65- Futuro doloroso

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Futuro industrial
Caótico cenário mundial
Pouquidade de ar puro
Contaminação de nossas águas
Infinidade de extermínio
Atrelados na balbúrdia
O efeito de "não pensar no próximo" atingiu ao clímax.

O ar será vendido
Como assim?!
Uma garrafa d'agua será milhões...
Como assim?!
Comércio da morte será ícone em destaque
Estará estampado em todos os outdoor
Não existirão mais crianças
A vida não passará de algumas décadas
E o mundo irá definhar
Rastejar, se matar...
O choro causará tormento
De ponta à ponta ouvirá o grito dos esfomeados
A terra se chamará pandemônio
A repugnância e o egoísmo do homem
Mais uma vez afetará a nossa casa
A ausência da fé impregnou à todos
E o amor faltou a aula de
humanidade, mais uma vez.

Quilômetros quadrados inteiros de fábricas
Bombas atômicas como fogos de réveillon
O aniquilamento do verde da vida
O cinza predominante cansarão as nossas vistas
Fome exacerbada, ronco silencioso do estômago...
Os poderosos privados, donos do planeta
Arrancaram na marra o que era nosso por direito
Famigerados pelo papel amargo de valor
Os donos do mundo arruinaram tudo
E a humanidade caminha para o abismo da morte
Tudo por conta de mais cifrões nas contas dos "bacanas"
Por conta de não pensar...
O amor e a fé foram banidos
Só restarão os assassinos, malditos, miseráveis...

Felippe Lacerda

O Poeta é livre como o ventoOnde histórias criam vida. Descubra agora