Capítulo 1

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Luzes nas cores vermelha e azul ocupavam minha visão estava mais uma vez embriagada mal conseguia andar. Tudo girava ao meu arredor, não conseguia focar em nada... Comecei a suar, adrenalina corria pelas minhas veias amava aquela sensação.

Acordei estava no meu quarto, a luz invadia o lugar e me deixava quase cega já que as persianas estavam abertas. Ainda estava com minha velha e desgastada calça jeans e minha blusa azul que estampava uma grande mancha de cerveja.

Estava com cheiro forte de bebida meu cabelos estavam embaralhados, meu estado físico era deplorável meu rosto tinha grandes olheiras. Não me lembrava de muita coisa dá noite passada, apenas dá chegada dá polícia. Estava até me preparando para o carão.

Caminhei com muita dificuldade até o banheiro, minha cabeça gritava de dor por isso tomei logo um analgésico. Tomei um banho revigorante e sai logo, hoje era sábado então não tenho escola que por um lado era ótimo mais pelo outro teria que aguentar minha mãe.

Vesti meu macacão azul, penteei meus cabelos longos e castanhos. Depois de alguns minutos já estava pronta, passei um pouco de perfume e desci as escadas para tomar meu café da manhã apesar que já eram uma hora da tarde e provavelmente todos já estariam almoçando .

Ao chegar vejo minha mãe Charlotte e meu padrasto Jones, eles estavam almoçando e ao me ver fecharam a cara. Acho que irritei muito ambos na noite passada mas infelizmente não consigo me lembrar o que fiz de tão incrível. 

-Bom dia família. Digo docilmente e com um tom um tanto irônico.

-BOM DIA ANGELL?! VOCÊ SABE QUE PARAMOS NA DELEGACIA POR SUA CAUSA ? Minha mãe já perde a paciência, tenho que concordar que ela teve muita. 

-Charlotte controle-se, vamos conversar. Diz meu padrasto segurando a mão dela.

-Isso mesmo já tomou um calmante ? Zombo.

-Angell não a provoque. Reprime Jones.

-QUER SABER CANSEI ANGELL
C-A-N-S-E-I. Ela diz pausadamente.

-Cansou da própria filha ? Bom me sinto tão feliz agora. Me revolto.

-Não, cansei das rebeldias dela. Ela fala mais calma porém sinto que está possessa de ódio.

-Não adianta falar que cansou, não pode mais me abortar ! Digo e sei que estou em um assunto delicado e a resposta dela pode me machucar.

-Mas poderia antes de você nascer. As palavras dá minha mãe foram cuspidas em mime já sinto o sangue ferver.

-O QUE VOCÊ QUER QUE ME TORNE ?! MAIS UM CAPACHO SEU ?- Grito já perdendo totalmente a paciência, minha mãe amava me comparar com as filhas dos outros e bom crescer com isso não foi algo fácil de lidar. 

-QUERO QUE VOCÊ VIRE MINHA FILHA UMA BERK ! Ela devolve seu grito.

-Pois eu não sou ! Jogo todos os copos e pratos que estavam na mesa ao chão.

-E NUNCA VAI SER! Ela diz batendo na minha cara.

-Acha mesmo que me batendo vai adiantar ?! Sorrio irônica e com ódio nos olhos.

-VOCÊ VAI MORAR COM SEU PAI EM HERTILLS ! Ela grita.

-MAS NEM MORTA ! Nunca iria pra mesma cidade que Crist (meu pai), vamos dizer que ele nunca foi um pai ideal, recentemente ele me liga com mais frequência só que nem perco meu tempo atendendo.

-VOCÊ VAI E PRONTO AMANHÃ JÁ ESTÁ A CAMINHO ! Minha mãe da um passo a frente e Jones a segura.

-SE EU REALMENTE FOR, PODE ESQUECER QUE VOCÊ TEM UMA FILHA ! Falo chorando e correndo para meu quarto.

Meu mundo já não era cor de rosa a muito tempo, na verdade nunca foi. Nasci em meio a um caos já que minha mãe era adolescente e meu pai um completo alcoólatra como diz minha mãe "Uma simples noite, terminou em uma vida" ela nunca disse essa frase em tom de alegria mais sim de decepção principalmente depois que cresci.

Crist era alcoólatra, quer dizer é isso que passaram a vida me falando agora ele trabalha em uma empresa como gerente. Apesar de já ter se envolvido com álcool, ele cursou faculdade de contabilidade e administração o que lhe garantia o melhor emprego mesmo com o seu antigo comportamento. Haviam me dito que ele até estava frequentando uma igreja o que era bom, já que tinha muitos pecados a serem perdoados. Não o amo e muito menos o considero um pai. 

Agora que com certeza iria pra cidade mais pequena e rural do mundo, me senti até feliz já que não iria mais ver essa mulher que fui obrigada a chamar de mãe por 17 anos.

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