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megan.

Eu e Blake havíamos voltado para a minha casa, e agora estava eu e ele no meu quarto. Passava uma série qualquer na televisão que o garoto tinha escolhido, enquanto eu me concentrava em jogar a bolinha de papel no lixo.

— É agora. — murmuro. — Estou sentindo, Cindy.

Arremesso a bolinha e ela encosta na borda do pequeno lixo, indo para fora. Grunho com raiva e cruzo os braços, indignada.

— Você é muito ruim. — Blake ri.

— Você que é. — reviro os olhos.

— Eu sei. — abaixa o olhar, me fazendo rir. — Meggy, posso te fazer uma pergunta?

— Claro.

— Por que você ainda não fez praticamente nada com a Lisa? — pergunta. — Com a Ariel você foi até o final e com ela, fez algumas brincadeirinhas mas nada tão sério.

— Eu estou fazendo. — molho os lábios. — Nesses dias todos eu estava terminando meu plano. E não, não vou te contar.

— Droga. — sussurra.

Ficamos encarando um ao outro e ele roça nossos narizes, fechando seus olhos em seguida. Junto nossos lábios em um beijo lento e depois finalizamos.

— Eu senti bastante falta sua. — confesso.

— Eu também. — faz carinho no meu cabelo. — Primeiro eu fiquei com raiva de você, depois eu comecei a ceder. É impossível negar que eu te amo, Megan.

Sorrio ao ouvir isso, me aninhando nele.

— Tipo pra caralho? — pergunto.

— TPC. — beija minha cabeça.

Se não fosse tudo tão rápido, eu até conseguiria descrever a cena. Tudo que eu consegui entender foi os gritos do tio Johnson e meu pai dentro do quarto.

— Filhota, meu mel...Ah, oi, Gray.

— Oi, senhor Matthew Mestre dos Magos Espinosa. — sorri nervoso.

— Você com certeza errou alguma coisa. — meu pai cerra os olhos.

— Para com isso, pai. — reviro meus olhos. — Pode voltar ao normal.

— Vocês se resolveram? — seus olhos brilham e assentimos. — Vem cá, Blakey, meu outro filho do meu coração!

Cinderela foi quase esmagada pelo maluco do Matthew enquanto eles diziam que se amavam e essas coisas.

Saímos do meu quarto e fomos para a sala, sabendo que alguma teria acontecido.

— Fala aí, meus gatos. — faço uma pose.

— Oi, neném. — Tih sorri e abraço ela, Ally e Bea.

— E eu? — Mafe pergunta.

Lanço um olhar assustador, a fazendo agarrar o braço de Cameron. Como sempre.

— Você devia parar de assustar a minha esposa. — Dallas diz.

— Você devia parar de ser gostoso.

— Megan! — Blake, Matthew e Mia me repreendem.

— Eu juro que não foi intencional, foi algo do momento. — levanto meus braços em rendição.

— Isso que dá puxar Matthew Espinosa. — minha mãe diz, suspirando.

— Vamos direto ao ponto, meus amigos. — Jack J berra, chamando a atenção de todos.

— Ele vai falar aquela frase? — Cindy pergunta ainda abraçada com meu pai.

— Não sei, loirinho. — balança a cabeça. — Ninguém nunca sabe.

Fui para o lado de Taylor que sorriu para mim e fez o nosso toque. Me lembrei que depois teria que conversar com ele e com a Allice, mas sinto que ela não está em uma boa hora.

— Eu acho que você deveria citar os dois heróis no seu discurso.

— Bem pensado, Matt. — JJ continua, respirando fundo. — Após a morte de dois heróis chamados Joseph e Minhoquinha Fofuchinha, viemos não só homenagea-los, como também ajudarmos nossos descendentes.

— Não entendi. — franzo o cenho.

O loiro vem até mim com todos os olhares em nós e agarra meus dois ombros, me sacudindo.

— Se fizer isso de novo, você perde seu braço. — falo entre-dentes e ele me solta, assustado.

— Nós vamos para o parque de diversões!

Lucky | Blake Gray [2]Onde histórias criam vida. Descubra agora