A voz se esconde ao te ver

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Mesmo que a ida e a vinda de não ter
Sobrepuja todo o acalento que eu tenho de você
Noites em claro vago
Pensando em várias probabilidades
Ruas escuras tenho percorrido
Sem saber ao certo aonde quero chegar
Vou e volto, na velocidade de quem quer algo
Mas há um receio de subir ao pódio de teu coração
E não levantar o troféu
O medo de me dizer um não
Fica andando para cá e para lá
Volteio em uma roda- gigante de possibilidades
Me agarro nas grades
Da prisão desse fascinante desejo...
Tento disfarçar quando passa por mim
Mas o amor fica estampado em meu rosto
E mais uma vez a minha voz se ausenta
E vejo-a indo embora como todas as vezes.

Felippe Lacerda

O Poeta é livre como o ventoOnde histórias criam vida. Descubra agora