Capítulo 25

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1 mês depois...

Aconteceu muita coisa de uns tempos para cá, bom não sei nem por onde começar. Como já deve ter imaginado Marina voltou a escola e o clima por enquanto não ficou muito pesado já que raras vezes nos encontrávamos no corredor e isso me deixava bastante aliviada. Em algum momento teria que me sentar com ela e pedir desculpas, eu realmente estava levando a sério esse lance de pedido de desculpas e eu estava desculpando todos do fundo do meu coração não gostaria de me tornar uma pessoa rancorosa.

Como um assunto leva ao outro,  acabei pedindo desculpas para Crist que aceitou e se desculpou na hora também. Com isso tudo tive direito até de ganhar um celular novo pois realmente já estava precisando me sentia uma garota na pré história sem ter contatos com os outros e já caminhando para o assunto Willian, Crist realmente conseguiu uma vaga para ele o que foi maravilhoso claro que não era uma vaga que proporcionava um ótimo salário mas era o suficiente para a sobrevivência e só tínhamos a agradecer por ele está mechendo com uma coisa que dominava bem que era negócios, contas e papéis.

Com tudo isso eu e Willian acabávamos nos encontrando mais em minha casa já que agora ele estava oficialmente trabalhando com Crist do que na escola, porém ele me prometeu que estava conseguindo conciliar tudo: escola, trabalho, igreja e treino. Sei que era muita coisa mas era necessário e só assim para Willian ganhar mais experiência no mercado de trabalho enfim apesar de tudo acabou nos trazendo bastantes benefícios.

—Angell tem como me ajudar aqui? A voz da senhora Lídia chamou minha atenção.

—Claro já estou indo. Digo saindo da bancada pois estava organizando alguns livros que foram doados para a biblioteca e esse era outro assunto que me esqueci de contar. O trabalho na biblioteca pública era realmente maravilhoso havia me proporcionado tantas coisas boas  e Dona Lídia era a responsável por tudo aqui, havia uma se tornado uma ótima amiga, conselheira e apesar do pouco tempo uma segunda mãe.

—Tem como você pegar a escada lá no quartinho da limpeza e pegar aqueles livros ali ? -Ela aponta para uma das instantes mais altas. —Minha costas não estão mais aguentando.

—Tudo bem, fique tranquila. Digo sorrindo, ela realmente era uma guerreira por esta nesse trabalho e incrivelmente dando conta de tudo sozinha, a biblioteca era realmente enorme. —Se quiser pode ir até a bancada eu estava organizando alguns livros vindo da doação.

—Já vou indo. Ela fala andando com um pouco de dificuldade e coloco seu braço ao redor do meus pescoço apoiando o mesmo em meu ombro para dar mais sustenção para Dona Lídia. —Muito obrigada anjo.

—Por nada agora sente aqui e nada de esforços viu. Digo sentindo ela na bancada e logo em seguida trazendo-lhe um copo de água. —Agora eu vou lá pegar a escada.

Caminho em direção ao quartinho que fica nos fundos da biblioteca e com uma grande dificuldade de andar por conta do peso da escada. Mas finalmente chego no lugar que desejava, a escada não era tão grande mas possuía o tamanho correto que me auxiliaria a pegar os livros que estavam em cima. Me estico até conseguir pegar o primeiro, desço e o coloco no chão e assim faço com os 7 restantes, as estantes eram dividas e cada divisão possuía oito livros de gêneros iguais. Ao todo haviam mais de 70 estantes enormes repletos de divisões espalhados pela biblioteca.

Pego os outros livros nos braços e caminho com um pouco de dificuldade, os livros não tinha nada de leves. Depois que saia da escola eu vinha diretamente trabalhar almoçando de vez enquando com dona Lídia já que a mesma trazia almoço para mim  que era delicioso afinal. A biblioteca era mais frequentada na parte da manhã assim dizia Dona Lídia porém na parte da tarde havia uma certa movimentação, um vai e vem de alunos de todas as escolas e universidades. Coloco os livros apoiados em uma bancada e sinto meu celular vibrar, percebo que era Willian me ligando.

—Alô? - Pergunto ja preocupada, Willian quase não me ligava. —Aconteceu alguma coisa?

—Não mas vai. - Willian diz sério, percebo um baralho de impressoras de teclas de computador: ele estava trabalhando. —Liguei para confirmar que você vai ao meu jogo hoje a noite!

—É isso?- Chego respiro aliviada. —Claro que vou já não te disse isso o mês inteiro?

—Disse, mas eu tinha que confirmar. - Ele fala, tenho quase certeza que estava sorrindo. —Vou até sair mais cedo do trabalho para ir treinar.

—Faz bem, porém não se esqueça de descansar Willian.

—Fique tranquila, as vezes você consegue se tornar mais preocupada que minha mãe.

—Será por que né? - Pergunto me lembrando de todas as vezes que Willian esqueceu de almoçar ou jantar porque estava trabalhando e eu sempre tinha que ligar para e perguntando se já havia comido e teve outras situações que peguei ele dormindo na arquibancada antes dos treinos por conta do cansaço essas entre várias outras situações que me fizeram ficar bastante preocupada com Willian. —Você tá nervoso?

—Ô se tô, vai ser um grande jogo andei treinando esse tempo todo para ele. -Ele diz dando uma respirada forte.

—Vai dar tudo certo viu? Vou tá lá torcendo por ti idiota. -Digo tentando parecer o mais tranquila possível coisa que obviamente não estava.

—Você vai com Crist pro jogo né? Ele pergunta.

—Sim Willian. Digo

—Tá bom então, nos vemos lá vou ter que voltar a trabalhar. -Ele diz parecendo meio chateado.

—Tá bom, bom trabalho e a gente se ver lá jogo. -Falo sorrindo que nem besta, era sempre assim quando falava com Willian. —Tchau, beijo.

E assim encerro a chamada, as coisas entre mim e Willian estavam estranhas vamos dizer assim. Depois do beijo não aconteceu mais nenhum outro, ele estava respeitando bem o meu espaço e o meu tempo. Achava muito fofo esse jeito dele comigo, ele está esperando de uma forma que ninguém me esperou, fora que Willian está sempre me apoiando e ao meu lado como um grande amigo.

—Era o seu namorado? Dona Lídia aparece do nada que acaba me assustando.

—Ai meu Deus Dona Lídia. - Levo as mãos ao coração. —Que susto!

—Haha desculpe menina. -Ela diz sorridente como se estivesse achando graça da minha cara. —Você não respondeu era o seu namorado?

—Sabe muito bem que não tenho namorado Dona Lídia. -Falo colando minhas mãos em seu ombro,ela já havia visto Willian várias vezes desde que comecei a trabalhar aqui pois ele sempre vinha me buscar quando Crist ia sair com a senhorita Loyana. —E aqui está os livros que senhora pediu.

—Muito obrigada. Ela fala se sentando e começando a folhear os livros. —Ele é um ótimo rapaz.

—É sim. Digo concordando com ela era quase impossível não concordar estava me sentindo cada vez mais presa a Willian. —Se me der licença vou buscar a escada e levá-la para seu devido lugar.

—Vá lá menina. Dona Lídia fala tranquilamente, sigo em direção ao corredor aonde estava a escada e a pego no caminho para o quartinho dos fundos acabo esbarrando em alguém.

—Ei! Olhe para onde anda. - Soa a voz masculina no ar parecendo furiosa, ainda de cabeça baixa recolho a escada com a dignidade que ainda tenho. —Angell é você? 

—Pacheco? Digo ao olhar para o homem que estava na minha frente.

—O que está fazendo aqui? Ele diz voltando ao seu tom normal de voz.

—Trabalhando e você? Pergunto só por educação já estava louca para sair dali e encerrar a conversa, o jeito que ele me tratou foi extremamente desnecessário não gostaria que ele tratasse ninguém daquele jeito.

—Estou procurando um livro para dar de presente para uma amiga. Ele fala de forma que tentava transparecer gentileza.

— Fique a vontade, tenho que voltar ao meu trabalho se me der licença. Saio o mais rápido possível sem dar a ele nenhuma chance de dirigir suas palavras a mim. Deixo a escada no quartinho respiro fundo, por que Pacheco havia me tratado daquela forma? Era impressão minha ou parece que tudo era apenas uma farsa? Não queria mais pensar naquele assunto afinal ainda tinha o resto da tarde de trabalho e a noite teria que está preparada para o grande jogo de Willian e agora mais do que nunca ele precisava de total motivação.

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