Não arredo o pé.

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Gabriela feita para o mundo assim como a Vitória, tinha chegado à São Paulo um dia antes da Vi, as rápidas férias em São Luís com a família  tinha chegado ao fim e ela retornado à correria de Sampa.

A família todinha da Vitória conhecia a Gabi desde de sempre e logo que o acidente aconteceu a tia Mari à avisou, e ela logo venho para o hospital ajudá-la no que fosse preciso, sempre se fez presente e nessa hora não podia ser diferente.

- Sa, que bom que tu chegou.

Gabriela falou abraçando Sabra, assim que nos viu chegando ao hospital.

- Ga, como é que ela tá? Cadê tia Mari?

- Ela estava indo para o quarto vê o tio, a Vitória tá na cirurgia entrou agorinha.

Sabra apressada saiu logo do abraço e foi entrando no hospital á  procura da tia e falou “Vem Ana” Gabriela ao ouvir meu nome desviou toda a sua atenção para mim e falou meio confusa me olhando,  esperando uma confirmação de que eu era quem ela realmente  estava pensando.

- Ana?

- Oi Gabi!

Respondi esboçando um tímido sorriso, era o máximo que eu conseguia fazer naquele momento, a minha cabeça estava somente na Vitória, mas apesar do rápido sorriso e das curtas palavras a Gabriela teve a confirmação de que eu era a Ana que ela pensava.

Então ela veio até mim no impulso do momento  e me deu um abraço rápido. A Sabra que estava  pedindo informações na recepção do hospital logo me gritou, então eu sair do abraço e fui na sua direção.

- Ana?

Gabriela segurou minha mão e eu parei.

- Eu preciso falar com você sobre o que aconteceu lá em São Luís...

- Não Gabi, não aqui e nem agora.

- Me desculpa se eu atrapalhei alguma coisa...

- Depois a gente se fala.

Falei rápido e sair, a Sabra me chamava apressada e eu fui antes mesmo que ela terminasse qualquer outra frase, seja lá o que fosse que a Gabriela tivesse para me falar sobre o que aconteceu em São Luís, podia esperar. O meu pensamento naquele momento era somente  na Vitória!

Entrei no hospital com a Sabra e fomos logo ao encontro da tia Mari, que estava em um quarto com o esposo, ele dormia, estava bastante machucado e com a  perna quebrada, mas estável. Vitória estava na cirurgia, tinha quebrado o braço em dois lugares diferentes e precisava de um procedimento cirúrgico. Achei que a angústia fosse acabar assim que chegasse no hospital mais ela ainda durou algumas horas.

Fiquei ali entre os corredores e o quarto andando ansiosamente  esperando por alguma notícia da Vi, enquanto Sabra fazia várias ligações para a mãe e conversava com a Gabriela e com a tia, e ela à explicava como que o acidente tinha acontecido. E quase duas horas depois, aquela espera teve fim e Vitória saiu da cirurgia.

Eu estava sentada em um sofá no quarto quando vi aqueles médicos trazendo a Vitória,  o meu coração disparou na mesma hora, batia tão forte que chegava a doer no peito, depois de todas aquelas horas de espera e angústia, finalmente eu estava ali ao lado dela.

Vitória ainda estava desacordada, mais dava pra vê que assim como o tio ela estava muito machucada, além da cirurgia que tinha acabado de acontecer deixando seu braço bastante inchado, tinha  roxos e cortes por todo corpo. Mas tirando o susto danado que sofreu, nada mais de grave havia acontecido nem com ela, nem com ele, os dois estavam em observação mais estáveis.

Sabra ficou  comigo e com a Vi no quarto, estávamos sentadas e ela ainda dormia com o efeito da anestesia, até que a Gabriela que estava no outro quarto com a tia Mari apareceu.

- Meninas vão comer alguma coisa, vocês  já estão ai a um tempão, eu fico com a Vi.

Sabra me olhou, esperando a minha resposta e eu logo falei.

- Pode ir Sa, eu não arredo o pé daqui até a Vi acordar.

Sabra sorriu com a minha resposta e disse que voltava logo. Saiu acompanhada da Gabriela e eu continuei ali sentada perto da cama, segurando na mão da Vitória esperando que ela acordasse logo e que estivesse tudo bem.

Depois de alguns minutos eu debrucei a cabeça sobre a cama e acabei cochilando, mas sentir um aperto na minha mão e acordei assustada, levantei o rosto e olhei para Vi.

- Ninha.

Ela falou baixinho ainda sonolenta e apertou novamente a minha mão, nesse momento uma mistura de felicidade, alívio, ansiedade, nervosismo tudo me invadiu ao mesmo tempo e eu grudei meu corpo sobre ela na tentativa de abraçá-la, sentir a Vi era tudo o que eu mais queria.

- Que bom que tu tá aqui minha princesa. 

Ela sussurrou eu levantei meu corpo, alisei delicadamente o teu rosto, fitando cada pedacinho, ela sorriu e eu grudei nossos lábios em um beijo...

Um Só Coração.Onde histórias criam vida. Descubra agora