Os carros se aproximam
E diminuem...
E ali está um senhorzinho carcomido
Com suas oito décadas nas costas
Parado no semáforo
Com seu chapéu de palha nas mãos
Seu rosto remetia a uma vasta tristeza
E seu corpo era totalmente prostado, pobre coitado...Os carros paravam e o desafortunado velhinho vagarosamente estendia o seu chapéu
Uns olhavam e fingiam que ele não era real
Outros com um desdém da mesma marca do carro importado...
Ele se movia com muita complexidade
Seus olhar seco remetia uma vida difícil...
Ver aquilo não me fazia bem...Dos carros que davam esmola
Eram carros populares, com gente popular
As mesmas que sempre estão à ajudar
Enquanto os riquinhos, sentados em seus glamour
Viviam a ignorar
Os da classe mais baixa se mostravam mais ALTOS
Solidários e verdadeiramente, humanos...Eu dali senti uma coisa a me incomodar, tanto aquele senhor, debilitado
Quanto aquelas pessoas que têm, mas não dão...
Lamentável esse nosso mundo...O velhinho continuou ali, a mercê da caridade humana...
Da compaixão
Da solidariedade...
Eu imagino que isso seja muita injustiça, uma maldade só...
Coitado do pobre velhinho.Felippe Lacerda
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O Poeta é livre como o vento
Poetry"O poeta é livre como o vento". Um pouco do meu viver transmutado em poesias com temáticas das mais distintas. Espero que apreciem! Felippe Lacerda ------------------------------------ Plágio é crime.