Pedra de crack

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Pedra da mortandade
Que invade a miserável vida
Se alinham entre laços
Para construir o desconstruir
Alicerce da mazela putrefacta social
Pedra sem valor, sem pudor
Largados nas sarjetas das ruas viciadas
Enjaulados, agachados, olhando para o nada
Paranóia urbana, paranóia humana
Com alma débil
Túrbidos de si mesmo...

Sem preço
Droga maldita
Te consome com juros
Te impondo drama e débito
Fazendo de ti um animal irracional
Te derriba ao chão
Faz de ti um ladrão de insanidade
Esse vício é a aflição
Adictos da infeliz escravidão
Dissabor à vida
Desditoso por ser recuperar
Enrolados em panos sujos
Corações descompassados e dilacerados
Se entregam ao náufrago da impossibilidade de se levantar
Enquanto a fração contínua impõe suas regras...
E o obituário é assinado pelo diabo.

Felippe Lacerda

O Poeta é livre como o ventoOnde histórias criam vida. Descubra agora