Capítulo 18

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Dean
 
“A antiga lei do ‘olho por olho’ deixa todo mundo cego.
 O tempo está sempre certo, para fazer a coisa certa.”
Martin Luther King Jr.
 
 
Com uma saída apressada, desci correndo as escadas, entrei no carro e fui embora. Agora, eu precisava de velocidade. Precisava sentir o ronco do motor V8 do meu Dodge Challenger debaixo de mim. Precisava apenas dirigir, sem destino. Eu tinha vários outros carros, mas nenhum me despertava a adrenalina que meu Challenger me proporcionava. Ele era elegante, rápido e ronronava como um gato filho da puta. Era disso que eu precisava depois de deixar Tyler daquele jeito. Ela me deixou nervoso esta noite. Mais uma vez, seu veneno me intoxicou e não pude afastar sua linda boca do meu pau. Eu era um mestre em controle e tinha sido assim, por toda minha vida. Eu mandava e as pessoas obedeciam. Mas, esta noite, assim como na noite passada, ela me fez desmoronar debaixo dela. Eu não esperava que ela me tomasse assim. Achei que deveria lhe dar a chance de se afastar e gozaria sobre seus seios empinados. Eu teria feito isso, se ela concordasse. Na verdade, era isso que eu esperava. Eu queria marcá-la o máximo que pudesse. De forma pervertida, eu queria ver meu sêmen espalhado por todo o seu corpo. Queria ver seu rosto quando ela me visse marcando-a como minha.
E ela era minha. Tive a certeza no minuto em que pus os pés em seu apartamento. Eu sabia onde ela guardava seus cartões de visita. Sabia tudo sobre a Tyler. Então, fui até a gaveta do armário onde ficava o telefone, olhei dentro e lá estava. Foi a primeira coisa que fiz antes de ir até ela. Sorri, pensando que ela estaria, provavelmente, descobrindo isso agora. Sem dúvidas, ela viria me procurar, mas eu já estava muito longe. Ela estava nua, então duvido que correria atrás de mim. Outro ponto a meu favor. Toda vez que tomei Tyler, me certifiquei de que ela estaria completamente nua. Eu estaria vestido para esconder minha identidade, mas Tyler sempre nua. Sempre aberta e vulnerável. O pensamento do que fiz fez meu pau se contorcer. Tudo o que se referia a ela fazia meu pau se contorcer.
Dirigindo pela autoestrada M5, agarrei o volante, tentando não me distrair. Eu estava no controle. Eu a controlava, não o contrário. Jamais deixaria que ela me fizesse de otário novamente.
Ao passar pelo cruzamento, a caminho de casa, não pude segurar o pequeno sorriso que apareceu em meu rosto, ao pensar em transar com ela novamente. Eu tinha certeza de que ela estaria resistente. Ela estaria tão louca por eu tê-la deixado assim, que sabia que ela lutaria, quando eu voltasse.
Mas eu tinha um às na manga. Sempre tinha, no que se referia a Tyler. Ela se acostumaria comigo, eventualmente, e, quando chegasse a hora, eu iria atacar.

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