Um só coração apaixonado.

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A única coisa que eu pensava naquele momento era em como eu queria sentir cada pedacinho do corpo da Ana. Como eu queria descobrir o que cada curva daquele corpo que até então eram desconhecidas, tinha à me oferecer.

Ana me deixava boba só com um sorriso e me envolvia de  uma forma única!

Chegamos no teu quarto e ela por cautela, caso alguém chegasse fechou  a  porta, e logo venho na minha direção, começou a me beijar lentamente, sentindo o gosto do meu beijo e me fazendo querer  sentir o dela cada vez mais. 

Minhas mãos passeavam pelo teu corpo, e as pontas dos meus dedos davam leves choques em contato com a sua pele, o que fazia ela abafar o gemido com outro longo beijo.

Os corações acelerados, a respiração ofegante, os arrepios na pela, o  desejo só aumentava entre nos duas.  Sentei, encostada na cama e a Ana passou as pernas sobre as minhas e me envolvendo em um beijo mais suave, sentou no meu colo.

Comecei a beijar teu pescoço deixando algumas marquinhas vermelhas, subir um porquinho  até a sua orelha e falei sussurrando

- Ana, eu quero sentir você!

Ana suspirou e deu uma leve mordida na minha orelha, onde gemeu bem baixinho e eu não resistir, segurei forte na tua nuca e a beijei com mais vontade que antes.

Não conseguia falar mais nada e mesmo que conseguisse nada expressaria tamanho o desejo que estava sentindo naquele momento. Minhas mãos nas costas da Ana passeavam sentindo teu corpo quente e levemente arrepiado, então eu comecei a desabotoar o teu vestido, enquanto ela me dava vários selinhos.

E quando quase todo o seu vestido estava desabotoado, pronto para que eu tirasse, a olhei e ela estava chorando.

- Ei Aninha. O que foi? Foi alguma coisa que  eu fiz? Ei meu amô olha pra mim.

Falei apressada, com medo de ter feito algo que a Ana não gostasse, e ela nem se quer me olhava,  me segurou em um abraço forte e começou a chorar sem parar.

- Calma minha princesa. Não fica assim não. Olha pra mim, vem cá!

Tentei tirar ela daquele abraço, pra conseguir à olhar nos olhos, mas ela não desgrudou nem por um momento. Então comecei a alisar  seus cabelos e de imediato uma música veio na minha cabeça enquanto ela estava ali no meus braços, comecei a cantar no teu ouvido. 

“ Pra começar, cada coisa em seu lugar e nada como um dia após o outro. Pra quer apressar se não sabe onde chegar, correr em vão se o caminho é longo. E pra quem se soltar da vida vai gostar e a vida vai gostar de volta em dobro. E se tropeçar, do chão não vai passar, quem sete vezes cai, levanta oito...”

Ela virou um pouquinho o teu rosto e encostou no meu ombro enquanto eu cantava e falou baixinho.

- Eu não consigo Vi. Desculpa! Eu não queria que fosse assim. Desculpa .

Falou e voltou a chorar novamente, então eu me mexi ela saiu do meu colo deitado ao meu lado na cama e eu logo deitei com ela, e ficamos uma olhando para a outra.

Passei a mão nas suas bochechas que estavam molhadas de tanto choro, topei com a ponta do dedo em seu nariz e lhe dei um 'beijinho de esquimó', fazendo ela sorrir um tiquinho.

- No momento certo as coisas acontecem, tá? Eu não tenho presa. Tu tem?

- Vi, desculpa meu amô. Eu quero você, quero demais.  Mas não consigo assim, quero está inteira sabe?

-  Aninha, tá tudo bem. Vai  acontecer quando tiver de acontecer. Olha nos duas, uma vida todinha na mesma cidade e só nos encontramos quando já nem estávamos mais nela. Num  preocupe não princesa. Mas até lá a gente fica aqui no chamego, pode ser?

Ana sorriu e me deu um selinho

- Tu consegue deixar tudo mais leve.

- As coisas dessa vida já são pesadas demais  Aninha, vamu só vê e ser as coisas boas desse mundo.  Vem cá agora, que quero sentir teu cheiro!

Ana juntou mais o teu corpo ao meu e ficamos ali o resto da noite, abraças como um só corpo, uma única pele e um só coração batendo apaixonado.

        Dia 31 de dezembro de 2013

Eu acordei e fui já olhando o céu azulzinhu pela janela do quarto da Ana, ela ainda dormia e eu coloquei logo na playlist Happy do Pharrell Williams.

“It might seem crazy what i’m about to say,  sunshine she’s here you can take a break i’m a hot air balloon that could go to space with the air, like i don’t care baby by the way...”

Como se estivesse sozinha no meu quarto, tratei logo de começar a dançar olhando aquele céu brilhando azulzinhu ali na frente.

Era o último dia do ano e apesar de não passar aquele momento da virada, todo cheio de simbolismo ao lado da Ana, porque as nossas mães fizeram programações em que eram indispensável as nossas presenças,  eu estava ali com ela naquele momento, e o nosso combinado é viver o que a gente tem hoje, então a nossa virada de ano seria agorinha mesmo.

 









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