Um Só Coração.

Uma pintura.

Em casa depois de ficar horas conversando com minha família e contando tudo sobre a vida e as experiências com o curso de teatro em São Paulo, eu fui para o quarto na ideia de dormir um pouco, mas uma lembrança invadiu a minha mente e a imagem da Ana surgiu me levando a sorrir espontaneamente.

Me deu uma vontade enorme de falar com ela e de saber como ela estava, mas só fazia algumas horas que a gente havia se visto e não sei se estaria sendo inconveniente, não sei se ela também sentiu essa troca de energia tão boa como eu sentir. Mas mesmo com todos esses questionamentos eu resolvi mandar.

- Oi Aninha. Chegou bem?

Antes mesmo que a tela do celular bloqueasse a resposta chegou!

-  Oi Vi. Cheguei sim, e Tu? Matou a saudade e encheu todos de beijinhos?

- Sim. E agora to aqui deitada e me veio tu na lembrança.  E aí, amanhã vamos dar uma volta?

- Porque não Agora? Vamos?

Sentir meu coração acelerar na hora que a mensagem chegou e não pude conter a ansiedade, fazia apenas algumas horas que a gente tinha se visto mas eu já queria está com ela novamente então tratei logo de confirmar.

- Só se for agorinha. Vamos comer alguma coisa?

- Vou me arrumar!

Nem estava acreditando que ia novamente encontrar com ela e tratei logo de ir me arrumar. Sair e assim que cheguei na casa dela liguei.

- Vamos Aninha! Já to aqui.

Ela saiu de casa ajeitando a bolsa no ombro e dando um beijo no rosto da mãe que tinha à levado até a porta então fiquei ali admirando cada pedacinho daquela linda mulher que estava mexendo comigo de uma maneira que eu não sabia explicar, admirando todas as suas curvas, ela estava com uma blusinha preta de alças fininhas com um short que deixava quase toda suas pernas a mostra, com o cabelo solto, caindo nos olhos e com seu óculos que a deixava com um ar mais sexy, não que ela precisasse, tão linda que poderia ser  facilmente uma linda pintura feita pela mão do seu talentoso e apaixonado artista.

- Eai to bonita?

Falou enquanto jogava o cabelo para trás na tentativa de fazer  graça.

- Tão linda quanto uma pintura Aninha.

As bochechas dela ficaram rosadas na mesma hora e soltou um leve sorriso.

- Deixa de graça Vi. Haha vamos que eu to com fome!

Saímos com destino ao restaurante no centro da cidade e fomos dialogando sobre o quanto é bom voltar pra casa. Ana está morando em Araguari estudando Medicina e sempre nas férias vem ficar com a família.

No meio de toda a conversa eu não conseguia conter a minha alegria em está com a Ana, a troca, a sintonia o tanto que me sentia bem com ela era algo inexplicável.

Logo eu que sou igual passarinho, tava com a alma e a mente presa em uma pessoinha que acabei de conhecer.

- Aninha, eu amei tu viu? Só consigo sentir o tanto que gostei de você. E achei até que ia está sendo inconveniente em te mandar mensagem, horas depois que a gente se viu. Mas eu fiquei com um tanto  saudades de tu, acredita?

Ana me olhando sorriu, segurou o meu braço e disse

- Vi, eu te gostei do mesmo jeito. Eu não sei como te dizer, a gente acabou de se conhecer e eu sinto que te conheço de uma vida toda. Tu acha que eu te chamei pra sair agora Porque? Tava com saudades queria sentir essa paz.

- Então vamos combinar uma coisa?

- O que?

- Nessas férias que estamos aqui vamos aproveitar uma à outra o máximo. Até tu enjoar de mim. Vamos aproveitar o agora que a gente tem?

- Larga de ser boba Vi, nunca que eu vou enjoar de tu. Acho que é tu que vai enjoar de mim. Haha e o acordo ta fechado!

Ana falou estendendo a mão e eu prontamente peguei na mão dela e fechamos o acordo numa gargalhada. Puxei o corpo dela para perto do meu ali mesmo no meio da rua e lhe dei um abraço apertado, sentido seu toque alisando as minhas costas e aquele perfume doce que grudou em mim como uma segunda pele.