Heartbreaker {1D}

Capítulo 21

Com as suas palavras, engasguei-me com a comida que anteriormente ele serviu.

O Louis ajudou-me e passado pouco tempo voltei ao normal.

Bebi um pouco da água que estava no meu copo e quando pousei o copo encarei-o degustosamente.

-Porquê?
-Acho que já está na hora.A minha vida melhorou e chamaram-me para um café onde me vão pagar melhor.

Levantei-me sem saber o que fazer.

-Quanto...Quanto é que lhe irão pagar lá?Eu pago o dobro.
-Senhora...
-O triplo.
-Agradeço mas não é necessário, a minha carta de demissão já está pronta e na mesa.Se pudesse tratar dela o mais depressa possível, eu agradecia.
-Mas...Louis...
-A senhora não vai comer mais?

Olhei para o prato e de volta para ele.Se eu tinha fome antes eu já não tenho.O meu estômago embrulhou de uma forma horrível.

-Não.-suspirei e sai da cozinha.

Entrei dentro do escritório, fechei a porta e sentei-me na cadeira.Durante alguns segundos, sem saber o que fazer ou pensar apenas suportei a minha cabeça baixa com as minhas mãos e fechei os meus olhos.

-Vou cortar o cabelo.-falei sozinha as primeiras palavras que pensei.

Pareceu um pouco inútil, sinceramente é totalmente inútil mas há muito que queria fazer algo com o meu cabelo.Não tenho nada para fazer no momento e é muito melhor do que fazer as contas e me despedir de mais outro empregado, pois além disso também preciso despedir o Harry, ficando assim só com o Niall, o jardineiro que se apaixonou e já não me serve de nada.

Agarrei na minha mala e saí de casa sem voltar a ver o Louis.Avistei o Harry mas ignorei-o.Entrei no meu carro e conduzi até ao cabeleireiro habitual.

-Bom dia.
-Bom dia, eu quero um novo corte de cabelo.

(...)

Olhei-me ao espelho.O meu cabelo agora estava mais curto, um pouco acima do ombro.

-Gostou?-a cabeleireira perguntou.

Não estava como antes.Eu sempre tive o cabelo comprido.Não me sinto feia nem linda, sinto-me...Diferente.

-Sim.

(...)

Zayn's P.O.V. On

Entrei dentro de casa depois de um longo dia de trabalho.Desfiz a minha gravata e avistei a empregada a arrumar a sala de estar.Aproximei-me dela e apalpei o seu rabo.

-A Carrie já chegou?
-A senhora Reed está lá em cima.

Dei uma palmada no seu rabo e comecei a subir as escadas.Apesar da Carrie ser casada comigo ela não é uma Malik.Ela decidiu manter o seu nome de solteira visto que este casamento não passa de uma merda de uma farça.Eu não a amo nem ela a mim, nós odiamo-nos.Para ser sincero, eu nunca amei ninguém.

Entrei dentro do quarto e ela estava na cama a ler uma revista.Assim que sentiu a minha presença quando fechei a porta encarou-me.

-Bêbado outra vez?-disse com desprezo.
-Foram só uns copos com o pessoal do trabalho e tu não tens nada que ver com isso.-sentei-me na cama, pousei a gravata e comecei a tirar a minha camisa e o casaco do meu fato preto.

Ela continuou a ler a revista só que para minha infelicidade ela voltou a falar.

-Estiveste com outra não foi?Para a próxima diz-lhe para ser mais discreta e não arranhar tanto as tuas costas.-disse com casualidade.
-Vai-te foder.-levantei-me e fui vestir uma roupa mais casual ao closet.

E mais uma vez, a mulher que tanto odeio para minha infelicidade, veio atrás de mim.

-Olha lá seu filho da puta, tu não falas comigo assim só porque temos um casamento de merda.
-Eu falo como eu quiser vaca.

Ela deu-me um estalo bem forte e isso irritou-me.

-O meu nome é Carrie.

Agarrei nos seus pulsos com toda a força que possuía e encostei-a à parede.

-Eu não quero saber do teu nome, eu não quero saber da merda dos teus sentimentos, eu só quero que me deixes em paz.-ameacei muito próximo dela.

Mas, mesmo com a ameaça, ela não tinha medo de mim.

-Eu também não quero saber do que tu queres, por isso eu vou fazer de tudo para que a tua vida seja um completo inferno, quer queiras quer não.
-Eu odeio-te.
-O sentimento é mútuo, meu querido marido.-ironizou.
-Não me chames de teu marido.-apertei ainda mais os seus pulsos.
-O que vais fazer?Bater-me?Porque não o fazes?Com o assédio que fazes na empregada mais violência doméstica eu prometo irás ver o sol às riscas o resto da tua merda de vida.

Larguei os seus pulsos e afastei-me dela com ódio.

Ela sorriu mesmo com os pulsos vermelhos.Não me contive e comecei a partir e a atirar com tudo o que ali estava.A Carrie saiu do closet e eu fiquei cheio de raiva dela.

Maldita a hora em que eu estava bêbado.Maldita a hora em que eu assinei a merda de um contrato sem saber o que lá estava nele.

Eu nunca devia ter casado com esta puta.Eu não queria, mas o seu pai obrigou-me quando eu já era rico, não só para juntar as nossas riquezas como também para dar continuidade à família e ao império Reed.Se eles pensam que algum dia eu vou dar continuidade a essa merda de familia estão muito enganados.Sim, podia muito bem ter cagado no contrato como eu sempre faço mas não pude.Se eu o fizer vou parar à cadeia porque o pai dela tem provas de que eu prático assédio em mulheres, entre muitas outras merdas.

Quando destruí praticamente todo o closet voltei para o quarto mais calmo.A Carrie tinha acabado de vestir a sua camisa de dormir e estava a tirar a sua maquilhagem e a pentear os seus caracóis grandes cobertos por uma espécie de louro sujo.

-A tua raiva já passou?
-A minha raiva é eterna.

Ela riu e ao terminar deitou-se na cama.Fiquei a observar, cansado a tentar recuperar as minhas forças de ter destruído o closet.

-Vais ficar aí?
-Tens algum problema com isso?
-Não.-ela apagou a luz e deitou-se no meio da cama.-Boa noite, meu querido marido.-voltou a ironizar e deitou-se.

Com tanta raiva que ainda transbordava, por fora e por dentro​ dei um soco no interruptor e a luz acendeu.

-Tu estás louco?-a Carrie gritou irritada.

Agarrei no seu cabelo com muita força e descarreguei toda a minha raiva na sua boca.Ela correspondeu ao beijo com a mesma intensidade e ódio.

Por falta de ar demos por finalidade este beijo.Ainda com a minha mão a agarrar fortemente o seu cabelo ela deu um sorriso malicioso e voltou a colar os nossos lábios rapidamente misturando ódio,raiva, intensidade e prazer num só beijo.

Atirei-a totalmente para cima da cama sem me preocupar se a magoava ou não e deitei-me por cima dela.