66- Invisíveis

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Invisíveis aos olhos sociais
Esquecidos ao relento das cidades
Abandonados nas calçadas pela pátria
Mãe desnaturada!
Menosprezados debaixos dos viadutos
Ocos de perspectiva
Subtraídos desvalorizados
Orfandade em todo lugar...
Eles não mordem, por que não ajudar?!

Invisíveis para o amor
Desconsolados
Estirados ao vazio, ao frio
Dificuldade demasiada
Olhares pesados
Carregados de dor
Rostos abarrotados de tristezas
Famigerados por soluções
Mendigando por atenção
Abandonados pela propria nação.

Filhos do desfortúnio...
Órfãos do amparo...
Um brado de revolta
Tem que haver
Para ter mais um pouco de esperança
Temos que bater na tecla da mudança
Olhar para a grama do vizinho
E cultiva-la como se fosse a nossa...
Falta solidariedade e sobra hipocrisia
Pátria madrasta não gentil.

Felippe Lacerda



O Poeta é livre como o ventoOnde histórias criam vida. Descubra agora