Radio Station | drabble
Eu só ligo a rádio na madrugada.
Porque não há propagandas, apenas um misto de hits atuais e músicas antigas que já fizeram parte do hoje.
Você não ouve a rádio, você diz que é brega.
Eu não me importo.
Mas se você soubesse amor, como cada música me lembra você, talvez tu ligasse na mesma estação e escutasse comigo.
Eu te lembro alguma música? Alguma letra te faz pensar em mim?
Eu faço parte de cada pedacinho de vida, como você faz parte pra mim?
Não, eu não te peço que retribua meus sentimentos. Eu só ficaria mais apaixonado ainda de soubesse que tu ouve sua música favorita e ao menos a melodia te faz querer estar comigo.
Eu devo ser um bobo, deve ser problema meu. É como você sempre diz, nunca me obrigou à gostar de ti, então, eu que lide com essa indiferença.
Se estivesse em minha pele, e se visse à ti, como eu vejo, também se apaixonaria.
É, eles dizem que eu estou perdendo meu tempo, que eu devia desencanar e partir para outra.
Eu sei, você nunca vai me amar da mesma forma. Eu sei, sou só calor nos teus dias de frio. Eu sei, sou só um band-aid pra tua ferida. Eu sei, você só vem até mim quando quer carinho. Eu sei, eu não devia me conformar com isso.
Mas tua boca vale a pena.
E sabe, no meio da madrugada, quando estamos no ápice de nosso prazer, e você fecha os olhos com força, enquanto eu te faço arfar, eu sinto que você tem um pouco de afeição por mim. Quero dizer, a forma como confia em mim para atraverssarmos lugares perigosos, como me procura quando está com medo, teu jeito disfarçado de dizer que sente saudade de mim, com um "eu tava de bobeira em casa".
Nós somos alguma coisa, certo? Eu não estou nadando para morrer na praia, não é?
Na madrugada, com meus fones de ouvido postos, e um cigarro entre os dedos, assistindo a cidade pela minha janela, eu confio à rádio que ela me ajude à te entender.
De um modo torto, eu te tenho.
Quando eu digo que quero te ver, você reluta, mas vem ao meu encontro. Quando eu sinto ciumes, você reluta, mas não toca mais aquela pessoa da mesma forma. Quando eu sussurro que te amo, você reluta, mas acaba me abraçando.
A verdade é que tu também não tens ninguém além de mim.
Sou o único que te esquenta a noite, você sabe. Mesmo que dezenas de caras queiram lhe ter, você não confia neles, você já se decepcionou com muitos deles.
Eu sou braços sempre abertos. Portas sempre destrancadas. Beijos sempre quentes. Corpos sempre à disposição. Eu te amo sempre dito.
Mesmo que tua frieza venha me congelando aos poucos, de madrugada, ouvindo a rádio, os vários compositores me pedem para não te deixar.
Então, eu roubo suas carteiras de cigarro, porque não gosto que tu fume, e eu fumo por você. Você também tem uma mania boba de me assistir enquanto eu durmo, eu já percebi.
Você nunca vai admitir, mas sou o melhor que você pode obter. Mesmo que eu não seja o sonhado, sou uma realidade confiável.
E você, Min Yoongi, é o que eu desejo todas as madrugadas, é o que eu procuro na rádio FM, caço um pouco de ti em cada letra.
Eu, honestamente, nunca encontro um pouco de mim mesmo, Jung Hoseok, nas melodias, e é por isso que eu gostaria que tu ouvisse à rádio comigo, para me ajudar a me encontrar ali. Mas você acha brega.
//hola hola
gente, se vocês leem esses textinhos, então votem, que é pra eu saber se gostam ou não. só tem view, não tem voto, eu fico mas ue
se bem que... tanto faz//
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No Panic {one shots}
FanfictionUm tiro basta para gerar o caos. especial one shots bangtan/kpop/yaoi/yuri/+18