Cantinho da solidão

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A voz ecoa
Um gemer brando
Temperado com solidez
De sofrimentos...
Certas horas o grito vem
Sai de dentro da alma
Porém, é impronunciável
Ficando no ar aquela interrogação...
A cada vez mais é armazenado
Montões de dores
Agrupados uns ao outros
Formando um litígio
E cada sentimento ordinário
Luta para tomar posse...
Um conflito diário evoca
Todo esse enorme pesadume
Constante na vida do ser solitário
Decadente de si
Misantropo adornado de ódio
Entrajado de execração
Pelas pessoas que nada tem culpa...
Aquele som, vocifera...
Em seus olhos as lágrimas se avermelham
Tingidas de sangue
Escorrem e caem ao chão
Daquele cárcere que é o seu quarto
Denominado, cantinho da solidão...


O Poeta é livre como o ventoOnde histórias criam vida. Descubra agora