Capítulo 13

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Tyler
 
Era tão estranho. Antes, eu tinha desejado Brad, mas, depois de ontem à noite, não conseguia tirar da cabeça aquele que me visitou. Era quase como se ele me conhecesse de dentro para fora. Ele era um mestre em qualquer coisa erótica. Só de pensar, sentia o calor subir por meu corpo novamente.
― Vou para casa agora. Ainda não estou me sentindo bem.
Sorri e concordei.
― Acho uma boa ideia.
― Ah, você tem meu cartão, certo?
Fiz uma careta, tentando lembrar o que fiz com ele.
― Espere um segundo, deixe-me ir verificar.
Corri em direção às escadas antes que Brad pudesse responder e olhei em minhas coisas. Não conseguia encontrar o cartão em lugar algum. Mordendo o lábio, tentei lembrar onde estava. Achei que tinha colocado sobre a mesa de cabeceira. Parecia que eu tinha perdido. Talvez eu tivesse deixado cair quando subi.
Balançando a cabeça, voltei lá para baixo, onde Brad me esperava. Ele parecia tão mal, tenho certeza que ele estava ansioso para chegar em casa.
― Não consegui encontrá-lo ― disse a ele.
Brad franziu a testa, mas enfiou a mão no bolso e tirou outro cartão.
― Aqui está outro. Como eu disse, tem meu telefone e e-mail. Quando quiser me ver, ligue. Seria bom levá-la num encontro adequado.
Senti certa timidez em Brad, o que me fez ter certeza de que, definitivamente, ele não era o homem que passou a noite comigo.
Pegando o cartão da sua mão, sorri.
― Seria ótimo.
Com rápido abraço e um beijo no rosto, nós nos despedimos.
― Ele não parece o tipo ― Louisa disse, me fazendo pular.
― O quê?
Ela encolheu os ombros.
― Ele não parece o tipo que faz essas coisas na cama. ― Após uma breve pausa, ela sorriu. ― Apesar de que é sempre com os mais quietos que você deve ter cuidado.
Algo chamou a atenção de Louisa, que virou-se em direção à escada.
― Falando nisso…
Olhando na direção da escada, vi Pete correndo.
― Estive procurando por você ― ele disse, um pouco sem fôlego. ― Me perguntei aonde você poderia ter ido com tanta pressa.
― Tyler teve uma emergência que precisávamos cuidar.
Pete me olhou e seus olhos rapidamente pousaram em meu pescoço. Ele fez uma careta.
― Parece que um vampiro te visitou, ontem à noite.
Sorri descaradamente.
― Com a prova em meu pescoço, acho que você já sabe a resposta.
Graças a Deus estávamos no fim do outono, porque eu sabia que teria que usar lenços ou blusas de gola alta para esconder o pescoço. Eu deveria ter ficado assustada e com raiva, mas, por alguma razão, tudo que eu conseguia pensar era nos dois orgasmos que ele me deu. Tudo o que eu conseguia pensar era no quanto o queria de novo, seja ele quem fosse.
Pete sorriu, mas era nítido que ele queria a atenção de alguém mais importante. Seu olhar voltou para Louisa, olhando-a de cima a baixo, com um brilho sensual em seus olhos.
― Achei que poderíamos nos conhecer um pouco mais esta manhã ― Pete ronronou, agarrando a cintura de Louisa.
Timidamente, Louisa me olhou, mas tudo que fiz foi sorrir e revirar os olhos.
― Talvez eu devesse dar uma volta e deixar os pombinhos um pouco a sós.
Vi que Louisa estava prestes a protestar, mas Pete foi mais rápido. Ele colocou os lábios nos dela tão rapidamente que ela mal teve tempo de respirar.
Balançando a cabeça, passei a olhar ao redor do lugar. Não sabia se conseguiria entrar em outros cômodos, ou ainda, passar pelo Sr. Butles, caso ele aparecesse. Mas não importava, eu estava determinada a dar uma olhada na casa antes de ir embora. Precisava saber mais sobre este misterioso Sr. Gatsby. Olhei na direção das escadas e pensei que, se havia uma boa forma de começar, era de cima.
Então, segui para as escadas.

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