49- Saudade dela

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Já ao acordar, me viro para a cabeceira
E vejo aquela foto
Eu e ela
Os dois em uma sintonia inaudita
Com olhos calorosos
Expressando um amar sereno
Com sorrisos de infância
Debaixo daquela árvore, abraçados e verdadeiramente unidos...
A partir daquele dia
O mais puro amor havia se perdido...

Me levanto e começo minhas tarefas matinais com ela em meu pensamento
Imagino uma reaproximação
Penso nos momentos de singularidades
Os quais grafaram meu coração na época
Avisto um futuro no qual não me pertence...

Passa se as horas
E sinto uma angústia, um sofrimento no qual martela em meu coração
Essa desconsolação me arrebata para um universo arcaico
O qual um dia eu e ela fomos desprovidos das verdades...
As mágoas vêem com tudo
Não se achegam com calmaria
Vem dilacerando a minha vida
Tudo por conta de uma saudade de não ter saudade
É loucura!

Saudades...
Saudades na qual eu estou perdido em um mundo irreal
Saudades...
Que arranca minha essência
E me empresta um árduo doer
Aquele que me acompanha desde que eu perdi você...
Estou desamparado, o único elo é a solidão...
Cabisbaixo eu só sei derramar lágrimas...

Sentado, reflito...
Isso tudo por conta de ludíbrias histórias
De egocentrismo exarcebado
De não ceder e escutar "amigos"...
De não se colocar na situação dela...

Estou cansado
Já quero ir para cama
Mas antes tenho que parabenizar essa saudade miserável, pois hoje ela acabou comigo...

Felippe Lacerda

O Poeta é livre como o ventoOnde histórias criam vida. Descubra agora