Trinta e um.

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Abro os olhos e encaro o teto branco do meu quarto. Pelo menos eu estou viva. Sinto um enjôo fora do comum e uma dor de cabeça esmagadora. Isso que dá ser otária e aceitar apostar com o Harry, onde eu estava com a cabeça? É tão claro que eu perderia. Meu Deus. Eu fico bêbada com uma garrafa de skarloff e ainda acho que vou aguentar beber 10 doses de tequila, dez não, já que não passei nem dá quarta. Eu sou mesmo uma idiota. Escuto alguém roncar atrás de mim e a noite passada vem em minha mente. Harry e eu, nós.. Hum... Transamos. Meu Deus, era tão claro que isso ia acontecer. Era exatamente o que ele queria desde o começo do dia e eu simplesmente fiz a vontade dele. 

- Bom dia.- Escuto a voz dele em minha orelha e ele beija meu pescoço. - Eu senti saudades disso.

- Disso o quê? - Questiono.

- De acordar do seu lado. - Dou um sorriso murcho.  É ridículo, mas eu também senti saudades.

- Aproveita, daqui a pouco a sua futura esposa chega.

- Para de falar nisso, por favor.

- É só a verdade..

- Chega de falar a verdade. - Ele simplesmente começa a me beijar e bom... O que veio depois é bem óbvio.

Eu nunca gostei de beijos matinais, ou coisas do tipo e agora estou simples mente transando de manhã e o pior. Com o noivo da minha mãe.

- Eu preciso comer. - Digo, assim que jogo meu corpo ao lado do de Harry.
Ele está tão adorável, com o cabelo bagunçado e suado, o rosto corado, os lábios inchados. Eu gosto de observar esses pequenos detalhes dele. Eu sou tão fodida.

- Eu vou fazer alguma coisa pra gente comer, mas antes eu preciso de um banho, toma comigo?

- Não, Harry. Eu estou cansada.

- É apenas banho. - Ele faz bico.

- Não, Harry.

- Tá. Tudo bem. - Ele levanta e sai do quarto pelado mesmo.

A bunda dele é uma delícia. Ignoro esses pensamentos e levanto da cama, corro em direção ao banheiro, não podia perder o risco de Harry voltar e me ver nua, isso é ridículo se considerar o que fizemos ontem a noite e a minutos atrás, mas não consigo evitar. A água está quente de um jeito incrível e meu corpo relaxa enquanto passo a esponja de banho por ele, preferi não usar a banheira./Passo um pouco mais de 20 minutos ali e quando acabo me enrolo em uma toalha e vou até o closet. Escolho uma blusa que dá um palmo acima do joelho e visto um short curto, dando a impressão de que estou de vestido, mas ninguém viria até aqui de qualquer forma. Calço um chinelo e penteio o cabelo. Minha aparência não está ruim, apesar de estar com olheiras, mas não me importo em fazer nada, passo apenas uma manteiga de cacau nos lábios e saio do quarto.  Desço as escadas e posso ouvir uma música tocar. Entro na cozinha e vou direto pra geladeira, pego um copo com água e vou até o balcão, tomando uma aspirina. Harry não percebeu minha presença, ou simplesmente resolveu me ignorar. Ele está no fogão fritando alguma coisa e canta baixinho a música que agora eu reconheço como so sick do Ne-Yo. Harry canta baixinho e é a coisa mais linda que eu alguma vez já vi. Bem melhor que a versão original.

Eu me escorei no balcão e fiquei o observando. Harry tinha um talento de outro mundo. O som para e a música do seu toque começa a soar pelo ambiente.

- Oi... E aí, cara. Sim, estou ótimo.... Sério? Pode ser lá em casa? Não, na minha casa... Ao 12:00?  Está perfeito... Eu passo lá no caminho e compro.... Sim, ela vai. - Ele ri. - Você sabe que as coisas são complicadas... Estarei lá em algumas horas, mas a chave está no lugar de sempre..... Ok, tchau.

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