38- Recaída

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Saudade formigando em meu peito
Sensação que embaralham
Mania de pensar no que não me agrada...
Vai escorregando pela garganta, a falta de vergonha
Que não deveria ser engolida
E chega ao destino:
Meu coração!
Adentra causando uma tremenda confusão, um escarcéu só
A suspicácia me deixa ainda mais inclinado...
Que corriqueiro, mas por que estou assim?
Será que vou recair?
É uma deslealdade comigo estar dessa forma
Eu vesti a camisa do amor próprio,
Foi isso que eu prometi a mim mesmo em frente ao espelho
Tenho que me impor...
Vou reagir contra o fantasma do amor...

Agora eu que dou as cartas, fichas, dados ou seja lá o que for...
Eu te peço, vá embora por favor!
Não se aconchegue aqui sem ao menos sentir
Sentir um amor que eu possa dizer que é recíproco
Não brinque de atuar, saia daí agora
Não lhe pertenço e nunca irei pertencer
Eu tenho valor, pois eu já me amo como você nunca me amou...
Nada de memorial, eu fiz questão de jogar no universo do esquecimento
Todo aquele lixo que você deixou aqui dentro
Tchau, eu digo para você...

Felippe Lacerda

O Poeta é livre como o ventoOnde histórias criam vida. Descubra agora