Voltei a minha sala e telefonei para Chris,depois da sétima tentativa desisti e foquei no trabalho.
Ao meio dia,Joan desceu para almoçar e eu continuei na sala, e quando ela retornou quarenta minutos depois, foi a minha vez.
-Jô, eu vou falar com o Chris e não devo voltar mais hoje, então amanhã e depois de amanhã eu compenso você e posso trabalhar as duas tardes sozinhas.
- Ok, parceira! - Ela riu. - Ontem você fez a cagada, hoje vai consertar.
- Mais ou menos isso. - Lhe respondi sorrindo e deixei a sala.
Deixei a editora e como era de se esperar, Yuri me esperava recostado ao carro.
- Boa tarde, Yuri!
- Boa tarde, Senhora. - Abriu a porta para mim e entrei.
- Yuri,tem algum restaurante em que o Chris sempre coma?
- Sim, senhora... Um na quinta avenida, é pequeno, mas ele gosta de lá.
- E o que ele costuma pedir, Yuri?
- Peixe. - Yuri deu risada.
- Sempre! Pode me levar até lá e depois seguimos para o apartamento de Manhattan
- Sim, Senhora. - Yuri seguiu o caminho, o transito estava um pouco congestionado, paramos em frente ao restaurante, Yuri desceu, abriu a porta para mim. - Quer que eu entre com a Senhora e mostre o que ele mais gosta no cardápio?
- Por favor! Espero que eles tenham salmão defumado! Acho que as filhas do Sr. Carpenter vão herdar o seu gosto por peixe, eu estou louca por salmão defumado!
- Sim... tem sim, e tem aquele que eles apenas queimam com um maçarico. - Yuri soou tão engraçado que ri.
Retiramos o almoço e voltamos ao carro,levando um pouco mais de tempo presos no congestionamento, o que me causou preocupação, podia ser que quando chegássemos Chris já tivesse saído. Voltei a ligar e novamente caiu na caixa postal, então só me restava esperar.
Assim que chegamos ao prédio, tomei o elevador apressada, adentrei o apartamento e vi o paletó de Chris e os sapatos no chão, deixei as sacolas com a comida sobre a mesa e subi para a suíte. Ele dormia apenas de cueca, virado de bruços, me apressei em tirar a roupa, ficando apenas de calcinha, não usava sutiã, eles vinham me apertando muito, deitei ao seu lado e beijei sua nuca para acordá-lo, ele costumava ter o sono leve.
- Acorde dorminhoco! - Sussurrei em seu ouvido e beijei seu pescoço.
- O que faz aqui? - Perguntei sonolento, não abri os olhos.
- Você fugiu de mim,vim te buscar! Ainda está bravo? - Afaguei seus cabelos.
Respirei fundo e me virei, abri os olhos e puxei Laurah para mim.
- Não estou bravo com você, alias, não estou bravo com ninguém, apenas comigo mesmo. - Dei um beijinho em sua boca. - Bom dia!
- Boa tarde! - Sussurrei. - Me perdoa pela birra?
- Não... - Sorri.
- E se eu prometer que não faço nunca mais?- tentei negociar. - Foi imaturidade! Eu não pensei que poderia ser assaltada ou sofrer um acidente, ou qualquer outra coisa que colocasse a nós três em risco. - Acarinhei a minha barriga. - Nós sentimos saudades de você na cama.
- Barganhando Sra. Carpenter? - Acariciei seus cabelos e seu rosto.
- Talvez um pouco! - Beijei sua boca. - Eu odeio acordar sem você.
O problema não é o fato de você querer dirigir... O fato foi de que vivemos um momento cheio de amor, achei que estava perdoado, achei que estávamos próximos, que éramos cumplices... E me deparo com uma ação sua que... Laurah... Me deixou profundamente magoado... Eu me senti muito mal... Um brinquedo... Mais ou menos isso.
- Me desculpa, Amor! - O abracei forte- A Joan tem razão, eu pareço uma criança as vezes. De verdade, eu nem faço questão de dirigir, pelo menos não antes delas nascerem. Foi só...pirraça!... Eu odeio saber que eu te magoei, Chris.
- Que modo de fazer pirraça... Eu até agora não consigo entender... - Respirei fundo. - Já passou... Só quero que prometa que não vai fazer outra coisa desta forma, sem pensar bem nas consequências, por que cheguei a pensar em voltar para cá, e vivermos como uma casal de aparências, por que não consigo te agradar e isso esta cansativo... Sei que sou chato, exigente, controlador, também faço as minhas burradas, mas não quero me sentir mal, sabendo que te sufoco, te esmago com o meu status, eu sinto muito por ser quem eu sou.
- Não sinta, meu amor! Não fugi por me sentir sufocada, fugi porque queria te provocar. E você não tem que me agradar, Chris! Eu te amo, pelo que você é, mesmo você sendo um mala-sem-alça -ele me encarou com uma careta- Onde está o seu senso de humor? Eu entendo tudo o que envolve ser um Carpenter, Chris! Bom, agora eu entendo e entendi perfeitamente, a indireta com O Pequeno Príncipe! - Estreitei os olhos e voltei a beijá-lo. - Perdoa a sua Laurinha!
- Que bom que entendeu... Vou ler mais do pequeno príncipe para você, gostei da técnica. - Sorri e a olhei de lado, deixando meus olhos do jeito que ela gosta, puxadinhos, afastei seus cabelos do peito, deslizei minha mão indo direto para as minhas meninas. - Se continuarmos neste ritmo de pirraças, de ações sem pensar e desmedidas, não vai sobrar nada da gente, apenas brigas, rusgas e magoas... - Beijei sua boca. - Essa foi a ultima... Certo!?
- Sim, eu prometo! Eu te amo, muito! Obrigada por ter trazido o Yuri de volta.
- Eu não mandei ele embora. - Dei risada.
- Eu já imaginava. - sorri. - Eu trouxe o almoço. - Me sentei e afastei os cabelos que contornavam meus seios. - Você está manipulando nossas filhas pra elas gostarem de peixe! Eu estava louca por um salmão defumado.
- Então veste um roupão, vamos comer o salmão, depois afundamos na banheira. - Me sentei a sua frente. - Se tinha compromisso, esqueça por que hoje não tem expediente para nós dois.
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SEM PROMESSAS
RomansaLaurah e Christopher estão a espera de suas gêmeas, a alegria de um futuro brilhante os enche de esperanças, as promessas agora não existem mais, elas são reais e concretas, assim como é para Joan e Yuri, Amber e Sebastian, que seguem juntos nesta h...