Capítulo 21

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—Uhum, está sim. Digo tentando passar por ele porém não conseguir obter sucesso, já que era bem menor que ele.

—Eu queria conversar contigo. -Ele diz olhando em meus olhos. —Por favor ?

—Acho que não é um momento muito propício pra isso. Willian estava na frente do vestuário masculino, aonde estavam diversos outros garotos com certeza o treino havia acabado.

—Você vai a igreja hoje ? Ele pergunta bastante interessado na resposta.

—Não sei, se eu for você me verá lá. Digo por fim, mas uma vez tentando me livrar dos braços de Willian.

—Ora, ora se não é meu número 10 com a atrasadinha. A voz daquele homem me trazia um sentimento ruim e minha consciência estava piscando em alerta. Willian percebeu a minha reação e logo em seguida enrijeceu os músculos automaticamente fechou a cara.

—Vai pra sala Angel, depois a gente conversa. Willian libera a minha passagem e por fim eu saio em disparada, algo naquele professor me trazia um sentimento de PERIGO TOTAL. Tentaria manter uma distância considerável daquele homem, ao chegar na sala ouço que a professora Olívia acabou pegando uma virose e estava de atestado sendo assim não teríamos aula, pego minha mochila e vou em direção a saída.

Crist falou que iria me buscar na escola por volta das 13:30 e ainda eram 12:35 de acordo com meu relógio.  Ou seja ainda tinha muito tempo para esperar ele. Sento em um dos degraus da escada que tinha na entrada na escola e começo observar a constante movimentação de alunos indo e voltando. Pude perceber que hoje era um dia bastante movimentado, as pessoas da cidade estavam animadas em plena quinta-feira era uma loucura. Próximo a escola, na verdade não era tão próximo assim algumas quadras de distância tinha um supermercado e acredito que devia estar rolando alguma promoção já que haviam tantas pessoas com carrinhos.

Comecei a andar em direção ao tal supermercado que só havia reparado na sua existência quando sair pra almoçar com Igor e Izabelle em um restaurante próximo, como já estava em horário de almoço realmente aquele lugar parecia um formigueiro. Depois de muito andar pelo supermercado e passear por todas as seções, resolvo comprar uma barra de chocolate que estava baratinha a pego e caminho em direção ao caixa que tinha uma enorme fila. A minha frente estava uma mulher com um carrinho lotado de coisas iria demorar um século pra que ela pagasse tudo aquilo. Decido procurar outro caixa que estivesse desocupado, o que era praticamente impossível já cansada de procurar me posiciono em uma fila qualquer tenho a impressão que minha cara não era nada amigável.

—Essa promoções chamam a atenção não é mesmo? Diz uma doce e singela voz de uma senhora que estava logo atrás de mim.

—Ah com certeza, moça fica na minha frente. Digo saindo da fila para que ela pudesse ocupar meu lugar.

—Muito obrigada menina, muito gentil você. Ela fala passando sua suave e delicada mão em meu rosto. —A propósito me chamo Lídia e você ?

—Sou Angell. Digo sorrindo calorosamente.

—Parece com anjo não é? Ela  diz soltando uma gargalhada meio contida.

—De anjo eu não tenho nada, pode ter certeza. Falo em um tom baixo porém pela cara de surpresa dela com certeza não foi tão baixo assim.

—Ninguém é, todos nós carregamos rancor ou até mesmo ódio e isso tenho certeza que não é nada angelical. A doce velhinha volta a sua atenção ao caixa que a propósito já estava na sua vez. Não demorou muito para que a senhora já estivesse se despedindo de mim. — Vejo você por aí anjo.

—Tchau Dona Lídia. Digo acenando pra ela e sorrindo, em questões de segundo ela some em meio aquela multidão pego minha barra de chocolate e saio do supermercado logo em seguida. Em passos um pouco mais acelerados volto a frente da escola e pude perceber que todos já haviam sido liberados o que era uma lástima pois estava uma barulheira que chegava a dá dor de cabeça.

Marina e suas amigas estavam encostadas em alguns carros que estavam no estacionamento ao passar ouço as escandalosas risadas que mais pareciam uma grupo de hienas, me perdoem hienas vocês não merecem ser comparadas a essas coisas. Antes que eu falasse alguma coisa, alguém acaba se aproximando e diz:

—Diz o motivo da graça Marina quero rir também. Fala Igor se colocando ao meu lado, de modo muito protetor.

—Pare de ser chato Igor, você já foi muito mais legal. -Marina diz olhando para suas unhas em um modo descontraído. — E o motivo da graça é essa palhaça aí. Ela diz me olhando de forma assassina e eu aqui me perguntando o que foi que eu fiz para essa garota.

—Eu palhaça? Já buscou se olhar no espelho. Falo apontando o dedo em sua direção que depois de alguns segundos já estava bem próxima de mim junto com as suas seguidoras, Marina era mais alta que eu só por conta dos grandiosos saltos que usava, mas se ela acha que eu iria sentir medo por conta disso estava muito enganada.

— É melhor você segurar a sua língua antes que eu pessoalmente corte ela. Ela diz mostrando as suas garras.

—Vai fazer o quê Marina? Ouço a voz rouca e bastante conhecida se aproximando de nós duas. Ao olhar pra trás vejo que os alunos já estavam formando uma roda ao redor da discussão.

—Marina está irritando Angell. Essa é a hora de Igor se pronunciar.

—Deixe Angell em paz, não vou voltar a repetir. Willian se põem ao meu outro lado

—Será que ninguém ver a cobra que está entrando em nossas vidas ? E você Willian por que está defendendo essa vadiazinha ?! Se o ancião da igreja souber...

—Se ele souber o quê? Que eu não quero mais me casar com você ? Que eu estou defendendo a Angell ? Pare de ser tão mesquinha Marina te conheço a minha vida toda sei bem com que eu estou me metendo devia ter vergonha do próprio caráter! -Ao falar isso Willian parece despertar o ódio de Marina, seus olhos estão cheios de lágrimas e sua cara está vermelha como se fosse explodir a qualquer momento ela deixa de olhar para Willian e começa a me olhar como se a qualquer momento fosse me devorar. 

—Ah vamos todos defender a Angell não é mesmo, a pobre garota que foi renegada pela própria mãe. -Marina estava com um sorriso diabólico em seu rosto e o meu sangue começava a ferver, ela estava tocando em uma ferida não cicatrizada. —Largada e que NINGUÉM quer cuidar, acho que Crist não teve escolha né? Tinha que assumir o erro de uma camisinha furada!

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