Capítulo 24

32 5 1
                                    

Dean
 
“Ao buscar vingança, você cava duas sepulturas: uma para si mesmo”.
Douglas Horton
 
Segui Tyler por todo o caminho até o clube. Eu já sabia que ela iria e planejei tudo de acordo com a sua programação. Era bom que fosse uma festa de Halloween, assim eu poderia ir usando meu moletom com capuz e uma máscara de Mike Myers e pareceria completamente normal.
Estacionei meu Challenger em um local seguro nas proximidades e caminhei em direção ao clube. Ele estava lotado, com uma longa fila na frente. Eu já tinha feito arranjos para entrar por trás. Também fiz arranjos para que Tyler e Louisa entrassem assim que chegassem. Dei as instruções, incluindo uma foto sua e uma descrição do que ela usaria. Eu não era o filho de um deus do crime para nada.
Bati na porta dos fundos. O segurança, Tony, também conhecido como Teddy, abriu-a. Ele era um negro careca, com os músculos mais impressionantes que eu já tinha visto. Eu sabia que eu era um cara durão, mas nem eu era estúpido o suficiente para ir contra um cara como ele. Felizmente, ele estava um pouco desconfiado de mim. Todo mundo que me conhecia sentia-se desconfiado, e era assim que eu gostava. Ter pessoas que desconfiam de você impõe respeito, e todos me respeitavam. Eles não tinham escolha, a não ser, é claro, que quisessem uma bala na cabeça.
― Oi, Dean. Beleza?
Sorri para Tony. Embora ele fosse enorme, seu sorriso o deixava mais suave. Ele parecia um grande urso de pelúcia, daí o apelido de Teddy.
― E aí, Teddy? ― Ele me deixou passar pela porta, e fechou-a atrás de mim.
― Indo ― ele disse, encolhendo os ombros. ― Estarei de serviço a noite inteira. Por falar nisso, e sua garota, Tyler? Ela já está lá fora? Está usando a roupa que você me falou?
Senti vontade de fechar os olhos, para não pensar nisso. Saber que ela estava vestida com aquela fantasia de vampira sexy, com a saia curta e a capa longa cobrindo seu traseiro, fez meu pau acordar. Não importa o quanto eu me esforce para me acalmar, apenas pensar nela era o suficiente.
― Sim ― falei, sem rodeios, entregando-lhe meu telefone. ― Aqui tem uma foto que tirei dela, esta noite.
Tony pegou o telefone da minha mão e olhou a foto por um tempo longo demais.
― Porra! ― ele gritou. ― Tá explicado porque você está pegando.
Sem pensar, peguei o telefone da mão dele. Ouvi-lo falar assim sobre ela fez meu sangue ferver. Ela era minha, de mais ninguém.
― Faça a porra do seu trabalho, Tony.
Ele recuou parecendo estar em choque.
― Sinto muito, cara, não tive a intenção de ofender. Vou procurá-la agora. Tenha uma boa noite.
Um pouco mais calmo, bati em suas costas. Precisava controlar o meu temperamento. Eu não deveria me preocupar que outro homem estivesse com tesão nela.
― Você também, Teddy. ― Em seguida, ele saiu e fui deixado vagando no local, como eu queria. Era ótimo ter poder. Era ótimo comandar a cortesia das pessoas. Eu era justo, desde que não tentassem puxar meu tapete.
Com a máscara na mão, caminhei pelo corredor em direção a uma das entradas para o hall. O local estava tranquilo, já que a maioria dos funcionários estava fora dali, fazendo seu trabalho. O único barulho que se ouvia era o som fraco de Thriller ecoando pelo local.
Parado em frente à porta, eu estava ali, prendendo minha máscara e sorrindo com o pensamento de surpreender Tyler. Ela não me esperava, me ver aqui com certeza iria chocá-la. Eu estava contando com suas habilidades de observação para me localizar. Eu sabia que ela não fazia ideia de como era a minha aparência, mas ela com certeza conhecia o meu moletom com capuz. Acho até que ela já tinha uma ideia da minha forma física. Considerando que essas eram as únicas coisas que ela sabia sobre mim, eu estava confiante de que não teria problemas para ganhar sua atenção.
Coloquei a mão sobre a maçaneta e a virei, ouvindo a música de forma mais clara. Estava aos berros, mas eu estava acostumado. Eu praticamente morei em clubes assim, quando criança. Tyler nunca soube deste lado da minha vida. Ela era apenas uma menina inocente, pelo menos era o que eu achava. Ela era virtuosa, pura e intocada. Nunca desejei que ela fosse maculada por esse lado da minha vida.
Passando pela porta, deixei meus sentidos me levarem. O clube estava enchendo, a música bastante alta, as roupas a caráter. O clube estava escuro, mas as luzes estroboscópicas piscavam pela sala, iluminando zumbis, bruxas e mortos-vivos.
Segui até o bar e pedi uma cerveja, sentando num canto. Eu conhecia o clube como a palma da minha mão. Conhecia todos os pontos de entrada e saída, os melhores lugares para sentar e observar.
Já tinham passado uns cinco minutos que estava tomando minha cerveja, quando vi Tyler. Ela entrou com Louisa, seu cabelo caindo em ondas. Ela usava um delineador preto nos olhos e um batom vermelho brilhante, para acentuar sua aparência de vampira sexy. Suas longas pernas eram destacadas pela saia e tudo o que eu conseguia pensar era em segurá-la e levá-la para fora do clube, escondendo suas pernas do resto do mundo. Elas pertenciam a mim e só a mim.
O monstro verde que despertou dentro de mim se acalmou quando ela entrou e pulou de susto com um boneco parado à sua esquerda. Ela colocou a mão sobre o coração e riu com Louisa. A imagem fez meu peito apertar e, num momento de loucura, ri junto com elas.
Merda, eu precisava me concentrar. Ela está fazendo sua magia vodu em mim novamente, sem nem mesmo perceber. Ela não era alguém a ser admirada, para se rir junto, com a coisa de flores e corações. Ela era minha inimiga, meu ponto focal de destruição e nada mais. Tive que chutar minha própria bunda e me concentrar no plano.
No momento em que ela se acalmou, ela e Louisa caminharam até o bar e pediram suas bebidas. Com um doentio interesse, sentei-me lá. Eu estava praticamente babando com a visão dela e a única coisa que eu queria fazer era trepar com ela. Possui-la e lembrá-la a quem ela pertencia. A quem ela sempre pertencerá. Mas eu tinha que me lembrar da razão para eu estar lá. Eu precisava tomar dela o máximo que eu conseguisse. Ela precisava saber que não havia escapatória.
Então, sentei e esperei, aguardando o momento certo, observando-a ficar levemente tonta. Elas dançaram e riram, parecendo estar se divertindo. Em alguns momentos, alguns caras tentaram abordá-la e dançar com ela, mas eu fiquei feliz de ver que ela os afastou.
Mais ou menos uma hora depois, fiz meu movimento. Emergi das sombras, deixando minha cerveja sobre a mesa. Eu não estava aqui para beber. Estava aqui para assistir. E para pegar meu prêmio.
Tyler estava um pouco mais perto de mim, na pista de dança. Se ela olhasse em minha direção, sem dúvida me veria. Fiquei observando e esperei por mais dez minutos, enquanto ela dançava, se balançando no ritmo da música. Ela parecia bastante envolvida pela batida.
Na metade da música, fiz os arranjos para lhe enviar minha mensagem. Eu não tinha dúvidas de que ela iria me procurar no minuto em que ouvisse a música.
Como planejado, a canção chegou ao fim e minha música soou pelos alto-falantes. Ela congelou e pude ver seus olhos se arregalarem quando The Police cantou “Every Breath You Take”.
Por instinto, ela olhou ao redor e, como planejei, seus olhos caíram sobre mim. Pude ver o brilho de reconhecimento em seus olhos castanhos. Eles capturaram os meus e, mesmo que não pudesse me ver, soube que ela me viu. Ela sabia quem eu era. Sabia que eu estava aqui para reivindicá-la.
Enquanto ela me observava, me movi ao redor do salão. Fui deliberadamente devagar, para que ela pudesse acompanhar cada movimento meu. Louisa estava dançando com o tal de Peter, completamente alheia.
Enquanto eu circulava pelo salão, como um leão pronto para atacar, um outro animal, uma espécie de gato doméstico, cruzou a fronteira. Tocou Tyler por trás, agarrando a sua cintura, dançando com ela. Achei que ela fosse dizer que não, como fez com os outros, mas ela olhou para mim, desafiadoramente, e aceitou os avanços do homem.
Meu sangue ferveu. Cada fibra do meu corpo mandava que eu rasgasse a garganta do cara e cortasse a porra das mãos dele, por se atrever a tocar no que era meu.
Apertando os punhos com força, vi quando seu olhar atirou punhais em mim. Ela fechou os olhos e começou a se balançar contra ele, passando os dedos pelo seu cabelo. Eu sabia por que ela estava fazendo isso, sabia o porquê da súbita mudança de atitude. Ela estava tentando me punir. Ela tentava me afetar, mas eu mostraria a ela, em breve, que não era a atitude mais acertada.
Tentando me acalmar, voltei a andar lentamente, chegando mais perto do meu objetivo. Tyler abriu os olhos, tentando me encontrar. Ao me ver, ela sorriu timidamente e continuou balançando a bunda gostosa na virilha do idiota. Cada pedaço meu desejava dar um soco nesse cara, mas acho que Tyler esperava, secretamente, que eu fizesse uma cena. Ela esperava que eu perdesse a calma, mas o que ela não sabia era que eu podia ser muito perigoso. Eu poderia esmagar sua traqueia numa fração de segundos. Minha mão se moveria tão rapidamente que ela nem perceberia que tinha morrido, até que ela olhasse ao redor e visse apenas a sua alma.
Então, me movi lentamente, mantendo meu ritmo, apesar de estar pronto para explodir cada vez que esse cara colocava a mão em seu quadril ou passava os dedos em seus braços. Andei, controlado como antes, até chegar ao meu destino. Bati em suas costas, fazendo sinal para que ele caísse fora. Ele agiu exatamente como imaginei, deu de ombros como se eu fosse um pequeno incômodo. Então, peguei seus dedos e os esmaguei até que pude sentir a pressão, vendo seu rosto vermelho com a dor. Eu poderia admirar um pouco mais a vista, mas eu tinha um peixe maior para fritar.
Tyler virou e viu que a minha mão segurava a dele, e então Teddy veio e o levou para longe. Dizer que seu rosto parecia chocado era um eufemismo. Ela tinha visto o meu poder e isso fez meu pau pulsar ainda mais.
Puxando-a para mim, passei meus dedos sobre seus braços, para cima e para baixo. No início, ela ficou rígida, incapaz de compreender o que estava acontecendo, mas o meu toque era muito poderoso. Sempre seria poderoso demais para Tyler resistir.
Em pouco tempo, ela relaxou na curva do meu corpo, balançando ao som da voz de Sting, que dizia que eu sempre cuidaria dela. Ela agora sabia que pertencia a mim. Cada respiração, cada passo, cada sorriso, eu sempre estaria lá, observando-a e esperando por ela.
Enquanto ela movia a bunda em minha virilha, assoviei, tentando recuperar o meu controle. Sua roupa a deixava parecida com a princesa das sombras que eu sabia que ela era. Sabia que Tyler tinha um lado negro esperando para sair. Por que mais ela deixaria que eu entrasse em sua casa e fizesse todas aquelas coisas com ela? Secretamente, ela adorou cada segundo.
Puxando seu quadril, encaixei meu pênis em sua bunda, segurando seu cabelo. Com um puxão mais firme, trouxe a sua cabeça para trás, para que eu pudesse ver seus olhos. Eles estavam fechados, mas sua expressão era de desejo. Ela me queria. Ela me desejava. Ela me pertencia.
Passando a mão pelos seus cabelos, toquei a curva das suas costas, empurrando algumas mechas para fora do caminho. Segurando-a por trás, enfiei a mão por dentro da sua saia e alcancei sua calcinha. Olhei em volta para me certificar de que ninguém nos observava e, com um puxão rápido, arranquei a pequena peça do seu corpo. Tyler estremeceu sob o meu toque. No passado, ela me possuiu. Agora, ela estava sob meu encanto.
Colocando a calcinha no bolso da minha calça, virei-a de frente para ela me encarar. Seu rosto estava cheio de luxúria, sua respiração era entrecortada e seus olhos estavam vidrados de desejo. Aposto que, se eu colocasse um dedo dentro dela agora, ela estaria mais molhada do que nunca. Eu tinha que saber. Eu precisava descobrir.
Segurando-a, discretamente coloquei a mão entre nós, chegando à fenda da sua boceta. A capa longa que ela usava era perfeita, eu podia tocá-la sem correr o risco de ser apanhado com facilidade.
Os olhos de Tyler se arregalaram, mas ela não me mandou parar. Ela estava muito ligada em mim para me mandar parar. Eu tinha o poder e ela sabia disso. Ela olhou para minha máscara, tentando encontrar meus olhos, tentando desesperadamente ver o rosto por trás dela. Mas ela não veria. Não esta noite.
Com um movimento suave, alcancei seu clitóris. Tyler suspirou, fechando os olhos, enquanto eu mergulhava meus dedos dentro dela. Ela estava molhada… ah, completamente molhada. Ela quase me fez explodir em minhas calças, por saber o quanto ela me queria.
Com cuidado e o mais discretamente possível, segurei-a com força, enquanto meu dedo fodia a sua boceta, arrastando o polegar para cima e para baixo em seu clitóris. Continuei tocando-a, acompanhando a batida da música para fazê-la desmoronar. Eu a tinha de todas as maneiras. Eu a possuía e controlava cada parte dela, e nada nesse mundo me faria parar.
Vi a expressão atormentada e erótica cruzar o belo rosto de Tyler. Ela estava em doce agonia sob meu toque. Quando acelerei o ritmo, Tyler mordeu o lábio, sabendo que gozaria em breve. Eu sabia que ela estava quase no auge. Queria senti-la gozar em meus dedos, senti-la perder o controle. Queria que ela confiasse que eu poderia controlá-la e mantê-la segura. Aqui. Comigo. Mais ninguém.
E não havia mais ninguém. O salão estava lotado, cheio de gente dançando, se balançando na batida da música. Ninguém se importava com ninguém, exatamente como eu queria. Era apenas eu e Tyler. Tyler e eu.
Segurei a cintura dela com mais força, enquanto sentia seus gemidos reverberarem em seu peito e no meu. Ela estava perto do ponto de ruptura.
Com outro dedo, apliquei pressão em seu clitóris, deslizando em sua umidade. Queria sentir seu gosto, queria lamber cada gota. Tyler endureceu. Cada músculo do seu corpo dando lugar a um orgasmo intenso, e pude senti-la desmoronar. Senti sua vagina apertar meus dedos e, apenas isso, foi quase o suficiente para me fazer explodir. Ela resistiu quando continuei meu ataque, mas a segurei no lugar. Eu não a deixaria ir. Não agora. Ela era muito bonita de se ver. Era quase linda demais para ser maculada. Se não a conhecesse, jamais faria isso.
Conforme puxei meus dedos para fora da sua boceta apertada e molhada, segurei-a no lugar, enquanto ela se acalmava. Ela parecia precisar de um tempo. Eu poderia dizer que deve ter sido um dos orgasmos mais intensos que ela já teve. Sorri ao me dar conta de que Tyler era exibicionista, em segredo. O fato de ter pessoas ao nosso redor fez com que a resposta do seu corpo fosse ainda mais intensa. Tive cuidado, no entanto. Eu sempre fui corajoso. Era o que eu fazia dia após dia. Era como eu tinha que ser. Constantemente eu olhava por sobre o ombro, certificando-me que ninguém estava próximo demais para que eu fosse atingido. Eu não era burro para não saber que havia pessoas lá fora que adorariam que eu desaparecesse, assim como meus pais. Mas estava determinado a não deixar isso acontecer comigo. Eu era simplesmente muito bom naquilo que fazia. 
Olhando nos olhos de Tyler, eu soube que ela estava satisfeita. Ela estava praticamente cantarolando, depois do seu orgasmo. O que ela não sabia é que não tínhamos terminado ainda. Ela parecia contente em apenas ficar nos meus braços, balançando-se no ritmo da música. Uma nova música tocava. Outra música que poderia ter sido feita para Tyler. Ri ao ouvir a letra: “Ela sente como se alguém a estivesse observando” soou em meus ouvidos quando Tyler me olhou com um sorriso.
Eu não poderia deixá-la muito complacente comigo. Era quase como se eu a estivesse confortando, agora. Eu precisava mostrar minha autoridade novamente. Precisava que ela soubesse quem manda.
Puxando a sua mão, a levei para longe da pista de dança, na direção de uma das saídas de funcionários.
― Certamente, não poderemos voltar aqui ― disse ela, mas não respondi. A necessidade de enterrar meu pau em sua boceta assumiu o controle. Tive que mostrar a ela quem era o chefe. Ela me testou a noite inteira e precisava saber que seria punida por isso.
Ainda puxando-a pela mão, levei Tyler a uma sala escura, que parecia ser um depósito. Não era confortável nem aconchegante, mas nem era para ser. Era possível sentir o cheiro de umidade e água sanitária, entre alguns outros produtos de limpeza que eram mantidos aqui. Escolhi este local propositadamente. Queria que Tyler soubesse que ela não era tão especial quanto se achava. Eu ainda podia usá-la. Ela pareceu um pouco irritada, mas não o suficiente para se afastar de mim. Eu a tinha e ela sabia disso. Eu poderia fazer qualquer coisa que quisesse com ela e ela deixaria.
Com a respiração entrecortada, Tyler olhou ao redor da sala. Ela inalou, sem dúvida sentindo o cheiro. Mas a curiosidade foi mais forte e ela virou-se para mim.
― Você é dono deste lugar ou algo assim? Você parece comandar as coisas por aqui, tendo em vista o que aconteceu com o cara lá fora e o segurança.
Coloquei meus dedos sobre seus lábios, parando suas perguntas incessantes.
― Tire a capa ― exigi.
A tensão era palpável. Seus olhos me encararam e eu sabia que ela estava debatendo consigo mesma. Seu corpo queria fazer como o instruído, mas sua cabeça queria mandar eu me foder. Quando ela não obedeceu, dei um passo à frente.
― Tire. A. Porra. Da. Capa. ― Era mais do que uma exigência, eu estava comandando.
Um suspiro deixou seus lábios, enquanto eu observava seu seio subir e descer. Ela queria que eu transasse com ela. Meus dedos não foram o suficiente para acalmar a necessidade dentro dela. Ela sofria por isso. Vivia para isso.
Seu estranho.
Seu lótus.
Esperei, pensando se teria que tomar uma atitude extrema e arrancá-la dela, mas Tyler me surpreendeu. Sua mão chegou ao seu pescoço, desamarrando a fita. A capa caiu no chão, e um grunhido involuntário saiu dos meus lábios. Tyler estremeceu. Até o som da minha voz a afetava.
Meu pau endureceu mais. Achei que teria que trabalhar mais para ter a princesa sombria, mas parecia que eu já a tinha. Ela era minha. Totalmente, completamente, incompreensivelmente minha. Eu queria agarrá-la e trepar com ela da forma mais intensa que ela já havia sido comida na vida.
Olhei ao redor da sala e vi uma mesa no canto.
― Vá para lá e se curve. Agora.
Para minha surpresa novamente, ela obedeceu, caminhando em direção à mesa e curvando-se para mostrar sua linda bunda. Andei até ela e a circulei, como se ela fosse a minha presa. Eu precisava olhá-la assim. Ela era magnífica de se ver. Seu corpo quase estremeceu, com a necessidade, ao sentir meu cheiro ao passar por ela. Ela estava desesperada por mim e com o pensamento do meu pau agindo no piloto automático.
Aproximei-me por trás, levantando a pequena saia. Acariciei sua bunda com lenta deliberação.
― Você não dançou com ninguém até ter me visto. Por quê? ― Continuei acariciando-a, enquanto esperava resposta. Ela não fazia ideia do que eu estava prestes a fazer, mas seu corpo tremia de desejo.
― Eu posso dançar com que…
Bati com força na sua bunda, ouvindo seu grito de dor e excitação. Depois, voltei a acariciá-la, com movimentos circulares.
― Vamos tentar de novo? ― perguntei. ― Por que você dançou com aquele cara, sabendo que eu estava te olhando?
Seus olhos se fecharam por um breve momento, sua respiração mais irregular do que nunca.
― Foda-se.
Eu a senti tensa, me dando a dica de que ela sabia o que estava vindo. Ela queria isso. Ela sabia que seria punida se não respondesse à pergunta, então ela estava deliberadamente me provocando. Que pequena cadela safada você é, Tyler O’Shea.
O som do tapa ecoou na sala quando Tyler tentou desesperadamente sufocar o gemido. Mas não adiantava. Seu corpo estava ansioso para traí-la.
― Tyler, estou decepcionado com você. Você precisa parar de lutar contra mim e me dizer a verdade. Eu sei por que você fez isso. Só quero ouvir isso da sua boca gostosa. ― Segurando com força o seu cabelo, puxei-a contra mim, esfregando meu pau latejante em sua bunda. Ela fechou os olhos com um gemido, me deixando saborear sua necessidade.
― Você quer transar com um punheteiro qualquer? ― murmurei em seu ouvido. ― Quer as mãos de um filho da puta qualquer em você? ― Colocando as mãos em seu peito, segurei e apertei seu mamilo, sentindo-os duros e prontos para mim.
― Por favor ― Tyler gemeu novamente. Ela estava desesperada para que eu a tomasse.
Colocando a mão sobre sua bunda, acariciei-a mais um pouco, antes de dar outro tapa.
― A porra da resposta está errada, Tyler. ― Agarrei-a com força, puxando-a para mim, as mãos ainda segurando seu cabelo com força. ― Você quer transar com aquele filho da puta, Tyler?
― Não! ― ela gemeu.
Minha mão tocou seus seios novamente, acariciei-a, brincando com seus mamilos. Inclinando-me mais perto do seu ouvido, fechei os olhos por alguns segundos, saboreando seu aroma de coco.
― Por que não, Tyler? ― sussurrei, apertando seu mamilo ereto.
― Porque… ― ela gemeu de novo sob o meu toque, mas eu queria ouvi-la.
Abaixei a mão e dei outro tapa em sua bunda.
― Por que, Tyler?
Ela rugiu como o tigre enjaulado que eu sabia que ela era.
― Porque eu quero que você me foda! Sempre quero que você me foda! ― Seus olhos brilhavam com fúria, desencadeando um incêndio dentro de mim. A necessidade me tomou quando abri minha calça, deixando meu pau livre. Quase suspirei de alívio. Ele tinha estado dolorido por toda a noite. Ele estava à procura da sua libertação e eu estava prestes a dar a ele.
Tyler gemeu, sabendo muito bem o que estava acontecendo atrás dela. Eu não tinha planejado tocá-la para saber se ela estava molhada, mas o cavalheiro em mim precisava ter certeza de que ela estava pronta. Abaixei a mão e ela estava encharcada.
― Você vai ser punida agora ― eu disse.
Tyler tentou virar, mas segurei-a no lugar.
― O que isso signif…
Não a deixei terminar. Mergulhei meu pau dentro dela, observando seus olhos se arregalarem e os lábios ficarem entreabertos com um gemido.
Eu sabia o que ela estava pensando. Tinha planejado fazer isso em outro momento, mas, pela forma como ela se comportou esta noite, achei que a punição era muito apropriada. Ela queria descobrir como transar seria um castigo. Não era, mas ela só descobriria depois o que eu quis dizer com isso.
― Oh, Deus ― ela gemeu quando empurrei nela novamente. Eu não havia percebido, mas quando meu aperto afrouxou em seu cabelo e ela gaguejou um “não” é que percebi que ela gostava.
Segurando seu cabelo com mais força, puxei-o quando penetrei com mais força dentro dela. Eu podia senti-la. Era quase como se ela tivesse sido feita só para mim. Ela era tão apertada, tão quente, tão deliciosamente macia em volta do meu pau que não pude segurar a porra de um grunhido que escapou de meus lábios.
Tyler estremeceu novamente, fazendo-me bombear mais rápido e mais forte. Tentei manter o foco, porque eu precisava, mas cada instinto do meu corpo me mandava esquecer de tudo e apenas senti-la. Desfrute-a. Leve-a como ela quer ser tomada. Eu não podia deixar minhas emoções tirarem o melhor de mim. Sim, eu tinha que tomar seu prazer, mas não poderia transformar isso em algo bom para ela. Eu não fazia isso por ela. Só precisava de Tyler para atender aos meus desejos obscuros.
Agarrando seu quadril com uma mão, puxei-a contra mim, agarrando seu cabelo. Ela não tinha outra escolha a não ser me deixar assumir o controle total e possuí-la completamente.
― A quem você pertence, Tyler? Quem é a única pessoa que pode tocar em você? ― Bati nela para reforçar minhas palavras. Tyler gritou.
Eu continuei. Eu ficava empurrando meu pau cada vez mais fundo em sua umidade. Eu queria rastejar dentro dela. Eu queria consumir cada centímetro dela.
― A quem você pertence, Tyler? ― gritei novamente, sentindo uma sensação familiar tomando conta de mim. Eu não poderia gozar. Ainda não.
Puxei-a novamente e Tyler soltou um grito estrangulado.
― Oh, Deus! Eu vou gozar! ― ela gritou.
― Tyler! ― gritei, exigindo que ela dissesse.
― Lótus! ― ela gritou quando sua boceta apertou meu pau. ― Eu sou sua, Lótus. Totalmente sua.
A sobrecarga sensorial assumiu. Era maravilhoso sentir sua boceta apertar meu pau, durante seu clímax. Eu estava enlouquecido, quando a ouvi gritar meu nome, dizendo que pertencia a mim. Tinha sido demais. Com um último aperto em seus quadris, eu rugi, gozando dentro dela.
Respirei, tentando colocar meu corpo para agir. Eu tinha que sair de lá. Não podia ficar lá, permitindo-a acalmar seu corpo junto ao meu, após este intenso orgasmo.
Tyler estava acabada. Seus olhos se fecharam e ela praticamente abraçou a mesa com as duas mãos, tentando conter a respiração.
Abri um sorriso torto enquanto olhava para ela. Ela parecia destruída, e tudo isso tinha sido causado por mim. Ela provavelmente iria odiar a si mesma depois disso. Aposto que ela nunca tinha deixado ninguém tratá-la assim antes. Não só isso, aposto como ela nunca pediu a ninguém para tratá-la assim. Ela tinha adorado e aposto que ela iria me odiar.
Tirando o pau de dentro dela, fechei minha roupa antes que fosse tarde demais. Eu sabia que ela me odiaria por mais uma coisa. Sua punição. E sabia que ela levaria um tempinho para me perdoar depois disso.
Só para acrescentar sal a ferida, bati em seu lindo traseiro uma última vez, antes de virar em direção à porta.
― Lótus? ― Eu a ouvi me chamar, quando virei a maçaneta. ― Lótus! ― ela gritou, enquanto eu caminhava porta a fora.
Isso tinha sido canalha da minha parte e eu sabia disso, mas não pude segurar o sorriso. Pela primeira vez, desde que isso tudo começou, senti como se tivesse conseguido algo.
Eu ainda a seguiria até em casa, esta noite. Queria ter certeza de que ela havia chegado em casa segura. Eu não era um bastardo filho da puta. Mas quanto a fuder com ela hoje? Acho que, por hoje, já tive o suficiente.

Sortilégio Onde histórias criam vida. Descubra agora