72- Retrato

10 2 0
                                    

Retratos de um amor
Jogados ao fundo do baú
Empoeirados e envelhecidos
Desmemoriados...

Teias de aranhas encobrem
Aquilo que um dia foi descoberto
A cor desmacha
A fotografia desaparece e aparece...

O passado alojado
Naquela recordação
A qual faz sangrar
Revivendo o pretérito
Galgando em direção à mágoa...

Culpado fui eu
Por não ter dado fim
Deveria de picotado tudo
Ter dado descarga...
Vou me desfazer desse tempo doloroso.

Felippe Lacerda

O Poeta é livre como o ventoOnde histórias criam vida. Descubra agora