today's gonna be different.

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                  CHEGAMOS A 1K!
                     Alex Dawson.

— Seja bem-vinda, Dawson, ao meu humilde lar.

Eu adoro ironia. E o senso de humor de Quentin é extraordinário. Sua casa é enorme, e estava mais do que claro que sua família era rica. Maxine deu uma risadinha seca atrás de mim e empurrou-me pelos ombros.

— Vamos, Alex, vamos entrar na modesta casa de Quentin Wyatt. Ei, Q, depois nós podemos pegar seu modesto carro para dar uma volta?

Eu soltei um riso engasgado, pois os pais de Quentin tinham um Rolls Royce estacionado na frente da casa, e esse era apenas o carro da família. Quentin não é filho único, ele tem um irmão, Charles Wyatt, que cursa agora a mesma Universidade que meu irmão, mas estuda Fotografia ao invés de Física. Ele tem os neurônios no lugar, obviamente.

— Muito engraçado, Max, mas o máximo que terá essa noite é o meu skate.

Maxine murmurou "bastardo", mas suas palavras saíram emboladas. Talvez, mas só talvez, nós tenhamos pegado as bebidas de seu pai antes de virmos para a casa de Quentin. Maxine não é a pessoa mais prudente quando trata-se de bebidas alcoólicas, então ela estava mais animada do que eu. Eu sacudi os ombros para livrar-me de suas mãos, e poder erguer os braços sem impedimentos. E quando eu o fiz, estiquei uma garrafa de vidro em direção a Quentin

— Não é nenhum champagne francês, mas vodca é sempre querida.

Ele rolou os olhos, risonho, e saiu do caminho para que nós pudéssemos entrar. Eu olhei ao redor e constatei de primeira que a decoração era vitoriana. Havia muitos detalhes elegantes, inúmeros espelhos e obras famosas. Era algo realmente especial.

— Estão todos perto da piscina, vocês podem ir na frente.

Max entrelaçou o braço no meu e enfiou as mãos nos bolsos do casaco. Ela adorava fazer aquilo. Dizia que era ótimo porque suas mãos ficavam aquecidas o tempo todo. Nós atravessamos um corredor largo, e quando observei o piso encerado, pensei em Hans e em como seria bacana andar de skate por ali.

Max e eu seguimos até a piscina, e assim que atravessamos as portas de vidro de correr, olhamos uma para a outra e sorrimos de maneira eloquente. Riles ergueu os dois braços e gritou nossos nomes; então, arrancou o beck da boca e abraçou-nos, dizendo como estava feliz por estarmos ali. Então, ele esticou o cigarro em nossa direção e olhou-nos sugestivo.

— Querem dar um tapinha na pantera?

Maxine rolou os olhos, mas riu alto.

— Que droga de linguagem é essa, Riley?

— Curtiu, gatinha? É charme sulista. Eu pesquisei.

— Riles, eu tenho certeza absoluta que sulistas não falam "tapa na pantera".

Eu ri dos dois, e alcancei o beck entre os dedos de Riles, prendendo-o entre meu polegar e indicador. Passei do lado dele, e saí andando enquanto tragava. Eu não sou nenhuma chaminé como Hughes, apenas gosto de relaxar de vez em quando. Um pouco de diversão não mata ninguém.

— Eles estão discutindo? — Sculler perguntou, quando viu-me chegar.

Engoli a fumaça enquanto balançava o rosto em concordância. Aproximei-me mais para que eu pudesse sentar ao seu lado.

— Maxine não gosta do novo vocabulário de Riles. Oi, Alison.

Eu pude ver seus olhos vermelhos de longe, e ri ao vê-la sorrir preguiçosamente em minha direção, em forma de cumprimento. Analisei Sculler. Ele estava mais bonito do que ontem, acho que verde era sua cor, porque combinava com seus olhos. Ele olhou-me de volta e bebeu um pouco de sua Budweiser. Espero que as coisas estejam legais entre nós. Eu sorri abertamente ao ouvir Iggy Pop soar por nossos ouvidos. Quentin surgiu com um engradado de cervejas, e a garrafa de vodca que eu havia lhe dado.

A Teoria do Caos.Onde histórias criam vida. Descubra agora