Enfin

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Se passaram horas, minutos e segundos. Eu adormeci no sofá da recepção e acordei assustada, com uma voz inacreditável.

_Ei, levanta, vai acabar ficando com dores no pescoço._ disse Jade e eu me assustei._ Que foi? Sou eu, relaxa._ disse e sorriu.

Eu fiquei sem reação, não sabia se era um sonho, mas estava muito real. Jade me aparecia mais feliz, com o rosto corado e uma barriguinha de gravidez.

_ Eu vim com o Victorio. Como seu namorado está? Tá tudo bem?_ perguntou e se sentou no meu lado.

_ A cirurgia foi ótima, graças a Deus! Ele está fraco, mas vai ficar bem._ respondi.

_ Ele vai sim, vai ficar tudo bem! Eu estava na faculdade, Victorio me ligou desesperado, por isso não vim mais cedo._ disse e eu me impressionei com tanta preocupação.

_ Tudo bem, fica tranquila! E a gravidez? Faculdade?_ perguntei e ela sorriu.

_ Faz muito tempo que não conversamos, somos primas, precisamos atualizar a nossa amizade._ falou e rimos._ Então, eu comecei a fazer enfermagem e daqui uns anos, vou me formar em medicina também._ disse toda feliz.

_ Que ótimo! Fico feliz por vocês!_ exclamei.

_ Bom, estou grávida de um homenzinho._ disse baixinho e eu me surpreendi.

_ Sério? Meus parabéns!_ falei e abracei ela.

_ Obrigada, prima._ agradeceu.

De repente, Victorio aparece.

_ Amor, acho melhor você ir para um hotel, vai descansar, você não pode se desgastar._ disse ele preocupado.

_ Eu estou grávida e não morta. Vou fazer companhia para a Margot._ falou Jade.

_ Margot, cuida dela por mim._ disse ele e sorriu.

_ Pode deixar._ respondi.

Ele saiu e Jade se levantou.

_ Que tal irmos comer alguma coisa?_ perguntou e riu.

_ Ótimo!_ exclamei e fomos.

_ Quando começou sua paixão por medicina?_ perguntei curiosa

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_ Quando começou sua paixão por medicina?_ perguntei curiosa.

_ Eu também não sei._ respondeu seriamente e eu me segurei para não rir._ Pode rir._ falou e não aguentei.

_ Sério? Eu já nasci sabendo o que eu queria, pensei que fosse seguir na moda também._ falei e rimos.

_ Mas é claro, você sempre ficou mexendo nas coisas da vovó. Ficava costurando panos, fazendo vestidos e roubando botões das blusas._ disse e continuamos a rir.

_ Lembra que eu fazia os vestidos para você usar e você dizia que eu era sua fada madrinha?_ perguntei.

_ Lógico! Você fazia cada coisa com os restos de pano._ falou rindo._ Saudades desse tempo, não tínhamos maldade._ disse e eu concordei.

_ É, realmente os tempos são outros._ falei.

_ Aproveitando o momento dócil, gostaria de te pedir perdão e Desculpas, por todas as coisas que eu fiz e deixei de fazer por você, Margot. Somos primas, éramos grandes amigas e espero poder recuperar a nossa essência um dia. Sinceramente, tenho vergonha do que fui no passado. Uma mulher imatura, mas espero que você me perdoe um dia._ disse calmamente e eu quase me engasguei.

_ Nossa, tudo bem, relaxa! Era o seu jeito, fica tranquila._ falei e sorri.

_ Ainda tenho que pedir desculpas para a Valentina, afinal, ela está bem?_ perguntou.

_ Sim, ela está até noiva._ respondi e ela ficou surpresa.

_ Mas gente, não fiquei sabendo disso não._ disse indignada.

_ Fica calada! Só a gente sabe!_ exclamei e rimos._ Qual vai ser o nome do filho de vocês?_ perguntei.

_ Estávamos pensando em colocar um nome bem diferente, mas ainda não decidimos._ respondeu e o celular tocou.

_ Com licença, já volto._ falei e fui atender.

Quem ligou para mim foi Valentina e fui um pouquinho longe atender.

_ Fala, perua._ falei.

_ Margot, onde você está? Como está o Sebastian?_ perguntou desesperada.

_ Estou no hospital, tudo ótimo, não precisa se preocupar._ respondi.

_ Mas que bom! Cheguei em casa agora, vou tomar um banho e jantar._ falou e eu ri.

_ Pensei que fosse passar mais alguns dias aqui, Senhorita Stefan._ falei ironicamente.

_ Olha, eu não vou te xingar porque você está em um hospital._ disse estressada.

_ Beijos e se cuida._ me despedi e desliguei.

De repente, Jade aparece e me puxa.

_ Vem logo! O médico está te chamando._ disse ela e fomos correndo.

Chegamos na sala dela e ele riu com o nosso desespero.

_ Fiquem tranquilas! Já volto._ exclamou e saiu da sala.

Depois de alguns minutos, ele voltou com um papel na mão.

_ Bom, o Sebastian acordou agora a pouco e fizemos uma avaliação. Pressão, glicoce, batimentos cardíacos, ele irá ter alta amanhã mesmo._ disse e ficamos super felizes.

_ Meu Deus! Que boa notícia!_ falou Jade e me abraçou.

_ Que pena que não posso ver ele._ falei e o médico riu.

_ Eu falei com ele que vocês estavam aqui e ele não gostou​ nem um pouco, disse que era para vocês irem pra casa descansar e que ele não morreu._ falou e me entregou o papel._ Também pediu para eu lhe entregar isso._ disse e eu abri.

_ Ele não tem que opinar em nada. Bateu com a moto e quer dar lição de moral?_ perguntou Jade e rimos.

Quando eu abri, me impressionei, fiquei encantada e até me sentei, de tanto nervoso.

" Meu amor! Eu estou aqui, deitado nesta cama fria e sem você, para mim está sendo uma tortura. Gostaria que fossem para a minha casa descansar, afinal, eram para vocês já estarem lá. Beijos, Te amo!"

Eu fiquei tão feliz, não pude acreditar com o final e Jade se assustou.

_ Você está bem?_ perguntou e eu rindo.

_ Sim._ respondi toda feliz._ Obrigada, doutor._ agradeci e saímos da sala.

Quase 4 da manhã e lá estávamos nós. Sentadas em frente ao hospital e tomando mais café, jogando conversas foras e esperando o tempo passar. Nunca pude imaginar que um dia, gostaria tanto de conversar com Jade.

Depois de horas e horas de papo, fui no banheiro e vi que eu estava um trapo. Cabelo bagunçado, roupas fedorentas e óculos sujo. Lavei o rosto e Jade apareceu, retocando o batom.

_ Como você ainda tem ânimo pra isso?_ perguntei indignada.

_ Eu nem sei, só sei que esse batom é maravilhoso._ respondeu e rimos.

Menina Das Rosas BrancasOnde histórias criam vida. Descubra agora