Três palavras.

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Bom dia, céu! Bom dia, sol! Bom dia, dia! Era quase um ritual de todas as manhã desejar bom dia ao dia que estava bem ali trazendo consigo um novo recomeço.

E hoje, hoje é Natal!
Eu nem havia levantado ainda mas já dava pra perceber que a casa estava uma bagunça.

Dava para ouvir mamãe nos preparativos de logo mais a noite, então resolvi levantar, mas antes de sair do quarto peguei o celular e mandei uma mensagem para Ana.

- Bom dia princesa linda.

Deixei o celular na cama e levantei. Na verdade eu amava toda aquela confusão de família reunida e vez ou outra parava e ficava só olhando elas, guardando aqueles momentos em minha memória.

Mamãe na cozinha junto com a vovó, caprichosas como sempre, amam cozinhar. Sabra a falar com aquela voz de bebê, com os nossos bebês de 4 patas e a Bia em um canto com teu violão aprendendo uma nova música, não sossega enquanto não souber tocar todas as músicas que mais gosta! E eu observando elas,  sorrindo e sentindo um amor tão grande que doía em mim.

Escuto o toque o celular e vou até o quarto.

Atendi!

- Oi Aninha!

- Bom dia minha saudade! Dormiu bem?

- Dormiria melhor com tu aqui, mas fiquei lembrando de você e de nós até cair no sono. Então dormi bem!

- Haha, eu te diria a mesma coisa. Ao mínimo de esforço que faço, só em fechar os olhos já sinto tu. Teu gosto, teu toque, teu cheiro. Tudo está grudado em mim!

- Mais é linda demais gente! Falando assim a vontade que da é de ir agorinha te ver.

- Vem!

- Não dar. Porque mamãe quer minha ajuda, daqui a pouquinho minhas tias chegam e ela tá nos preparativos de logo mais. Vou ficar te devendo!

Falei com uma voz tristinha, e fazendo biquinho, como se ela pudesse me ver e me beijar naquela momento.

- Eu vou cobrar depois.

- E eu pago com todo prazer. Eu te ligo mais tarde tá minha princesa? Amo tu

- To amando mais.

O dia foi passando e logo chegou a noite, minhas tias chegaram junto com meus primos e em frações de segundos a casa estava lotada. E eu estava tão feliz com tudo aquilo, minha família ali dançando, cantando, tirando fotos e dando sustos uns nos outros. Eu guardava cada rostinho, cada momento, cada sorriso, aproveitava eles ao máximo porque logo votaria para Sp e ia ser só a saudade.

A noite foi passando e eu resolvi ligar para Aninha, tava com uma saudade que não cabia em mim daquela princesa. Mas ela não atendeu, resolvi não insistir e apenas mandei uma mensagem antes de cair na cama.

- Tá doendo a saudade que estou de tu. Amo tu um tanto!

Deixei o celular de lado e acabei dormindo ali do mesmo jeitinho que estava, e só vi a resposta da Ana no outro dia, quando ao abrir os olhos  percebi que eram 9:00 da manhã.

- Uma vontade tão grande de tu. Vem ficar comigo!

Aquela mensagem me fez sorrir e sentir uma saudades ainda maior, então levantei e decidir ir até a sua casa. Me arrumei e fui, não falei nada pra ela, queria fazer uma surpresa e logo ao sair de casa Aninha mandou uma mensagem de bom dia, mas achei melhor responder pessoalmente .

Cheguei lá e a mãe dela me recebeu  como se eu fosse uma amiga de infância, foi logo dizendo que Ana  andava falando muito de mim e sorrir com uma certa timidez, mas logo me sentir em casa. Ana estava no quarto e ela logo me mostrou o caminho!

A porta estava meio aberta e eu ouvir alguns acordes de um violão e uma voz suave cantarolando baixinho, cheguei mais perto da porta e conseguir ouvir

"Porque buscar inspiração
Pra escrever poesias complexas?
Se posso resumir
Tudo em três palavras
E te ver sorrir..."

Não sabia que música era aquela, não conhecia, mas aquela harmonia de tons e notas me fez arrepiar.

Um Só Coração.Onde histórias criam vida. Descubra agora