43- Transmutação

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Veneno insensato
Sabor de desprazer
Ludíbrio esse degustar
Desce pela garganta feito tachinha
ferindo todo seu ser

Dores inquietantes
Alma em ruína
Desabado em sua própria colina
Aquele monte que era carregado em suas costas
Acabara de desmoronar sobre si
Esmagado pelo seu próprio peso

Vazio, com apenas órgãos dentro
Nada de bom para se aproveitar
Um deserto de sentimentos
Com um vasto sofrimento
Em meio as tempestades de areia
Na sua conhecida solidão...

Mas ainda que o mundo
E principalmente ele não acreditasse
Jesus mandou um recado
Convidando-o para segui-lO
E que toda ferida seria curada
E que todo pecado perdoado...
Aquele poço vazio
Se transmutou em morada do Consolador...

Felippe Lacerda

O Poeta é livre como o ventoOnde histórias criam vida. Descubra agora