Quem não se apaixonaria?

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Apesar de ter ficado muito confusa e de ter sentindo medos, ciúmes e todos esses sentimentos típicos e misturados eu não sentir nem por um momento raiva do Pedro.

Ele não tem culpa de sentir algo tão forte assim pela Ana, e eu até que entendo ele, quem não se apaixonaria num é mesmo? Uma princesa daquelas, qualquer um cai de amores rapidinho.

Ele parou ali na minha frente com cara de bobo e com um olhar até meio triste!

- Acho que a Ana nunca mais vai me perdoar Vi.

Falou enquanto me cumprimentava com um abraço.

- Pedro, nunca é muito tempo né?

Ele apenas me olhou, deu um gole na tua bebida e levantou a sobrancelha.

Nosso papo era muito pouco, apesar de “entender” o lado dele, não éramos próximos e eu não sabia nem o que falar. Ele não percebia nada, nem se quer desconfiava que a Ana e eu estávamos juntas.

Babi estava com o moço que tinha encontrado e a Ana tinha sumido. Minha vontade era de ir atrás da minha princesa, mas o Pedro estava ali na minha frente, olhando para os lado procurando algo, e provavelmente era a Ana.

- Vi, será que a Ana vai demorar? Eu queria tanto falar com ela.

- Não sei. Na verdade nem sei pra onde ela foi! E por falar nisso vou ali  atrás dela, a gente se fala tá? Tu se cuide.

- Vi, diz que quero falar com ela. Tá?

- Digo sim.

Aproveitei a oportunidade e sair rápido à  procurar da  Aninha. Olhei em cada cantinho daquele bar e nada, então fui lá fora e ao lado de uma árvore bem em frente do bar vi uma mocinha de vestido branco sentada sozinha em um banquinho.

Respirei até aliviada quando vi ela ali.

Me aproximei e coloquei a mão no teu ombro. Ela me olhou e se afastou um pouco, deixando espaço para que eu sentasse ao teu lado.

- Meu amô tu não pode ficar fugindo do Pedro assim toda vida né?

- Eu sei. Mas não dar pra enfrentar ele agora não Vi! Ele foi longe demais com aquele beijo. E me fez ter muito medo!

- Medo?

- É.  Medo de tu não querer mais viver o hoje comigo.

- Queru viver os hojes tudinho com tu, minha princesa.

Passei o braço sobre teu ombro e puxei o seu corpo juntando ao meu e ela se aconchegou ali, deitando a cabeça no meu ombro.

Ficamos ali uns minutos em silêncio apenas ouvindo a música do rapaz lá dentro do bar e algumas conversas aleatórias das pessoas que estavam lá também,  mas parecia que nada a nossa volta existia, sentir e está com a Ana me fazia esquecer do resto do mundo!

Depois de alguns minutos ela levantou do travesseiro que era o meu ombro, me olhou e disse:

- Vi, vamos lá pra casa?

Fiquei alguns segundos em silêncio até dar a resposta. E eu não sei exatamente no que eu estava pensando nesse momento e também não importava, eu só queria está perto dela. Então segurei teu rosto junto ao meu, grudando meu nariz no dela e falei: 

- Tu tem certeza?

Ela afirmou balançando a cabeça. E eu a beijei ali mesmo. Grudei nossos lábios em um selinho demorado e ainda segurando teu rosto, sentir uma lágrima descendo e molhando meu dedo.

- Chora não minha princesa. Vamos pra casa, vem! 

Ela me beijou com mais vontade e desejo, antes de nos levantarmos, e estava me dando alguns selinhos rápidos quando ouvimos uma voz pertinho da gente.

- Ana?

Nos afastamos assustadas e olhamos para o dono daquela voz roca é um pouco trêmula que tinha acabado de chegar,  e olha só quem era. O Pedro!

Ele que é caído de amor pela Ana e estava todo doido para falar com ela tinha acabado de ver sua amada beijando uma menina.

Ana respirou fundo e eu a olhei rápido, sabia que ela não estava legal então eu tentei resolver da melhor forma possível. Segurei sua mão e ela apertou como se quisesse me dizer algo, mas a voz não saía e nem precisou falar nada, eu entendi que ela não estava nada bem para enfrentar aquela situação, então levantei, dei a volta no banquinho e parei na frente do Pedro.

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