Margot é uma menina doce e de sorriso encantador... Ela nasceu no Brasil, mas foi estudar na Rússia ainda pequena. Ela é simplesmente apaixonada, mas nunca teve sorte no amor... Ama rosas ( de preferência branca) e adora ler. Formada em moda, ela in...
Se passaram horas, minutos e segundos. Eu adormeci no sofá da recepção e acordei assustada, com uma voz inacreditável.
_Ei, levanta, vai acabar ficando com dores no pescoço._ disse Jade e eu me assustei._ Que foi? Sou eu, relaxa._ disse e sorriu.
Eu fiquei sem reação, não sabia se era um sonho, mas estava muito real. Jade me aparecia mais feliz, com o rosto corado e uma barriguinha de gravidez.
_ Eu vim com o Victorio. Como seu namorado está? Tá tudo bem?_ perguntou e se sentou no meu lado.
_ A cirurgia foi ótima, graças a Deus! Ele está fraco, mas vai ficar bem._ respondi.
_ Ele vai sim, vai ficar tudo bem! Eu estava na faculdade, Victorio me ligou desesperado, por isso não vim mais cedo._ disse e eu me impressionei com tanta preocupação.
_ Tudo bem, fica tranquila! E a gravidez? Faculdade?_ perguntei e ela sorriu.
_ Faz muito tempo que não conversamos, somos primas, precisamos atualizar a nossa amizade._ falou e rimos._ Então, eu comecei a fazer enfermagem e daqui uns anos, vou me formar em medicina também._ disse toda feliz.
_ Que ótimo! Fico feliz por vocês!_ exclamei.
_ Bom, estou grávida de um homenzinho._ disse baixinho e eu me surpreendi.
_ Sério? Meus parabéns!_ falei e abracei ela.
_ Obrigada, prima._ agradeceu.
De repente, Victorio aparece.
_ Amor, acho melhor você ir para um hotel, vai descansar, você não pode se desgastar._ disse ele preocupado.
_ Eu estou grávida e não morta. Vou fazer companhia para a Margot._ falou Jade.
_ Margot, cuida dela por mim._ disse ele e sorriu.
_ Pode deixar._ respondi.
Ele saiu e Jade se levantou.
_ Que tal irmos comer alguma coisa?_ perguntou e riu.
_ Ótimo!_ exclamei e fomos.
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_ Quando começou sua paixão por medicina?_ perguntei curiosa.
_ Eu também não sei._ respondeu seriamente e eu me segurei para não rir._ Pode rir._ falou e não aguentei.
_ Sério? Eu já nasci sabendo o que eu queria, pensei que fosse seguir na moda também._ falei e rimos.
_ Mas é claro, você sempre ficou mexendo nas coisas da vovó. Ficava costurando panos, fazendo vestidos e roubando botões das blusas._ disse e continuamos a rir.
_ Lembra que eu fazia os vestidos para você usar e você dizia que eu era sua fada madrinha?_ perguntei.
_ Lógico! Você fazia cada coisa com os restos de pano._ falou rindo._ Saudades desse tempo, não tínhamos maldade._ disse e eu concordei.
_ É, realmente os tempos são outros._ falei.
_ Aproveitando o momento dócil, gostaria de te pedir perdão e Desculpas, por todas as coisas que eu fiz e deixei de fazer por você, Margot. Somos primas, éramos grandes amigas e espero poder recuperar a nossa essência um dia. Sinceramente, tenho vergonha do que fui no passado. Uma mulher imatura, mas espero que você me perdoe um dia._ disse calmamente e eu quase me engasguei.
_ Nossa, tudo bem, relaxa! Era o seu jeito, fica tranquila._ falei e sorri.
_ Ainda tenho que pedir desculpas para a Valentina, afinal, ela está bem?_ perguntou.
_ Sim, ela está até noiva._ respondi e ela ficou surpresa.
_ Mas gente, não fiquei sabendo disso não._ disse indignada.
_ Fica calada! Só a gente sabe!_ exclamei e rimos._ Qual vai ser o nome do filho de vocês?_ perguntei.
_ Estávamos pensando em colocar um nome bem diferente, mas ainda não decidimos._ respondeu e o celular tocou.
_ Com licença, já volto._ falei e fui atender.
Quem ligou para mim foi Valentina e fui um pouquinho longe atender.
_ Fala, perua._ falei.
_ Margot, onde você está? Como está o Sebastian?_ perguntou desesperada.
_ Estou no hospital, tudo ótimo, não precisa se preocupar._ respondi.
_ Mas que bom! Cheguei em casa agora, vou tomar um banho e jantar._ falou e eu ri.
_ Pensei que fosse passar mais alguns dias aqui, Senhorita Stefan._ falei ironicamente.
_ Olha, eu não vou te xingar porque você está em um hospital._ disse estressada.
_ Beijos e se cuida._ me despedi e desliguei.
De repente, Jade aparece e me puxa.
_ Vem logo! O médico está te chamando._ disse ela e fomos correndo.
Chegamos na sala dela e ele riu com o nosso desespero.
_ Fiquem tranquilas! Já volto._ exclamou e saiu da sala.
Depois de alguns minutos, ele voltou com um papel na mão.
_ Bom, o Sebastian acordou agora a pouco e fizemos uma avaliação. Pressão, glicoce, batimentos cardíacos, ele irá ter alta amanhã mesmo._ disse e ficamos super felizes.
_ Meu Deus! Que boa notícia!_ falou Jade e me abraçou.
_ Que pena que não posso ver ele._ falei e o médico riu.
_ Eu falei com ele que vocês estavam aqui e ele não gostou nem um pouco, disse que era para vocês irem pra casa descansar e que ele não morreu._ falou e me entregou o papel._ Também pediu para eu lhe entregar isso._ disse e eu abri.
_ Ele não tem que opinar em nada. Bateu com a moto e quer dar lição de moral?_ perguntou Jade e rimos.
Quando eu abri, me impressionei, fiquei encantada e até me sentei, de tanto nervoso.
" Meu amor! Eu estou aqui, deitado nesta cama fria e sem você, para mim está sendo uma tortura. Gostaria que fossem para a minha casa descansar, afinal, eram para vocês já estarem lá. Beijos, Te amo!"
Eu fiquei tão feliz, não pude acreditar com o final e Jade se assustou.
_ Você está bem?_ perguntou e eu rindo.
_ Sim._ respondi toda feliz._ Obrigada, doutor._ agradeci e saímos da sala.
Quase 4 da manhã e lá estávamos nós. Sentadas em frente ao hospital e tomando mais café, jogando conversas foras e esperando o tempo passar. Nunca pude imaginar que um dia, gostaria tanto de conversar com Jade.
Depois de horas e horas de papo, fui no banheiro e vi que eu estava um trapo. Cabelo bagunçado, roupas fedorentas e óculos sujo. Lavei o rosto e Jade apareceu, retocando o batom.
_ Como você ainda tem ânimo pra isso?_ perguntei indignada.
_ Eu nem sei, só sei que esse batom é maravilhoso._ respondeu e rimos.