Queria te beijar agora mesmo!

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Ficamos ali deitadas no sofá, trocando beijinhos e carinhos. O filme que era a atração principal logo foi esquecido e eu nem cabia em mim de tanta felicidade, por várias vezes me perdi naquele sorriso, tinha a Ana ali, ao alcance do meu toque e tudo o que eu queria era sentir ela mais e mais.

Perdemos total noção do tempo, entre beijos, risadas e fotos aleatórias. Ana aproveitava os meus momentos de distração e ia logo tirando fotos com o celular, dizia que era um lembrança, pra ficar olhando quando ela não estivesse comigo e a saudade apertasse.

No meio de todo aquele momento de puro chamego, escutamos um barulho no portão. Era a dona Isabel chegando, a minha mãe!

Então assim que ouvimos o barulho da chaves, olhei pra Ana e sorrir, como uma criança que acabou de aprontar alguma travessura, falei no seu ouvido, a minha mãe chegou!

E ela nem pensou, como que por um impulso segurou meu rosto com as duas mãos e me beijou meio apressada, como se tivesse medo de não poder beijar-me  novamente.

- Quero mais beijos inesperados como esse!

- Pode deixar.

Minha mãe entrou e eu tratei logo de apresentar as duas, não demorou muito e elas já estavam ali entre sorrisos e conversas aleatória. Ana que por mais tímida que fosse, se sentiu muito leve perto da minha mãe e as duas ali juntas pareciam amigas de muito tempo.

Estava tão concentrada admirando elas que só despertei quando sentir o toque da Ana na minha perna!

- Vi, já tá na minha hora. Eu vou indo, ta?

- Já, Aninha? Fica mais!

Fiz um biquinho pra ela. Afim dela não resistir, e ficar mais um tempinho. Eu só queria sentir ela um pouco mais, mas não surtiu o efeito desejado, ela tinha mesmo de ir. E com a minha mãe ali, ela não quis ceder aos meus carinhos tímida que só ela!

- Tu me leva?

Ela deu um leve picadinha e eu logo entendi.

- Claro. Mamãe já volto aqui, vou levar a Ana.

- Tchau tia Isabel. Foi um prazer conhecer a senhora.

- Digo o mesmo de tu, Aninha. Volte quando quiser.

Elas se abraçaram e eu fiquei esperando. Ana pegou a bolsa, guardou o celular e saímos. Já na rua, entrelacei meu braço ao dela, segurei firme a tua mão e ela encostou a cabeça no meu ombro.

- Amei cada minuto com você, Vi. É tão bonito isso que existe entre a gente. Como pode, se conhecer e já se amar, o amor de uma vida todinha?

- Tu é tão linda Aninha. O amor não explica não Boba! Só sente.

- Eu to sentido por tu. E to sentido outra coisa também! 

- O que?

- Saudade. Saudade do teu beijo! A minha boca já tá esquecendo do teu gosto. E isso é ruim.

Ali no meio da rua, virei e dei um selinho nela e ela ficou vermelhinha na mesma hora.

- Fica mais linda ainda assim vermelhinha. Eu amo tu Aninha! 

Seguimos o restante do caminho em silêncio, mas não era uma silêncio perturbador, pelo contrário, íamos curtindo o toque, o cheiro uma sentindo a outra de uma maneira só nossa, chegamos na casa dela e paramos em frente ao portão.

- Aninha, eu sei que é tudo novo, e que precisamos entender tudo isso que estamos sentido, mas a gente vai fazer isso juntas! Lembra do nosso acordo, vamos viver o que a gente tem agora  e o que a gente tem é tão bonito, vamos sentir.

- Queria te beijar agora mesmo!

Olhei para os lados da rua, e não vi ninguém então encostei meus lábios nos dela e fiquei ali sentindo teu gosto por uns segundos, até ela sorrir e se afastar um pouco.

- Tu é louca, Vi!

- Não posso deixar minha princesa na vontade.

- Eu vou entrar, tá?

- Vem cá!

Puxei ela novamente para mais perto do meu corpo e nos abraçamos, fiquei um tempo sentindo teu cheiro e o toque suave dos seus dedos nas minhas costas. Até que ela se afastou, jogou um beijinho no ar e entrou.


Um Só Coração.Onde histórias criam vida. Descubra agora