Vermelhinha.

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Tinha algo incomodando a Ana e depois de ouvir ela falando sobre os sentimentos da Gabi, isso também passou a me incomodar um pouco. É ruim quando essas coisas acontecem, e eu não sei lidar quando sei que alguém sofre por mim, a gente tá nesse mundo só pra se amar e não pra esse negócio de sofrer e principalmente sofrer de amor.

Depois de muito conversar com a Aninha e de tentar acalmar aquele coraçãozinho dela, eu pensava na Gabi, se eu já queria conversar com ela antes de saber de tudo isso, agora a vontade aumentou mais um pouquinho.

Sa entrou no quarto trazendo um suco para Ana e venho junto com a tia Mari, que tratou de me abraçar e de fazer todas as perguntas que eu até já estava quase decorando. Minha família se desmanchando de tanto amor e cuidado por mim e eu só sabia sorrir e agradecer a eles e por eles.

Tio Mi sempre tão prestativo, agora ia ficar um tempinho de cama para recuperar da perna quebrada, mas ele estava “bem” tinha acabado de receber alta, eu ficaria ainda essa noite em observação no hospital.

Sabra foi com eles para casa e todos, todos mesmo, insistiram e tentaram muito convencer Ninha a ir junto, mas todas as tentativas foram  frustradas porque ela dizia que não ia arredar o pé dali.

- Vumbora Ana, amanhã logo cedo a gente já chega por aqui. Vi não vai nem sentir nossa falta.

- Não saiu de perto da Vi nem, tu pode ir, que amanhã a gente se vê.

Resistente e teimosa, parecia até uma taurina. Mas eu tava era amando a Aninha ali comigo, não era a melhor circunstância e muito menos o melhor lugar, mas todas as situações se tornam mais fáceis e até mais bonitas quando a Ana está por perto.

Todos se foram, e naquele quarto  ficou apenas eu, Ninha e algumas enfermeiras que sempre passavam por lá. Senti algumas dores durante a noite, Aninha ficou preocupada mas logo passou e quando amanheceu o médico deixou todas as recomendações que eu precisava seguir e me deu alta.

Ligamos para Tatinha e fomos para o meu apartamento. No começo quando vim morar em Sampa morava com meus tios, mas fazia uns dois meses que havia me mudado e agora estava morava sozinha.

Sabra nos deixou em casa e foi para rua, ia comprar algumas coisas, passar na farmácia e no mercado, eu fiquei deitada na cama estava sentido algumas dores e Ana cuidava de mim com todo o dengo que esse mundo já viu.

- Eu vou é ficar mal acostumada com tanto dengo assim.

- Vai nadinha. Eu vou cuidar sempre desse meu passarinhu

- Deita aqui. Vem!

Ana veio se aconchegou do meu lado e ficamos ali conversando entre beijos e carinhos por um tempo até a Sa chegar.

Avisei a Gabi que já estava em casa e que esperava por ela pra gente conversar.

(Mensagem)

"Gabizinha acabei de chegar em casa, médico deu alta logo cedo e quando puder da uma passadinha aqui... Meu coração quer falar com tu."

"Que notícia mar maravilhosa meu leãozinho. Num sei se vou chegar cedo, tenho umas fotos hoje e também num vou aí tarde né? Tu tem de descansar, mas amanhã sem falta eu chego ai."

" Espero tu."

" Espere que eu chego."

O dia passou rápido aos cuidados da Ana e logo a noite chegou.

- Acho que já vou deitar. To cansadinha, Ninha vem comigo!

Falei meia dengosa levantando do sofá, queria ficar um tempinho só com a Ninha, e ela ao ouvir ficou vermelha igual um morango, morrendo de vergonha da Sabra que estava junto com a gente na sala.

- Sem vergonhas Ana. Pode ir com a Vi.

Tatinha falava rindo e ela ficava mais vermelha ainda.

- Vem vermelhinha! Preciso dos teus cuidados.

Falei pegando na sua mão e fazendo ela levantar do sofá.

- Vão meus amorzinho, mas juízo em?








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