Escrava Sexual // [L.T]

Capítulo 40

Capítulo 40: vai ficar tudo bem

   Se eu tivesse escolhas, hoje eu não estaria mais aqui. Se eu pudesse voltar no passado, não escolheria vir para cá. É aquele famoso comentário.. não tem como reconstruir o passado.
     Algo estranho está acontecendo comigo, me sinto uma vadia realmente, respectivamente por ter acabado de transar com meu patrão, a força, como se eu quisesse e tivesse no maior clima. Não, eu não estou. Apavorada seria a palavra certa. Oh baby, eu estou apavorada e totalmente triste com você, seu estuprador de merda.

  Eu sempre fui acostumada a me valorizar, a dizer que eu sou quem eu eu quero ser, aquelas coisas que estão em mente desde a infância. Eu sempre quis ser como uma garota que dá orgulho aos pais, que corre atrás de seus sonhos. Eu fiz isto, lutei com o mundo para estar aqui hoje, honrando o trabalho em que um dia, minha mãe trabalhou para pode ser formar.

  Era meu mundo, meus planos, minha escolha. Eu podia ter sido melhor, para todos. A minha reputação está arruinada por um homem, viciado em sexo.

  Olá, meu nome é Sky, este é meu apelido, e ele me lembra meu agressor. Bom, devidamente direi quem é. Que abraçaram estas pessoas nos momentos que mais precisavam.

  Você devia saber Louis, saber que uma mulher merece ser tratada com alma e respeito. Não importa em que estado ela esteja, ninguém merece isto, até mesmo você.

   Me esforço para levantar da cama, o solo gelado me faz recuar. Decido levantar de vez, com os braços em volta do meu próprio quadril, ajudando minhas pernas darem seus passos até o  banheiro. 

   Lembro-me uma vez que precisei de ajuda para caminhar num dia de sol, quando o momento era de esporte. Torci o pé ao tentar fazer uma cesta. Meus amigos me ajudaram a levantar e andar até minha casa, foi uma experiência horrível; pelo menos a bola entrou no aro naquela dia.

  Passo levemente aos mãos pelos meus cabelos ajeitando meus fios. Me olho no espelho por um momento e encaro o reflexo de uma garota machucada e com marcas de dedo no rosto. Está garota acabou de ter um dos momentos mais horríveis de sua vida, exceto a morte de seus pais.

   Abro o boxe e ligo o chuveiro deixando a água cair sobre meu corpo gelado e dolorido. Conforme a água quente passa pelas partes marcadas de tapas e cintadas, faz com que sua pele arde e ardência vira um incômodo. Solto um gemido baixo e jogo minha cabeça para trás, a dor se reconcilia com meu estado. Preparo minha toalha e desligo o chuveiro enrolando o pequeno pedaço de pano branco em volta do meu corpo. A água tinha levado com si um pouco da minha dor, um pouco do meu desespero, um pouco de ... cada coisa. Suspiro saindo do banheiro ainda de cabeça baixa, o mundo cruel por que fizeste isso logo comigo ?

Cartelas de anticoncepcionais e pílulas brilham em cima do meu lençol, eu já teria de começar a tomar segundo Louis e sua arrogância. Fecho meus olhos indo até a cama e pego um tomando junto com água em cima da escrivaninha, ela desce raspando pela minha garganta.
Pego qualquer roupa que acho no meu guarda-roupa e coloco por cima um moletom, e calças largas para tampar as marcas. Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo e me olho no escolho.

Seja forte Sky... seja forte - Seu subconsciente.

-- Tomou as pílulas ? - Louis pergunta aparecendo na minha porta.

Afirmo com a cabeça sem o olhar.

-- Eu comprei varias cartelas, já pode começar a tomar certo, se não quiser engravidar ao longo dos dias. - Sussurra ele.

Me viro para ele incrédula.

-- O que acha que está fazendo ? - Pergunto trêmula.

Louis sorri de canto, calmo demais.

-- Apenas estou pedindo para você tomar as pílulas amor, aliás, você agora é minha- Diz ele.

Porra... como ele está tão calmo? Ele acabou de me bater, de me estuprar, de me magoar por dentro e por fora. Como consegue ?

-- Louis eu quero ficar sozinha por favor .....

Peço enquanto ele vem em direção a mim.

-- Eu sei, mas não vou deixar você sozinha ... - ele me puxa pela cintura.

Sinto meus olhos se enriquecerem de lágrimas.

-- Por que você faz isso comigo ? - sussurro fraca deixando algumas lágrimas cair.

-- Eu não tenho escolha, é algo meu. - Diz me abraçando.

-- Por favor saia ..... - peço baixo com um pouco de medo.

-- Eu não vou sair, obedece ! - Aumenta o tom de voz e me aperta ainda mais em seus braços.

Seu coração está batendo irregularmente, suas cabeça esta a cima de mim e o calor do seu corpo nada mais faz eu relembrar seu corpo em cima do meu, seus braços apertando minha cintura, eu sentindo dor e ele se divertindo. Deixo meus braços cair para fora do seus e soluço descontroladamente, me fazendo recuar um pouco. Louis insiste em me segurar e faz carinho em meus cabelos molhados, deixando-os desarrumados. Isto é um pedido de desculpas?

O olho sem entender, e ele apenas sorri de lado com os lábios fechados e os cabelos bagunçados.

-- Eu não quero te pedir desculpas pelo o que eu fiz, mas também não quero deixar de te dar esta abraço - fala ele baixo que quase não escuto.

-- Por que fez aquilo Louis ? Por que ? - insisto na pergunta querendo uma resposta.

-- Você não entende Sky - ele se afasta de mim- você não precisa entender, apenas aceite.

-- Você me estuprou ! Me bateu ! - Aumento o tom de voz.

-- E você não vai contar isso a ninguém - diz ele tranquilo.

-- Como não ? - me sento na cama fechando meus olhos.

-- Você não pode Sky, você me pertence agora, não ao tolo do Zayn.

Abraço minhas pernas quando as coloco para cima da cama. Fico em silêncio por alguns segundos tentando entender aquilo.

Louis se aproxima devagar dando passos leves para não me tirar dos pensamentos, ele se agacha na minha frente querendo saber se eu estava bem, acredito.

-- Não .. eu não estou bem Louis, me deixa...

Ele me puxa pelos braços me fazendo levantar de vez, agarra minha cintura e encosta nossos lábios, os seus secos e o meus molhados pelo choro. Tento recuar o afastando com os braços, mas acabo recuando, ele me dá vários selinhos e se afasta.

-- Sabe qual é o meu problema ?

-- Qual ? - pergunto.

Um dia você vai saber Skyllyn - Ele sussurra.

Tento falar mais ele acaba saindo em direção à porta me deixando sem escolhas e de novo, sem respostas.