelo reitor.

— Vossa alteza imperial— Me cumprimento— Me chamo Henrique e sou o reitor dessa universidade.

— Prazer, Henrique— o cumprimento.

— É um motivo de felicidade para nossa universidade ter como aluna a futura imperatriz dessa nação.

— Estou causando um pouco de confusão pelo visto.— Digo rindo

— O sistema de segurança irá instalar detectores de metais em todas as entradas da universidade, sendo obrigatório a identificação dos alunos nos portões.

— Acho tudo isso muito desagradável, mas foi essa a cláusula imposto por sua Majestade para que eu tenha uma "vida normal" — Faço aspas com os dedos.

— Me acompanhe, Alteza. Irei apresentar o campus.

Sigo Henrique pelo interior do Prédio.

— No primeiro piso nós temos as salas administrativas. No segundo piso nós temos os banheiros e auditório. No terceiro e último piso ficam as salas de aula. Nossa universidade é referência mundial no curso de direito, qual o curso escolhido por vossa alteza?

— Eu escolhi Geografia.

— Ótimo curso. Teremos alguns imigrantes estudando em nossa universidade, mas cuidei que não haja contato entre eles com a senhorita.

— Perdão, você cuidou para que eu não tenha contato com imigrantes?

— Sim.

— exijo que não haja interferência sobre isso! Todos somos iguais e caso isso aconteça, irei pessoalmente denunciar essa universidade por xenofobia.

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