Truths

Vinte e três.

Entro em casa sorridente. O dia ao lado de Liam foi incrível. Primeiro nós fomos ao Starbucks e depois fizemos alguns passeios turísticos. Andamos na enorme London eye, visitamos o Big ben e depois de almoçar em um restaurante de massas maravilhosos fomos ao Hyde Park, onde ficamos observando algumas apresentações feitas no Speaker's Corner. Liam era a melhor companhia de sempre, contava piadas e fazia graça com tudo. Liam precisou ir resolver alguma coisa relacionada a uns amigos de seus pais e eu preferi vir pra casa, o dia foi maravilhoso, mas eu me sinto exausta. Subo as escadas cantando uma música que eu nem sei de onde aprendi e entro em meu quarto. A casa está silenciosa. Ouvi algo sobre eles levarem Jacob ao teatro para assistir um musical, acho que foram. Melhor assim. Fecho a porta e dispo minha roupa ainda cantando, quando viro acho que estou a um passo de um surto mental. Harry está em pé a minha frente, ele não estava na cadeira de rodas hoje cedo?

- O que você faz aqui? Você não deveria estar na cadeira de rodas? - Tento cobrir meu corpo com as mãos.

- A cadeira é apenas para não forçar. - Ele caminha em minha direção com a ajuda das muletas. - Onde você passou o dia? - Ele continua andando em minha direção.

- Não te interessa! Não é você que me odeia? - Eu deveria estar feliz por ele voltar a falar comigo, mas eu criei um ódio dele por toda essa puxassão de saco que todos insistem em fazer com ele. Principalmente minha mãe.

- Eu não vou deixar que você vire uma vadia! Me fala que droga você fez o dia inteiro. - Ele grita.

- Sai daqui, Harry! Sai do meu quarto! Socorro! - Eu grito.

- Ninguém vai te ouvir. Somos apenas nós dois.

- Me solta! Liam vai voltar a qualquer momento! Eu não te devo satisfação.

- Fala que droga você fez! Você não pode simplesmente fazer o que fez com Zayn e agora viver de papo com esse Liam na minha frente, você não pode!

- E quem é você pra me dizer o que eu posso ou não fazer? Não é você que me odeia? Não é você que está noivo e que vive sendo paparicado 24 horas por dia? Então vai viver a tua vida! Pelo amor de Deus, me deixa em paz de uma vez por todas.ter- Eu não posso simplesmente te deixar em paz! - Ele grita e se aproxima mais de mim. Seu eu chutar suas muletas vou ser um ser humano ruim?

- Por que, Harry? Por que é tão difícil assim me deixar em paz? Eu estou a um passo de ficar louca. Eu sei que eu já te disse muitas vezes, mas dessa vez é pior!

- Porque eu te amo! Eu não posso simplesmente te deixar ser feliz com outro.

- Ama? Ama porra nenhuma. - Eu dou uma risada sem humor. - Você só não quer e deixar em paz! Você não ama. Droga, você com toda certeza não me ama.

- E o que te faz ter tanta certeza?

- Se você me amasse você não viveria pra cima e pra baixo com minha mãe.

- Você não tem ideia do sacrifício que eu faço por você.

- Eu não quero o seu sacrifico! Eu quis o seu amor! Eu quis a sua verdade. Eu quis não ter segredos. Mas você não pode né, Harry? Você não pode simplesmente jogar limpo. Você prefere fechar a cara e simplesmente se afastar ao invés de conversar e agora não adianta mais. Agora nossas esperanças acabaram.

- Não pode ser, nós já tentamos tantas vezes. Ainda existem esperanças para nós dois. Tem que ter.

- Não existe. Eu realmente não aguento mais suas mudanças de humor repentina e sua falta de honestidade comigo. O que você falava com Liam hoje de manhã?

- Eu... Apenas disse para ele ficar a vontade e que sua mãe voltaria amanhã. - Pelo menos eles deram a mesma resposta. Dou uma risada.

- É exatamente sobre isso que estou falando. - Caminho até a porta do quarto e a abro. - Vai embora enquanto ainda me resta um pouco de sanidade. Por favor.

Ele me olha duas vezes, tenta falar algo, mas caminha com dificuldade para fora do quarto. Me arrasto até a cama e me desfaço em choro. Eu queria acreditar em Harry, queria com cada fibra do meu corpo, mas não posso. Simplesmente não posso mais acreditar, achar que finalmente vai dar cedo e ter que vê-lo no dia seguinte com minha mãe, ou simplesmente ser ignorada por ele.

Talvez nós não simplesmente não fomos feitos para dar certo e eu preciso aceitar isso.