No caminho para casa

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Fui com Chris e Maurice no carro praticamente grudados em mim, como se eu pudesse ser levada a qualquer momento por uma brisa que fosse.

Eu percebia no rosto de Chris a expressão de alívio e de Maurice a calma por finalmente estarmos juntos de novo.

Beijei o topo da cabeça de Maurice e sussurrei em seu ouvido.

- Nada nesse mundo vai me separar de você!

Maurice me olhou e sorriu feliz apertando minha mão, juntando a minha mão com a do pai.

Me aninhei ainda mais a Chris e sussurrei pra ele.

- Obrigada por ter me encontrado. E por não desistir de mim

 - Nunca desistiria de você, mesmo que dissesse que não me quer mais. - Chris levou minha mão a boca e beijou longamente.

- Por que sei que não vive sem mim e sabe que se você partir, minha vida acaba, mesmo me deixando tantos filhos para cuidar... Não conseguiria seguir em frente.

O abracei forte me sentindo segura.

- Como o Ryan se comportou? - Perguntei rindo sentindo uma saudade imensa do meu pequeno.

- Oh meu Deus! - Encarei-o. - E o refluxo?

- Também melhorou, tem dormido mais a noite.

- Me pergunto como a Joan conseguiu se virar com quatro bebês.

- Enquanto ela descansava eu cuidava das crianças... Ficamos todos juntos no nosso quarto para que elas sentissem seu cheiro, assim ficavam mais calmas.

- Ao menos algo bom em meio a esse caos, nosso bebê está dormindo melhor. - me ajeitei no banco e suspirei levando a mão ao peito, fraturar a costela doía. - Eu tive tanto medo de não voltar mais para casa. - disse baixo para Maurice não escutar.

- Eu também fiquei com muito medo... Mas já passou. - Chris sorriu.

- Já passou! - Repousei a cabeça em seu ombro. - Saudades dos meus filhos, da minha cama, da comida da Lucy!- sorri.                       

Tudo me faz tanta falta- bocejei, os remédios me davam sono

- Vai poder matar toda essa saudade assim que chegar... Todos os nossos amigos estão te esperando, ansiosos para te ver, sua mãe, George.

- Espero que a mamãe lembre que tenho duas costelas quebradas, antes de me dar um daqueles abraços de urso.

Gargalhou ele.

- Vou estar ao seu lado e a contenho se precisar.

Contornamos a rua da nossa casa e poucos minutos depois estávamos estacionando no gramado. Tudo ali me fazia tanta falta! Eu queria descer caminhando para dentro de casa, mas claro que Chris não permitiu. Mas, eu estava com tantas saudades daquele contato que simplesmente amei quando ele me tirou do carro em seus braços, aninhei a cabeça em seu ombro e o deixei me levar para dentro.

Christopher me carregou para dentro, e uma salva de palmas ecoou pelo ambiente e eu me senti emocionada ao ver todos ali: mamãe, George, Joan, Amber Sebastian, Yuri e John

Chris me pôs no chão e mamãe adiantou-se em me abraçar.

- Filha! - Ela me envolveu num abraço quente e acolhedor, tomando o cuidado de não me apertar, ela me soltou e estava chorando- Eu achei que ia perdê-la, minha filha! -eu sequei suas lágrimas e ela beijou meu rosto, me dando um beliscão em seguida. Esse era o jeito da Dona Hellena.- Nunca mais me dê outro susto desse.

SEM PROMESSASOnde histórias criam vida. Descubra agora