Tyler
― Você está deslumbrante, Tyler. De verdade.
Brad tinha bebido um pouco e a bebida estava subindo à sua cabeça. Na verdade, suas carícias em meu rosto e em minha perna não estavam me ajudando. Ele estava me deixando louca de tesão. Cheguei ao ponto de me perguntar quando a refeição acabaria, para que eu pudesse levá-lo lá para cima e transar com ele a noite toda.
― O frango está bom? ― ele perguntou, finalmente afastando-se um pouco.
― Sim, obrigada.
Com o canto do olho, vi o homem que abriu a porta para nós servir mais uma taça de vinho a Brad. Achei que ele me serviria, mas ele me ignorou e seguiu adiante. Estranho.
Franzindo a testa, balancei a cabeça e olhei para Brad.
― Parece que você quer algo comigo.
Brad riu.
― Com certeza. Muito. Talvez possamos nos encontrar mais tarde. Em que quarto você está?
Balancei minha cabeça.
― Uma dama jamais fala ― provoquei.
Brad ergueu a sobrancelha.
― Vamos lá ― pediu ele, cutucando um ombro.
― Quarto vinte e um.
Inclinando-se para mim, Brad beijou meu rosto e sussurrou em meu ouvido.
― Prometo te dar uma noite que você jamais vai esquecer.
Estremeci de prazer. Eu estava mais do que pronta. Eu sabia que depois do jantar deveria ter uma rodada de drinks, mas não tinha certeza se minha libido aguentaria muito mais.
Voltando a atenção para Louisa, cutuquei seu ombro. Pude ver Pete deixando sua marca, mordiscando a orelha dela.
― Está se divertindo?
Ela sorriu e olhou na direção de Brad.
― Tanto quanto você.
― Touché ― eu disse, mexendo as mãos. ― Se eu for para a cama um pouco mais cedo do que o esperado, você fica com raiva de mim?
Louisa riu e balançou a cabeça.
― Que graça, estava pensando a mesma coisa.
****
Os pratos foram retirados e a sobremesa, servida, mas eu já estava me sentindo satisfeita com o jantar. Tomei sopa e comi frango com batatas, mas meu estômago estava muito ocupado, fervilhando com borboletas, para se preocupar com a comida.
Quando Brad acabou sua quarta taça de vinho, ele ficou ainda melhor. Sua mão em minha perna mostrava isso.
Quando todos acabaram de comer, o barulho das cadeiras podia ser ouvido.
― Até que enfim ― Brad falou com a voz arrastada. ― Te encontro em seu quarto em dez minutos, para não parecer muito suspeito.
Balancei a cabeça, agradecida por ele pensar em minha modéstia.
Segurando minha taça de champanhe, dei boa noite a Louisa e aos outros e segui para o andar superior, à procura do meu quarto. Cambaleando um pouco, cheguei ao primeiro andar e descobri que todos os quartos ali começavam com o número um. Achei as escadas e subi para o segundo andar. Quando vi o número vinte e um na porta, soube que estava no lugar certo.
Então, pensei nas paredes da casa. Eu esperava que elas não fossem finas, pois nem eu nem Louisa iriamos gostar de ouvir o que aconteceria nos quartos.
Balançando a cabeça, abri a porta do meu quarto. Era uma grande suíte. A grande cama de dossel ficava no meio do cômodo, e minha bagagem estava sobre ela. Fiquei feliz por ter levado uma lingerie decente.
Aproveitando os minutos que eu ainda tinha, desembalei minhas coisas, me despi e tentei retocar a maquiagem. Era um pouco mais difícil do que o normal, já que eu estava bêbada, mas não o suficiente para não saber o que estava fazendo. Eu sabia que queria isso, antes de começar a beber.
Depois que terminei, olhei meu reflexo no espelho por alguns segundos. Ainda bem que meu cabelo ainda estava bonito, após os eventos da noite. Eu tinha sorte. Meu cabelo era longo e liso, e nunca tive trabalho para deixá-lo arrumado. Ele secava naturalmente e estava pronto.
Saí do banheiro e voltei para o quarto, esperando por Brad. Bebi os últimos goles do meu champanhe e subi na cama, empurrando os lençóis.
Deslizando para debaixo deles, fechei os olhos, permitindo que a sensação de conforto me tomasse. A cama não só parecia luxuosa, ela realmente era.
Conforme os minutos passavam, coloquei minha cabeça no travesseiro e olhei para o teto. Talvez Brad tenha decidido não transar comigo. Ou, ainda, algo poderia estar atrasando-o. Seja o que for, já tinham se passado vinte minutos e nada dele. Se ele soubesse o quanto eu estava pronta, teria vindo mais cedo. O álcool começou a fazer efeito e fui ficando cansada. O fato de a cama ser divinamente confortável não ajudava muito.
Antes que eu percebesse, já estava dormindo.
****
Era eu quem estava gemendo em voz alta? Não sabia o que estava acontecendo, só que alguém estava me tocando e, puta merda, era muito bom. Suas mãos acariciavam meus mamilos, minha cintura, meus quadris, meu corpo inteiro.
Porra, ele era como um polvo, mas não me importava, eu estava gostando.
― Oh, Deus! ― gritei respirando pesadamente.
― Shhh ― uma voz soou acima de mim. ― Estou aqui para fazer você gozar.
Sua voz soava tão sexy. Eu deveria ter ficado aborrecida por ele ter demorado tanto para vir, mas, agora, o jeito que ele me tocava era mais do que erótico.
Empurrando minhas pernas para abri-las, ele estava sobre mim num instante. Senti o quão duro e grande ele estava quando ele empurrou sem membro em meu estômago. Gemi de novo quando ele rasgou minha camisola e arrebatou meus mamilos. Ele estava sendo bruto comigo, mas, por alguma razão, só aumentou minha excitação.
Sem conseguir suportar, levantei minha cabeça para beijá-lo, mas fui rapidamente interrompida por um par de mãos segurando meus pulsos.
― Eu digo quando você pode me beijar, porra? Entendeu?
Que merda é essa? Ele está dando ordens para mim?
― Foda-se! Fique longe de mim!
Estava prestes a dar um pontapé nele, mas ele foi muito rápido. Antes que eu esboçasse reação, ele rasgou o resto da camisola e avançou na direção da minha boceta.
Ele não perdeu tempo com a língua. Colocou-a em mim, num instante, fazendo com que eu esquecesse qualquer ideia sobre a tentativa de pará-lo. Como ele conseguia me fazer odiá-lo e sentir tesão por ele, ao mesmo tempo? Não imaginei que Brad tivesse um homem das cavernas dentro de si.
Estava difícil de enxergar. O quarto estava tão escuro que tudo o que eu conseguia era ver as formas daquele corpo magnífico. E, cara, este corpo estava me dando tudo aquilo que eu desejava.
Com o movimento da sua língua, ele estava me deixando louca. Já recebi sexo oral de outros homens, mas nenhum deles tinha a experiência com a língua como ele. Era quase como se ele conhecesse meu corpo, como se soubesse onde me tocar.
Inclinando meus quadris, ele lambeu de cima para baixo, do meu clitóris para minha boceta. Não consegui segurar os gemidos.
― Oh, Deus ― gritei novamente.
― Você gosta disso? ― ele perguntou, contra minha perna. A vibração da sua voz quase me fazendo gozar.
― Sim…
― Sei exatamente o que você quer, Tyler. Conheço cada centímetro seu. Você quer gozar como nunca gozou antes?
― Oh, Deus! Sim! ― gritei a ponto de explodir. A maneira como ele me tocava e falava comigo estava me incendiando.
― Você vai gozar só quando eu deixar, Tyler, e não antes. Entendeu, Tyler? ― Ele me lambeu novamente e meus joelhos quase cederam. ― Responda!
― Sim… por que você está fazendo isso comigo?
― Porque eu te possuo. Cada centímetro do seu corpo é meu. Só isso que você tem que saber. E a única pessoa que você precisa, sou eu. ― Ele lambeu meu clitóris novamente. Não sei como ele fez isso, mas foi como se tivesse acendido um interruptor em mim.
Eu estava quase lá. Meus gemidos estavam cada vez mais altos e minhas pernas ficaram tensas com meu orgasmo iminente.
De repente, ele parou e grunhiu para mim.
― Te dei permissão para gozar?
Eu estava prestes a discutir e mandá-lo se foder, mas ele sempre conseguia ser mais rápido do que eu.
― Vire!
― Não!
― Tyler, vire-se, porra! Não vou falar de novo.
― Não!
Rapidamente, ele me virou de bruços sobre a cama. Eu queria discutir, mandá-lo se foder, mas meu corpo parecia tremer cada vez que ele me tocava.
Se eu achava que não poderia ficar pior, de repente ele me deu um tapa na bunda.
― Ai! Por que você fez isso?
Esperei que ele respondesse, mas ele puxou meus quadris para cima e empurrou seu pênis dentro de mim.
― Puta merda! ― Ele bateu no meu traseiro de novo. ― Desgraçado!
― Me dê a sua mão.
― Não!
― Estou ficando cansado disso, Tyler. ― Ele empurrou dentro de mim novamente e quase desmaiei.
― Oh, Deus!
― Tyler, me dá a porra da sua mão. Faça o que eu mandei.
Estendendo a mão para ele, senti-o puxá-la na direção da minha boceta. Imediatamente, toquei no seu pau duro, que estava dentro de mim. Senti ao redor dele o preservativo.
― Está satisfeita agora? ― Balancei a cabeça e ele soltou minha mão.
― Vou começar a me mover agora, mas não importa o quanto você queira gozar, você vai segurar. Você entendeu? Não pode gozar até que eu permita.
― Babaca!
Com força, ele puxou meu cabelo.
― Você ainda não viu nada, amor.
Antes que eu pudesse argumentar, ele começou a se mover dentro de mim. A cada impulso, eu sabia que não conseguiria resistir por muito tempo. Era muito bom. Bom até demais. Quase como se ele fosse feito para mim, projetado especificamente para Tyler O’Shea.
Eu fiquei com raiva. Irritada por ele me tratar assim. Mais que isso, eu estava com raiva de mim mesma por permitir isso. Com raiva por gostar de cada segundo em que ele estava me comendo.
― Oh, não! ― Estava muito perto, não conseguiria segurar.
― Se você gozar, vou puni-la, Tyler.
Tentei o máximo que pude. Eu estava a cima dele, gritando e sentindo meu corpo estremecer. Meu orgasmo simplesmente jorrou, deixando todos os pelos do meu corpo em pé. Nunca tive um orgasmo como esse.
― Porra! ― ele gemeu, puxando meu cabelo com mais força, me puxando para cima. Ainda movendo-se com força, dentro de mim, ele puxou minha cabeça para o lado e chupou com força a lateral do meu pescoço.
Parecia doloroso, mas, de alguma forma, intensificou ainda mais meus sentidos, provocando um segundo orgasmo.
― Porra, Tyler! ― ele gritou, soltando o meu pescoço e empurrando com mais força.
Ele logo caiu em cima de mim, nossa respiração dura e implacável. Ficamos em silêncio por alguns momentos. Comecei a tentar compreender o que tinha acontecido. Será que ele só queria mesmo me degradar e, então, me proporcionou não só um, mas dois malditos orgasmos? Já tinha ouvido falar sobre orgasmos múltiplos, mas jamais imaginei que experimentaria.
― Você me desobedeceu, Tyler. Vai ser punida por isso.
Tentei virar para lhe dar um esporro, mas ele tinha me deitado na cama, segurando-me com força.
― Agora, você vai dormir como uma boa menina.
Já tive o suficiente dessa merda. Uma coisa era me dizer o que fazer durante o sexo. Isso era completamente diferente.
― Vai se foder!
― Acreditei que eu já tinha te fodido, Tyler. Não apenas isso, como também te dei os dois maiores orgasmos da sua vida. Estou certo?
Fiquei em silêncio, sabendo que ele estava certo e o odiando por isso.
― Ótimo. Gosto quando uma boca inteligente com a sua sabe quando estou certo. Um dia, vou foder muito a sua boca. ― Ele passou os dedos por meus lábios, fazendo minha boceta ganhar vida.
― Quer que eu te coma de novo, não é, Tyler? Quer minha boca na sua boceta, minha língua no seu clitóris, que eu enterre meu pau na sua boceta até fazer você gritar, não é?
― Sim ― falei sem fôlego.
― Sim, o que, Tyler?
― Por favor.
― Eu poderia fazer isso, desde que você não tivesse me desobedecido. Mas vou voltar a fazer você gozar, Tyler. Prometo a você.
Movendo-se rapidamente, ele saiu de dentro de mim e me agarrou por trás. Ele deu beijos suaves em minhas costas e acariciou meus braços até que senti meus olhos ficando pesados novamente. Eu sabia que ele estava fazendo isso de propósito, que eu cairia no sono, mas eu não estava ligando. Era bom demais para que eu reclamasse.
Sentindo-me completamente saciada e relaxada, caí rapidamente num sono tranquilo.
****
Na manhã seguinte, acordei dolorida em lugares que nunca tinham doído antes. Minha boceta estava dolorida, o que era algo com que eu podia lidar, mas era em outro lugar que eu sentia dor. Esticando meus braços, virei a cabeça para um lado e senti a dor na lateral do meu pescoço. Fazendo uma careta, toquei onde doía, me perguntando por que ali estava tão dolorido.
Foi então que me lembrei. Brad.
Virei a cabeça e olhei para a cama. Vazia. Que estranho. Achei que ele ficaria durante a noite comigo. Chateou-me que ele tivesse agido como agiu, sem me avisar antes, me proporcionando a melhor transa da minha vida e, então, se esgueirado para fora do meu quarto.
Ao pensar nisso, me perguntei como ele entrou no quarto sem a chave. Encolhendo os ombros, tentei não pensar muito nisso. Talvez ele tivesse conseguido uma cópia ou sabia abrir fechaduras. Ele era policial e, obviamente, sabia alguns truques.
Cambaleando até o banheiro, liguei o chuveiro e me olhei no espelho para prender os cabelos. Quando me vi, quase gritei. Não admira que meu pescoço estivesse doendo. Eu estava com uma enorme marca de mordida. Era tão grande que não acreditava que a maquiagem fosse capaz de escondê-la.
Em pânico, corri para o chuveiro e tomei um banho rápido. Assim que terminei, peguei minha bolsa e liguei para Louisa. Tomara que ela já esteja acordada. Já passa das dez.
― Tyler, é você? ― Louisa perguntou grogue.
― Preciso da sua ajuda, Louisa! Levanta!
― O que houve? Você está bem? ― De repente, sua voz parecia mais desperta.
― Estou bem, mas meu pescoço… você tem que me ajudar. Acho que um vampiro entrou sorrateiramente em meu quarto ontem à noite e fez um banquete!
Ouvi-a rindo ao telefone.
― Parece que você teve uma boa noite, então. Brad está com você?
Sentindo meu aborrecimento crescer, bufei.
― Não, o filho da puta se foi. Fez isso em mim e desapareceu. Vou acabar com ele quando encontrá-lo!
Eu não sabia o que sentir. Gosto de me ver como uma mulher forte de espírito. Saí da casa dos meus pais e desafiei seus sonhos de que eu fosse uma advogada, para perseguir o meu sonho. Jamais me curvei para um homem. Nunca.
― Já vou aí com meu kit de emergência.
Soltei um suspiro de alívio.
― Obrigada.
Desligando, vasculhei minha bolsa e tirei uma calça jeans e um suéter de gola V. De tudo que já fantasiei, jamais imaginei que teria um babaca sugador quase arrancando um pedaço meu. Se ele queria deixar sua marca e mandar uma mensagem para todos os caras que estavam lá fora, ele tinha conseguido.
Enquanto esperava Louisa aparecer, fiz uma varredura no quarto. Procurei em toda parte a minha camisola rasgada, mas não consegui encontrá-la. Além de ter me mordido, ele ainda levava a minha roupa? Babaca.
Se ele não tivesse me feito gozar daquele jeito, acho que eu estaria furiosa agora.
Perdida em meus pensamentos, quase não ouvi a batida na porta.
― Tyler, você está aí? Sou eu, Louisa.
O som da voz dela me fez sorrir quando pulei da cama para atender. Ao me ver, ela sorriu, mas então olhou para o meu pescoço.
― Puta merda!
Acenando para ela se acalmar, puxei-a para dentro e fechei a porta.
― Shh… alguém pode ouvi-la.
― Tudo bem que você falou que era ruim, mas, cara! Ele é algum homem das cavernas ou algo assim? Parece até que ele quis reivindicar você para o mundo, amiga.
Balancei a cabeça.
― Eu sei. Essa porra é tão infantil, não é? Parece que estou na escola de novo e Tim Baker veio em cima de mim. ― Estremeci com o pensamento, lembrando-me de todos aqueles anos.
― Eu sei que você está aborrecida, mas tenho que perguntar. Valeu a pena?
Meus olhos se arregalaram, revelando a ela que tinha mais do que valido a pena.
― Louisa, foi a melhor transa da minha vida.
Louisa ofegou.
― Porra! Sério?
― Ah, merda… sim, infelizmente. Foi tão bom que, se ele quisesse de novo, eu seria incapaz de dizer não.
Ela parecia confusa.
― Por que diabos você diria não?
Franzindo a testa para ela, apontei para o meu pescoço.
― Olha o que ele fez comigo!
― Por que você o deixou fazer isso?
Corei um pouco.
― Ele estava… como posso dizer? Um tanto dominador. Ele me disse que, se eu gozasse sem que ele deixasse, me puniria. Acho que essa é a minha punição.
Se eu achava que seus olhos não podiam se arregalar mais, me enganei.
― Caralho, Tyler! Não sei se acho isso extremamente preocupante ou extremamente sexy!
Só de pensar nele, fiquei excitada novamente.
― Eu sei.
― O que você vai falar quando o encontrar?
Apertei os lábios, pensando nisso.
― Não sei ainda, vou ter que pensar em algo. Mas, primeiro, você pode me ajudar? Não quero que as pessoas me vejam assim.
Louisa me deu um olhar suave e sorriu.
― Claro. Vamos dar um jeito nisso.
Enquanto Louisa estava dando um jeito no meu pescoço, ela me contou tudo sobre sua noite com Pete. Parece que ela teve uma noite boa com ele.
― Ele me convidou para sair amanhã.
― Sério? E você vai?
Louisa deu de ombros.
― Disse a ele que ia ver. Não quero parecer muito interessada. Mas gostei dele. Sei que dizem que os melhores perfumes estão nos menores frascos… e tenho que concordar que é uma verdade!
Nós duas rimos alto e Louisa olhou para mim.
― Acho que fiz o melhor que dava.
Levantei e olhei no espelho. Ainda dava para ver o contorno fraco do que parecia ser uma contusão, mas estava muito melhor.
― Obrigada, Louisa. Não sei o que faria sem você.
Louisa sorriu docemente e colocou a mão no meu ombro.
― Sem problema, Tyler! Agora está na hora de chutarmos alguns traseiros.
Quando paramos de rir, fomos procurar Brad. Tudo parecia tranquilo na Mansão, fazendo-me pensar que todo mundo já tinha ido para casa.
Inclinando-me, sussurrei no ouvido de Louisa.
― Levando em consideração que ontem a gente estava muito ansiosa, o que acha de darmos uma olhada por aí?
Ela assentiu, ansiosamente.
― Ah, sim! Ainda quero tentar descobrir quem é o dono deste lugar.
― Eu também.
Quando descemos as escadas, o senhor que abriu a porta ontem à noite apareceu.
― Bom dia, senhoras. Espero que tenham tido uma boa noite de sono.
Balancei a cabeça.
― Ah, sim. Foi perfeito.
O homem sorriu, e foi quase como um sorriso de reconhecimento. De repente, me senti paranoica.
― Se vocês me acompanharem, vou levá-las para tomar o café da manhã.
Muito em breve, chegamos em frente a duas portas que ele empurrou. Era uma grande sala, muito bem iluminada pelo sol. Havia pequenas mesas espalhadas ao redor, que me fizeram lembrar de uma sala de jantar de um hotel. Eu podia sentir o aroma distinto de café, bacon e salsichas, o que fez meu estômago roncar.
― Por favor, sentem-se e fiquem à vontade para se servir.
Louisa e eu balançamos a cabeça e, então, voltamos nossa atenção para o salão. Logo avistei Brad sentado à mesa, com a cabeça entre as mãos. Ele não parecia bem e eu não sabia se estava me sentindo secretamente satisfeita com isso ou não.
Olhei para Louisa e fiz um sinal, seguindo até sua mesa. Parecia que todo mundo tinha ido embora, porque Brad era o único que estava lá.
― Brad ― chamei quando chegamos na mesa.
Ele olhou para cima e dei um passo para trás. Ele parecia doente. Seu belo rosto estava abatido, seus olhos muito vermelhos. Parecia que ele não tinha dormido a noite toda.
Mas eu não podia deixar passar. Ele me marcou e eu precisava saber por que ele fez isso.
Estava prestes a perguntar, quando ele notou a marca em meu pescoço.
― O que diabos aconteceu com você?
Eu bufei.
― Como se você não soubesse, Brad. Vamos. Você esgueirou-se para o meu quarto, e…
Brad disparou, acenando com as mãos.
― Espere, Tyler. Do que você está falando? Eu desmaiei em um dos sofás. Fiquei lá a noite toda.
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Sortilégio
RomanceEste não é um conto de fadas. Ele não é um príncipe encantado que vai levá-la em direção ao pôr do sol. Esta é uma história sobre traição, luxúria, desejo e, em última análise, vingança... E a vingança só pode conduzir a uma coisa. Tyler Ele era um...