Chris Conta sobre Dido

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(Laurah)
- Não me lembro de ter perguntado sobre a Dido e onde você viu constrangimento? Eu estava muito a vontade, sua amiga não?

(Chris) 
- Você adora me irritar...mas mesmo assim vai ouvir, por que não estou afim de passar a minha vida toda tendo acesso tentando manter você calma. - Me ajeitei na cadeira, cruzei os braços. - Já se perguntou por que cargas d'agua eu tenho amizade com Dido, que é uma simples modelo, não tem nada a me oferecer a não ser sexo... Coisa que não preciso por que tenho você e por que te amo...

(Dido)
- Eu gosto de te irritar? Só porque eu não quero saber sobre a sua amiguinha. E acho realmente muito bom você não cogitar a ideia de ter sexo com outra mulher que não seja eu. E não, eu nunca me perguntei sobre a razão de vocês serem tão amiguinhos e sinceramente, nesse momento eu só quero comer.

(Chris)
- A dez anos atas... Encontrei Dido em Chicago... - Olhei para Laurah que revirou os olhos. - Magra... Suja e Drogada... Tão drogada que quase a atropelei depois de me perder naquela cidade... A socorri e a levei para o hospital... Por causa disso, eu fiquei mais três dias em Chicago, Stefany no começo da gravidez, passava muito mal, me enxotava da vida dela e ao mesmo tempo me cobrava minha presença... - Apoiei os cotovelos na mesa relembrando. - Nessa época começava a ganhar dinheiro, fazia um mês que tinha comprado a mansão... Nesses três dias... Tive problemas com o cafetão de Dido... - A encarei. - É... Ela era uma prostituta e viciada em cocaína... Se drogava para conseguir trabalhar e pagar o lugar onde morava... Dido me contou que fugiu de casa aos 16 anos... A mãe era uma viciada, tirou ela dos cuidados a avó materna e a levou para Chicago... quando fugiu de casa, conheceu um travesti que a enganou, dizendo que daria abrigo, comida e emprego...

(Laurah)
Era uma história deprimente e ele tinha conseguido toda a minha atenção.

- E depois?

(Chris)
- Ela só tinha 18 anos quando "comprei" Dido... A internei e dei uma vida para ela... Dido foi um nome carinhoso que dei a ela, que ficou. - Olhei para. - Ela foi uma grande amiga, um braço direito que precisei pra suportar quando fui jogado na rua com mala e tudo... fiquei praticamente dois meses na casa dela até comprar aquele apartamento.

(Laurah)
- Entendo! - me limitei a responder. O que eu podia dizer? Ela teve uma vida degradante. Pensei na informação sobre sua mãe, e imaginei o quanto devia ser difícil ser filha de alguém que não lhe estimula, eu fui abandonada por meu pai, mas minha mãe sempre foi meu alicerce e Dido provavelmente nunca conheceu o pai e certamente nunca soube o que era amor de mãe. Tive pena dela. - Você conheceu sua mãe?

(Chris)
- Não... Graças a Deus!

(Laurah)
- Ela teve uma vida realmente difícil.

Suspirei longamente absorvendo tudo o que eu tinha ouvido.

- Eu entendo que vocês tenham sido a salvação um do outro, cada um ao seu jeito e eu não me oponho a amizade de vocês. - reassumi minha pose imparcial- Mas, não espere que eu troque figurinhas com a Dido e a chame de Meu bem! Ela é sua amiga, não minha!

(Chris)
- Laurah!?... Por que você é tão dura? - Voltei a cruzar os braço. - Suas amigas se tornaram minhas amigas.... Se for aplicar desta forma na minha vida... Eu teria que tomar decisões que você não iria gostar... - Fiz um bico e me levantei indo até a janela. - A três anos quero Dido no meu time de funcionários... E dependendo, ela vai entrar e você vai vê-la muito por aqui...

(Laurah)
- Não tenho nenhum problema com isso, Chris! E bem, admiro um pouco mais a Dido depois de ouvir a sua história de vida, mas você não pode simplesmente esperar que eu me tome instantaneamente de amores por ela, minhas amigas nunca lhe deram motivos para que você não gostasse delas, e que eu me recorde tive que me afastar do Stephen e do James, depois de você... - se bem que eles não eram bons exemplos, mas eram os únicos que eu podia citar, já que eu não era uma pessoa com um grande circulo de amizades.

(Chris)
Olhei de imediato para Laurah.

- Está achando ruim de ter se afastado de Stephen depois de ter bloqueado suas contas, cartões? - A encarei. - que tipo de amigo é esse?...que exige sua presença para te reconquistar sabendo que você está com outra pessoa? E James?... Quer que eu fale um pouco de James!?

(Laurah)
-James e eu nunca fomos grandes amigos, Chris! Mas, o Stephen pode ter sido um tanto canalha, mas eu entendo que ele estivesse desesperado. Não menospreze a minha história de vida antes de você. O Stephen me tirou de uma fase de estresse e depressão. Ele pode ter errado comigo, mas eu também errei com ele e muito. Você não o conhece como eu o conheço, e eu não vou admitir que você coloque o caráter dele a prova.

(Chris)
- Não estou colocando... - Me voltei para a janela, a porta se abriu.

- Sr. Carpenter... O pessoal de Denver acabam de chegar. - Disse Samantha com seu sorriso clássico.

- Obrigado... Os acomode na sala de reunião e sirva café, água que logo estarei lá. - Olhei para Laurah, passei a mão na gravata. - Fique aí, cola e alimente bem minhas filhas... E deixe meu almoço onde está... Volto logo para comer. - Olhei no relógio, me inclinei e dei um beijo em seus cabelos. - Tenha uma boa tarde... Passo em sua ala assim que tiver tempo.

(Laurah)
- Até mais! - Eu disse com um riso sem graça, estava cada vez mais difícil ter um momento a sós com Chris. - Não deixe de comer quando voltar.

(Chris)
- Não se preocupe... - Sorri e abri a porta, antes de sair, pisquei para minha esposa que não parecia feliz com minha saída, mas não tinha o que fazer, meu tempo era curto, sai pela porta e fechei, deixando Laurah sozinha.

(Laurah)
Destampei a vasilha da comida e me sentei com um longo suspiro. Eu estava perdendo o costume de ficar sozinha e isso não era bom, já que Chris estava cada vez mais ocupado. Eu esperava que os horários dele começassem a ficar mais flexíveis e que eu não me sentisse como a Stefany quando as meninas nascessem.

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