Segura um pouquinho essa vontade.

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Eu estava deitada na cama e a Ana com seu corpo encostado ao meu, insistindo em dizer que eu era o seu melhor travesseiro encostando sua cabeça no meu ombro.

Estávamos conversando sobre coisas bobas e dando risadas,  sentindo uma a outra, curtindo aquele momento que tanto eu quanto ela estamos querendo.

Os irmãos da Ana haviam saído e só a mãe dela estava em casa, mas também logo iria sair, então nós teriamos um tempinho até que seu irmão voltasse da casa de um amigo, e ficamos ali matando um pouquinho a saudade uma da outra.

- O Pedro é um bonito!

Falei ao olhar para o lado e ver a rosa ali encostada na mesinha.

- Ele já foi apaixonado por mim, tu acredita?

Ana falou e se encostou mais um pouco no meu corpo, como se quisesse me sentir mais. E eu logo tratei de abraça-la mais forte, dando beijinhos em seu rosto.

- Já foi? Acho que ainda é Aninha. Ele te olha com um olhar tão apaixonado. Os olhos chegam a brilhar.

- Brilham assim como os meus, quando eu olho pra tu?

Ela me olhou com um sorriso encantador apertando os olhinhos e eu não resistir, nem respondi sua pergunta, naquele momento só queria beija-la e sentir teu toque em mim.

Foi nesse momento que ouvimos a voz do irmão dela que tinha acabado de chegar junto com um amigo e ela tratou logo de me da um último beijo, segurando firme na minha nuca e mordendo levemente os meus lábios, me fazendo sentir arrepios.

- Aninha eu acho que já vou minha princesa. Mamãe vai pirar porque falei que voltava logo, e ela diz que não paro quieta, logo volto para Sp e deixo ela com um tanto de saudade.

- Amanhã tu vem pra cá, e daqui vamos para o Cimba, tá bom?

- Fechado então.

Sorrir e dei um selinho nela, levantamos e vi o violão que tava no canto pertinho da porta.

- Ana tu nem cantou pra mim.

- Morro de vergonha Vi. Esquece isso!

- Não senhora. Você canta lindamente meu amor, e eu vou te recompensar depois de ouvir tu cantar.  Prometo te encher de beijinhos.

- Então eu canto! Quero sentir tu em mim o tempo todo. E quando o beijo é bom como o seu fica impossível recusar.

Soltei uma gargalhada, e lhe dei um selinho rápido. Saímos do quarto e ela me levou até o portão, grudei meu corpo no dela naquele abraço casa que só ela tem e sair.

Em casa vez ou outra a lembrança do jeito nitidamente apaixonado do Pedro surgia, mas eu logo tratava de esquecer, tinha tido um dia lindo ao lado da Ana e só de lembrar dela eu sorria igual boba.

No dia seguinte ao acordar tinha uma mensagem da Ana no meu celular

- Tu é a causa dos meus olhinhos brilharem. Amo tu! Bom dia

- Minha princesa! Bom dia pra tu! Logo mais eu chego ai

- Eu te espero. Vem!

O dia passou e como havia combinado com a Ana, tratei de separar as coisas e ir para a casa dela, falei pra mamãe que ia no Cimba e que ia dormir na Ana e ela não se importou. Cheguei e Ana veio me receber, estava com uma camiseta enorme comparado ao corpo dela, e com o cabelo meio preso, meu solto, quando ela abriu o portão e se jogou nos meus braços falou:

- Vi acabei de sair do banho, peguei a primeira roupa que vi na frente hahaha.

- Poxa Aninha. Deveria ter me esperando e íamos tomar banho juntas.

Dei um beijo e uma leve mordida no seu pescoço e ela me abraçou mais forte. Segurou minha mão e saiu me puxando até o quarto, a gente ainda precisava se arrumar os amigos da Ana já estavam indo e nós duas nem tínhamos começando ainda. Passei pela sala onde seus irmão estavam e só conseguir falar oi, e eles responderam em sincronia

- Oi Vi!

Ana apressada me levou até o quarto e começamos a nos arrumar, quando estávamos quase prontas ouvimos um carro buzinando e uma voz que gritava

- Vamos logo Naclara!

Era a Babi, amiga da Aninha que eu também não conhecia mas isso não era problema, Aninha disse que eu ia adorar ela. Pegamos as bolsas e saímos dando tchau à todos que estavam em casa. Quando saímos a Babi estava encostada na porta do carro, nos esperando. Ana correu para abraça-la e tratou logo de nós apresentar! 

Babi é a forma carinhosa que a Ana chama a Barbara, mas ela disse que não se importava que eu também a chamasse assim. Afinal, amiga da Aninha também era amiga dela! E logo de cara a Babi quebrou todo aquele clima estranho que sempre existe, quando você acaba de conhecer uma pessoa.

Entramos no carro e fomos em direção ao parque. Não demorou muito e logo estavamos estacionando na frente do Cimba.

Já era finalzinho de tarde e eu já estava encantada pela cor linda que ia se formando no céu. Chegamos onde os amigos da Ana estavam e logo vimos o Pedro, que venho em nossa direção.

- Ana, que bom que vocês vinheram.

Falou abraçando a Aninha com aquele mesmo sorriso bobo que eu já tinha presenciando um dia antes. Ele me abraçou também e fez questão de me levar para conhecer todos, querendo que eu me sentisse o mais à vontade possível.

Eles estavam espalhados, uns a tirar fotos, outros sentados bebendo algum tipo de coquetel e uma outra parte cantando numa rodinha ao som de um moço no violão. Eu não conhecia os amigos da Ana, alguns eu já tinha visto em algum momento pela cidade mas nada além disso.

E mesmo não conhecendo eles, aquele ambiente me agradou na mesma hora e me sentir á vontade. Babi apressou o passo e foi logo em direção a umas amigas  que tinham acabado de gritar por ela, deixando eu e Ana ali sentadas, próximas a rodinha onde o repertório musical era tão lindo quando aquele parque. Ana tratou logo de pegar o celular e começou a tirar várias fotos, para ficar olhando quando sentisse saudade.

- To amando tu aqui comigo, Vi!

Falou encostando tua cabeça no meu ombro.

- E eu mais ainda minha princesa. To amando tudo isso aqui! E to louquinha de vontade de te beijar.

- Segura um pouquinho essa vontade que mais tarde eu te recompenso.

Sorrir olhando para o céu, a noite já estava chegando e o sol estava indo dormir, o Pedro veio e sentou ao nosso lado para admirar a beleza do sol indo embora. Nessa hora a música que estava sendo cantada era 93 Million Miles e a lembrança do clipe ficou passando na minha cabeça.

Pedro estava ao lado da Ana e ela ainda estava com a cabeça encostada no meu ombro, quando ele colocou a mão sobre a mão dela e ela levantou a cabeça que estava apoiada.

- Ana eu sentir tua falta.

Pedro falou, quase fazendo uma carinha triste enquanto olhava pra ela, com aquele ar de apaixonado.

- Eu também sentir a tua Pe. Você sabe que eu amo tu e não é de hoje, né? Vem cá!

Ana puxou ele e deu um abraço apertado, e quando os corpos se desgrudaram o Pedro à olhou fixamente enquanto a Ana sorria e em um momento de coragem e impulso  veio até ela e a beijou, bem ali na minha frente e na frente de todos os amigos dela.

Um Só Coração.Onde histórias criam vida. Descubra agora