Treze.

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Dor, dor e mais dor.

É tudo o que eu consigo sentir, mesmo de olhos fechados consigo sentir como se o ambiente a minha volta estivesse girando, minha garganta está seca e um gosto terrível se apodera de minha boca. Minha cabeça dói tanto e é como se pequenas agulhas entrassem por todo o meu corpo. Todos os meus ossos doem.

Com muito esforço abro os olhos e me arrependo do fundo do meu coração. As janelas estão abertas e é como se a claridade fosse me cegar a qualquer momento. Olho ao redor do quarto e quase caio da cama ao ver Harry sentado na poltrona no canto do quarto.

Eu tento me mexer e solto um gemido de reprovação, fazendo com que a atenção de Harry seja voltada para mim.

- Finalmente! Eu estava a um passo de chamar o socorro. - Ele sorri e caminha em minha direção.

Tento mexer meu corpo, mas a dor é muito forte.

- Você está se sentido bem? - Harry questiona, sinto o colchão da afundar e ele está com um de seus joelhos apoiado na cama.

- Eu sinto como se estivesse sido atropelada por um caminhão na noite passada. - A minha garganta dói tanto e eu choramingo.

- Você se lembra de alguma coisa? - Ele questiona e se senta ao meu lado. A sua proximidade me faz sentir vontade de vomitar.

- Por acaso você realizou algum experimento em mim e minha memória vai voltar?

- Não. Eu me referi a noite passada.

- Hum... Eu me lembro do jantar, de ter conhecido seu sobrinho e sua irmã. - Ele dá um sorriso tão bonito que eu tenho vontade de beijá-lo. - Hum... E me lembro de Zayn chegar, você pedir a minha mãe em casamento. - A minha voz embarga e a expressão de Harry fica azeda. - Hum, parabéns pelo noivado. - Forço uma risada, mas tudo o que eu tenho é vontade de chorar. - E depois eu sai com Zayn e nós nos divertimos. É tudo que eu lembro. - Brinco nervosamente com as minhas unhas.

- É só isso que você lembra?

- Hum.. Sim. Como eu cheguei em casa?

- Como você chegou, eu realmente não sei. Mas eu te esperei até umas 5:00 e você chegou muito bêbada, mal conseguia ficar me pé. Eu tentei falar com você, mas você nao respondeu e eu me aproximei de você. E ai você desmaiou, desmaiou, mesmo. Parecia uma pedra. - Ele riu. - E eu te carreguei até em cima e te dei banho, a ideia inicial era apenas te dar banho, mas você me obrigou a tomar banho com você, além de repetir a todo momento que queria meu corpo sobre o seu. - Ele riu e eu fiz uma careta.

- Essa última parte é mentira, não é? - Ele negou com a cabeça. Um sorriso triunfante brincava e seus lábios.

- Você ainda me fez dormir com você. - Ele não parava de sorrir.

- Como eu não lembro de nada disso? Você só pode estar mentindo!

- Sinto em informar, querida. mas você deu pt. - Ele riu.

- Droga. Mas e por que você não estava aproveitando o seu noivado? Nao era suposto vocês estarem transando até agora? - Ele fez uma careta.

- Ah, querida. Nós comemoramos, mas a sua mãe precisava trabalhar hoje cedo, e eu não conseguiria dormir até ter certeza que você estava bem. - Eu sinto todos os pelos do meu corpo reagirem a sua afirmação. - Posso saber o por que de você ter saído daquele jeito ontem?

- Eu não sei. - Minha voz sai ainda mais rouca que da última vez. Minha garganta dói tanto.

Harry me da um pequeno sorriso, mas não fala nada.

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