Capítulo 4

20 1 0
                                    

Acho que você está pensando que eu realmente vou a escola, mas não irei hoje,  não estou preparada psicologicamente, brincadeirinha. Na verdade na outra escola eu não fazia nada, por isso atrasei um ano, na verdade nem ia pra escola ficava em casa ou matava aula na casa do meu ex namorado Frank, nome estranho mais o ser é pior ainda. Ele me traiu com minha amiga e como eu não sou de levar chifre, espalhei por toda escola que ele tinha AIDS claro que todo mundo acreditou até a abestada da Teresa fez teste, claro que no final me dei mal por espalhar a mentira mas não sentia um pingo de remorso. E também tem o fato de que Crist acabou deixando eu faltar hoje então sem peso na consciência.

Estava dormindo de boa até que um ser chamado Crist abre a porta parecendo um ladrão e me acorda, não chamaria aquilo de acordar estava mais para me assustar.

—Pode levantar mocinha! Ele puxa meu cobertor.

—Fala sério que horas são, 10:00 ? Cubro minha cabeça com o travesseiro.

—São dez e meia pra ser exato, levanta agora. Ele ordena.

—Me deixa. Resmungo.

—Quinze minutos pra se arrumar caso contrário eu venho te buscar. Ameaça Crist e não duvidava nada dele fazer isso.

—Te odeio. Digo ao ouvir ele saindo do quarto.

—Também te amo. Diz ele ao me tacar uma almofada, acho que invés de pluma aquilo tinha um tijolo dentro porque doeu.

Ouço a porta ser fechada, na verdade não conseguiria mais dormir. Uma vez Angell acordada não consegue mais dormir. Me espreguiço e logo em seguida vou ao banheiro fazer as necessidades que todo ser humano faz. Depois de vestida com uma saia rodada rosa e um cropped branco passo um pouco de perfume e saio do quarto. optei por deixar meu cabelo solto.

—Bom dia. Digo ao terminar de descer as escadas.

—Bom dia. Crist diz.

—Por que me acordou ? Pergunto me sentando a mesa.

—Para que fossemos a uma loja de vestidos. Fala ele me passando a geleia.

—Vou casar e nem sabia. Falo séria.

—Ah que engraçadinha, iremos comprar vestidos para ir a igreja hoje mais tarde.

—Crist. Resmungo.

—Por favor Angell só hoje, Willian insistiu viu ?! Ele dá uma piscadinha.

—Só o que me faltava. Reviro os olhos.

—Ele é um menino de ouro e ainda canta bem. Crist diz tentando me impressionar.

—Ótimo assim ele pode se casar com uma passarinha. Digo.

—Pare de mal humor, o dia tá tão lindo. Ele diz comendo.

—Nossa vou até comprar um unicórnio. Falo.

—Depois de comprar os vestidos que tal visitar Nellma ? 

Nellma é minha tia, na verdade ela é irmã do meu pai.

—A não ela é chata. Digo.

—Por favor, assim você pode conhecer seus primos. Ele fala.

—Você não vai desistir né ?! Pergunto.

—Não. Ele diz sincero.

—Tá mas se eu não gostar só vou passar cinco minutos. Reviro os olhos.

—Ótimo! Diz Crist todo contente.

****

E lá estava eu experimentando o décimo vestido, ele era num tom de nude ia até os joelhos rodado, bonito, tinha umas partes transparentes o que dava um acabamento mais bonito.

—Está linda filha. Diz meu pai apertando minhas bochechas depois que eu sai do provador.

—Crist. Falo olhando para algumas vendedoras que riram dá situação. —Vou querer esse e o azul marinho.

—Só ? Não quer mais experimentar nenhum ?

—Não, tá ótimo. Falo séria já bastava toda essa situação.

Depois de uma hora estava eu e Crist dentro da caminhonete indo para a casa da tia Nellma,  na verdade a casa dá tia Nellma era em outra cidade bem próxima quase um vilarejo.

—Gostou dos vestidos ? Crist diz quebrando o silêncio.

—Sim obrigada. Digo olhando as árvores, já eram por volta das duas dá tarde e nem havíamos comido já que as comidas do shopping eram "estranhas".

—De nada. Diz ele. —Amanhã já começam as suas aulas e eu vou ter que ir trabalhar.

—Que pena. Falo.

E depois dali ficamos em um silêncio profundo, até que estacionamos o carro na frente de uma casa amarela.

—Chegamos. Crist avisa.

Saímos do carro e já fomos recebidos com abraços de duas crianças que não lembrava o nome.

—Oi Angell. Uma menina loirinha diz, me assustei porque ela sabia meu nome e eu nem sabia quem era ela.

—Oi. Sorrio fraco.

—Angell minha sobrinha predileta. Tia Nellma diz me abraçando, ela diz isso só porque eu sou a ÚNICA sobrinha que ela tem.

—Oi tia Nellma. Digo.

—Vamos entrando ? Ela diz estendendo as boas vindas.

Não Me Deixe Partir Onde histórias criam vida. Descubra agora