Oie, eu vim deixar uns recadinhos aqui! O primeiro é que, espero que o seu dia tenha sido lindo ou que ainda esteja sendo, e o segundo é que a fic tá chegando ao final e eu espero que esses últimos capítulos que estão por vim encham tu de muito amor e empatia. Boa leitura!
Cherin 😙Ana Clara:
"Porque eu sei que é amor, eu não peço nada em troca...
Porque eu sei que é amor, eu não peço nenhuma prova..."Meus pensamentos estavam longe, meus olhos fixos em um só ponto enquanto repousava a cabeça no ombro de Vitória, ela olhava aquele infinito de azul pela janela do avião e cantarolava baixinho
"Mesmo que você não esteja aqui o amor está aqui agora. Mesmo que você tenha que partir o amor não há de ir embora... Eu sei que é pra sempre enquanto durar, eu peço somente o que eu puder dar..."
Ao ouvir sua voz rouca cantando pra si, meus pensamentos se perderam e eu voltei minha atenção para cada palavra pronunciada por ela.
"Mesmo sem porquê eu te trago aqui, o amor está aqui comigo. Mesmo sem porquê eu te levo assim, o amor está em mim mais vivo..."
Virei meu rosto em sua direção e comecei a passear com a ponta dos dedos por cada curva que seu sorriso fazia, até ela não resistir e ameaçar uma mordida me tirando uma gargalhada que logo foi abafada por seu beijo doce que parece de açúcar.
- Como é que vai ser quando chegar lá?
- Não sei Ninha, só sei que vamos está juntas, seja lá como for.
Vitória:
A tensão era nítida no rosto, na fala e nos movimentos de Ana, toda coragem e determinação que ela demonstrou quando estávamos no apartamento que se fez ninho pra gente, parecia se perder cada vez que se aproximava a hora do desembarque, mas ela continuava decidida a ir em frente, tinha chegado a hora do passarinho levantar vôo e ela não queria mais abrir mão disso.
Chegamos em Araguaína e Sabra já esperava no aeroporto, ela era a única que sabia de nos e como sempre se fez ao nosso lado. Além dela mais ninguém sabia que vinhamos, e resolvemos ir direto para minha casa, não que fosse mais fácil chegar de surpresa em casa depois de ter sofrido um acidente e ir logo contar para sua mãe que você namora uma menina, claro que seria um baita susto e eu não fazia idéia de qual séria sua reação, mas Dona Isabel sempre falou pra mim e pra minhas irmãs que "Se tu está feliz, não importa de quem seja a boca que escolheu beijar", ela sempre nos deu toda a liberdade de escolha e criou três filhas para voar por esse mundo, então decidimos ir pra lá e conversar com ela primeiro.
- OH, MAAAAAAAAAÃE... VENHA VÊ O QUE EU TROUXE!!
Sabra que até hoje nunca aprendeu a usar moderadamente o volume da sua voz grave, gritava tanto que era bem capaz da rua todinha ouvir, assim que o portão da garagem começou a abrir e antes mesmo do carro entrar mamãe já vinha surgindo na porta.
- Tá é doida é minina? E quanto grito é esse? Parece que o mundo tá se acabando.
- MAAAÃE VEM VÊ. CHEGUE!
- Sabra tu não venha me dizer que trouxe outro cachorro pra casa, porque ele não vai nem entrar.
- Eita mamãe, não quer outro cachorro não é?
Seu sorriso acendeu ao mesmo instante que os olhos me viram. O carro entrava na garagem e ela da porta de casa sorria com as mãos no rosto igual criança quando fica admirando aquele brinquedo na loja que tanto quer.
Corrir e me aninhei nos braços de quem eu sempre vou querer o colo e depois de muito cheirar, beijar, apertar e até enxugar umas lágrimas que disfarçadamente começaram a molhar os olhinhos de Dona Isabel a gente sentou pra conversar. Ana estava sentada no sofá com Sabra e sua angústia era vista de longe, me aproximei com mamãe, ela sentou na poltrona de frente pra Ninha e eu fiquei ao seu lado.
- Bom, eu vou deixar ocês conversarem, qualquer coisa tô lá no quarto.
- Obrigada viu? Por sempre Tatinha.
E assim ficamos Eu, Ana e Dona Isabel em um silêncio amedrontador.
- Eu vim aqui pra conversar com a senhora, e eu não sei como é que falo... Eu e Ana nos estamos...
Ana colocou a mão sobre a minha e em um instante nossos olhares se cruzaram, de imediato olhamos pra minha mãe que assistia toda à cena de pertinho.
- Vivi??
- Mamãe eu e a Ana...
- Ei, não precisa disso não. Não precisa falar nada.
Ela já tinha entendindo. Levantou da poltrona e diminuiu a curta distância que existia, sentou no sofá entre nos duas e segurando nossas mãos começou a falar.
- Não precisa da explicações da vidinhas de ocês não minhas meninas, o meu coração de mãe diz que tá tudo cheinho de amor e de companheirismo entre vocês e se eu estiver certa vocês estão felizes num estão?
Ela nos olhava esperando por uma resposta, mas na verdade tanto eu quanto Ana estavamos tão surpresas que nem conseguíamos responder direito, eu apenas sorrir e me grudei no seu abraço, ficando de frente para Ana que chorava com os olhinhos miúdos e um sorriso mais largo que o meu. Achei que seria menos complicado para minha mãe entender nosso relacionamento, mas me surpreendi com a simplicidade que ela enfrentou toda situação, eu sempre aprendo um tanto com ela, parece que todo dia tem algo novo à mostrar, e eu todo dia tenho algo à aprender.
- Mãe, Ninha também vai conversar com a família dela e acho que não vai ser como foi aqui com a senhora.
- Aninha minha filha se mantenha firme nessa conversa, e saiba que se tu precisar a nossa casa tá aqui cheia de portas, abraços e amor pra ti.
(...)
Ficamos um tempo ali pelo sofá conversando com minha mãe, sobre as coisas desse mundo louco e as dificuldades que íamos enfrentar nessa vida, depois comemos um lanche feito por Tatinha e seguimos em direção à casa de Ana.
Chegamos lá sabendo que fácil não séria, mas continuávamos decididas era uma conversa mais que necessária, e não só por causa de sexualidade, é uma conversa sobre escolhas, vontades, desejos, vida...Ana Clara:
- Mãe!
- Filha...
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Um Só Coração.
FanfictionQue essa história encha o coração de vocês de amor. Porque a gente tá nesse mundo só para se amar mesmo. ❤🍀🌻