Antes tarde do que nunca.
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Alexandra Dawson.O frio torna-se quente, o quente frio, o úmido seco e o seco úmido.
Sem mais, nem menos. Eu estava na biblioteca com Maxine; não queríamos ficar em meio à toda aquela agitação do intervalo, então nós nos refugiamos na biblioteca. Os garotos estavam jogando basquete desde o terceiro período, já que ficamos com uma aula vaga dado ao simples fato de que o nosso professor de História da América havia comido burritos demais no dia anterior e estava com um probleminha intestinal. Dispensando os risinhos e todas as piadinhas sobre como o abacate não desceu bem, Mesdker liberou a quadra de esportes como em um pedido de desculpas, e é claro que os meninos adoraram.
E quando chegamos à biblioteca, Maxine alcançou seus headphones cor-de-rosa e ignorou-me completamente enquanto dublava Passionfruit alto demais e irritava o senhor Abraham. Eu não ficava para trás, já que havia alcançado um livro qualquer da prateleira e colocado erroneamente, porém, confortavelmente, os meus pés em cima do tampo de madeira. Estávamos em uma das mesas mais afastadas, portando eu não vi problema em fazer-me confortável enquanto lia um livro qualquer. Aparentemente o senhor Abraham viu, e ordenou que eu abaixasse aquele "par de tênis sujo" imediatamente.
De qualquer jeito, com os pés em cima do tampo da mesa ou não, era um livro com citações de grandes e antigos filósofos, e a citação de Heráclito de Éfeso descreveu absolutamente tudo que Hughes tornou-se após beijar-me na boca pela primeira vez. Ele era arrogante e irônico demais para o próprio bem, e tão sensível quanto um assento de privada. Ademais, esforçava-se demais para manter as aparências todo o tempo. Como se, se ele não mascarasse toda a sua angústia, sua credibilidade iria pelos ares, ele tornaria-se vulnerável ou algo assim.
A sensação da sua boca contra a minha foi singular. E mesmo que os seus lábios nos meus tenha sido algo realmente especial, não foi melhor do que saber que ele estava dando o seu melhor; Hughes era ele mesmo naquele dia.
Quem é Hunter Hughes de verdade?
É cedo demais para responder essa pergunta. Cedo como em um dia de Natal, quando a neve começa a cair, os sinos começam a tocar, e você está tão ansioso para abrir os presentes que nem mesmo consegue pregar os olhos à noite. Porque você sabe que alguma coisa está vindo. Algo doce e satisfatório. Algo digno de espera. E você apenas espera, porque sabe que acontecerá de qualquer jeito.
Eu devo admitir que estava um pouco receosa sobre ir à aula depois de um final de semana tão agradável. Eu não pensei em como seria quando nós nos encontrássemos pela primeira vez depois daquela cena memorável, e tenho certeza que ficaria um bocado decepcionada se ele apenas me ignorasse.
Eu nunca estive tão errada em toda a minha vida.
Hunter Hughes estava radiante. Ele estava feliz pela primeira vez em meses. Eu nunca havia visto tamanho sorriso tomar os seus lábios, e saber que fora eu a responsável por tal impacto apenas aumentou o meu ego de uma maneira extraordinária, além de deixar-me um bocado satisfeita. É simplesmente fenomenal como as pequenas coisas podem mudar todo um período de tempo, e tornar tudo mais aceitável.
Ele adentrou a sala desejando bom dia aos alunos, um evento inédito, e disse que nós iríamos para o laboratório fazer experiências com alguns elementos químicos da tabela periódica, outro evento inédito. E, pobre James, que descobrimos ser cardíaco, quase infartou de tanta felicidade. Seth o encarou com um sorrisinho doce e um tanto afetuoso, e minha mente ociosa começou a bolar algumas teorias sobre o relacionamento dos dois.
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A Teoria do Caos.
RomanceGostosa. Era isso que Alex Dawson era: gostosa demais para o próprio bem. Eu me lembro exatamente de quando a vi pela primeira vez, porque sua beleza manteve minha atenção sem esforço. É piegas, e clichê, mas eu sou clichê e você também é, e tudo qu...