55- Ao Relento

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Pobres pessoas
Esfomeadas por caridade
Famigeradas por mero favor
Moradores de rua
Largados à sorte...

Situados debaixo de marquises
Alojados em meio ao lixo
Humilhados perante a sociedade,
Que não conseguem enxergar.

Desprovidos de abrigo
De um lugar digno
E de um ombro amigo
Coitadas daquelas que não tem um recanto para dormirem.

Desigualdade infeliz
Não condiz com o amor
Crianças passando fome
Avareza em nosso favor
Até quando?!

Hipócritas engravatados
Corrupção exacerbada
Preocupação apenas com seu umbigo
E amor escasso para com seu vizinho.

Machuca ver essas pessoas ao relento da vida
Destinadas a colecionarem feridas
Desamparadas pelo seu semelhante...
Uma ajuda seria determinante...

Presas em calçadas frias
Tremendo suas almas com ares gélidos, que batem forte
Resfriamento da vida...
Quem irá acolher?!

Algoz injusto
Enforcam pessoas solitárias
Muitas das vezes desapropriadas de famílias.
Desigualdade desgraçada!

Felippe Lacerda










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