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                Sculler Thompson.

O relógio no painel do carro indicava três horas e meia da manhã, e nós tínhamos acabado de sair da casa de Quentin. E eu estava prestes a morrer. Tudo bem, eu estava bêbado e chapado e sendo um bocado dramático, mas Hunter certamente me daria um soco ou dois. Eu estaria sendo babaca se dissesse que não quis beijar Dawson. Ela é muito atraente. Tipo, muito mesmo.

E o que eu poderia fazer quando uma garota como Alex, que é quente como o inferno, sobe no meu colo, bem em cima de meu pênis? Eu deveria afastá-la e dizer que não era uma boa ideia? Ou que não estava a fim? Poupe-me. Eu prometi para Hunter que não a beijaria, mas ela me beijou, então isso não realmente conta, certo?

Errado, eu estava ferrado.

Quando estacionei o carro no estacionamento, observei a Harley Davidson já estacionada no mesmo local de todos os dias. E acenei para Robert, o porteiro do apartamento que Hunter morava. Robert era um sujeito simpático, tinha uma barba alguns centímetros menor do que a de Alvo Dumbledore, daquela saga Harry Potter, e usava um óculos de fundo de garrafa, mas era uma boa pessoa. Ele sempre dava cartões de novos restaurantes para Hughes, que em sua maioria eram especializados na culinária japonesa. Eu acho que ele achava que éramos super fãs de Tempura e Yakisoba.

A realidade é que Hunter odeia macarrão.

Infelizmente, o elevador nunca andou tão rápido como hoje. Meu corpo estava tenso quando alcancei a chave no vaso de plantas. Hunter e Alex são tão clichês. Esconder a chave em gnomos de jardim ou até mesmo debaixo do vaso de plantas é pedir para ser assaltado. Veja bem, eu escondo as chaves reservas debaixo do pote de ração de Hardin, o labrador da família. É genial e um bocado seguro, porque ninguém nunca pensaria em checar a comida do cachorro.

Quando eu destranquei a porta, vi que Hunter estava sentado no sofá todo largadão, de camiseta e moletom, prestando atenção no jogo do Seahawks que passava na televisão. Ele apoiava a têmpora na mão direita que estava fechada em punho, e na esquerda segurava uma long neck de cerveja. E eu temia que a garrafa fosse parar em minha cabeça em poucos segundos a partir de agora.

Eu sabia que deveria manter uma distância segura, mas sentei-me ao seu lado no sofá, e observei Hughes avaliar-me de soslaio.

— Parece que se deu bem essa noite.

E tinha isso. Dawson e eu não nos limitamos à fogueira. O que quero dizer é que quando chegamos da casa de Blake Cates, e estávamos chapados e bêbados como o inferno, nos beijar loucamente no quarto dos pais de Quentin não pareceu uma ideia ruim. E, veja bem, nós não fomos muito cuidadosos.

Eu andei até estar de frente ao espelho, olhei para meu pescoço, e pude observar alguns pontos avermelhados e arroxeados bem acima da gola da camisa verde. Céus... Eu estava tão ferrado. Eu tampei meu rosto com as mãos e, acidentalmente, bufei alto o suficiente para chamar sua atenção.

— O que há de errado?

Tudo bem. Essa era a hora. Desloquei-me até estar sentado em cima da mesa de centro de madeira. Fiquei de frente para Hunter, e consequentemente bloqueei sua visão do jogo. Apenas diga. Tão rápido quanto tirar o band-aid da ferida. Mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, sua expressão endureceu.

Droga.

— Com quem você se deu bem?

Merda, mil vezes merda.

— Hunter, você tem que me deixar falar.

Ele sorriu com frieza, e seus olhos brilharam raivosos.

A Teoria do Caos.Onde histórias criam vida. Descubra agora