the seventh call: jungkook+jimin

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The Seventh Call

Me sinto estranho. Porque me sinto diferente.

Há meia dúzia de ligações perdidas em meu celular, e o dobro de mensagens não lidas na barra de notificação também. Mas sem chance, eu não vou falar com Jungkook. É por causa dele que eu me sinto esquisito.

Eu me deixei levar por seus beijos, por suas mãos, por sua voz bonita. Eu me deixei levar, pois aquilo não estava em meus planos. Mas o filho da puta fez e fez até que eu não pudesse mais me segurar. Tudo bem, eu senti calor desde o primeiro toque, e naquele momento, não pedi que parasse, porque meu corpo queria. Mas eu disse à Jungkook! Pedi que não mexesse comigo, mas ele dançou daquele jeito comigo a noite toda, e me beijou de forma quente, e droga, eu não disse "não" em momento algum, porque eu procurava por sua aproximação, porque quando ele parava, eu fazia com que continuasse.

Mas foi ele! O filho da mãe, o idiota... que fez eu ficar estranho assim. Porque eu não consigo resistir aos seus carinhos, e ele faz questão de me dar um monte deles.

E agora... quando eu olho pra minhas pernas, eu automaticamente lembro de como sua boca passeou por ali. Quando olho para minhas mãos, lembro do que... ah, do que elas tocaram. E até quando eu lambo meus lábios, eu me recordo do gosto que senti.

Meu corpo parece um lugar sem dono agora, explorado, sem segredos, sem mistérios, como se Jeon tivesse acesso à tudo em mim agora. E é tão estranho, por Deus, é tão, tão, tão estranho.

Eu gostaria de perguntar à ele o que diabos fez com meu corpo, e o porquê de eu não me sentir mais como o velho eu. Mas ele provavelmente sorriria, daquele jeito tão bonito, e diria com todas as palavras: nós transamos, babe. Digo, talvez usasse "fazer amor" no lugar, só pra eu não me sentir sujo, porque ele é assim.

Tem um frio estranho rondando meu estômago, e agora eu... me sinto alguém do mundo. Alguém sem pureza, alguém manchado. E droga, não é algo que me deixe triste, mas, com tanta vergonha.

Jungkook não me machucou, e nem foi rude, ele cuidou de mim a noite toda, ele fez eu tocar as estrelas, fez eu me sentir bonito. Mas agora, eu não tenho coragem de sequer olhar em rosto, porque me vem tudo a cabeça, e merda, eu me sinto tão vagabundo quando lembro que me entreguei à um rapaz. E não é algo que eu deveria sentir, mas eu não sei se é normal, eu não sei se passa.

Quando ouço meu celular tocar pela sétima vez, e o nome de Jungkook mais uma vez salta, eu lembro de como ele pareceu bem comigo, de como me beijou e como me tratou com delicadeza mesmo depois que eu acordei puto da vida na manhã seguinte. De como ele continua ligando e mandando mensagens todos esses dias.

Eu atendo, mas não digo nada, tenho medo de soar rude. Sua voz entra por meu ouvido, e eu lembro mais uma vez das coisas bonitas e sacanas que sussurrou no mesmo lugar há alguns dias. — Jimin... eu não acho que queira falar comigo. Não precisa responder, eu entendo. Quero dizer, eu não entendo... babe, eu não entendo. Eu te machuquei? Você não queria? Eu não sei, você... hyung, você fez amor comigo a noite toda, e você sentiu prazer o tempo todo. Eu não lembro de ter te forçado a algo... eu forcei? Eu não lembro.

— Não foi isso — consigo dizer, porque me apavora a ideia de que ele está pensando nessas hipóteses.

— Jimin... então, o que foi? Eu sei que dói na primeira vez, eu sei que não planejamos, e que meu quarto sequer estava arrumado. Mas... eu pensei que tinha sido bom. — me diz, a voz cheia de culpa e dúvidas. — Me desculpa. Mas me diz, por que está assim?

Respiro fundo, puxando minhas pernas para perto do corpo e pensando nele. — Foi bom. Foi... tão bom, Jungkook. E é isso... me sinto estranho, porque foi tão bom. E eu me pergunto se porque eu gostei, isso significa que eu não tenho vergonha, não tenho respeito, não tenho orgulho...

E o ouço rir, mesmo que fraco e por um breve momento: — Oh. É isso. Jimin, só tem uma forma de parar de se sentir assim...

— Como? — pergunto, ansioso para saber a resposta.

— Fazer mais e mais sexo — ele diz, e eu só falto xingar sua mãe pelo telefone. — Babe, é sexo, é foda, é amor. É bom, e não tem nada de errado com isso. Transar não te faz sem vergonha, sem respeito, sem orgulho ou qualquer outra coisinha que esteja rondando sua cabeça.

— Mesmo? — questiono, com certo receio.

— Mesmo, hyung — me confirma, e de alguma forma, sua voz me passa confiança. — Posso ir até aí, Jimin?

Eu suspiro, pensando no caso, porque conhecendo bem o meu Jeon Jungkook, eu sei que ele vai aprontar comigo. Da última vez, fez eu me sentir tão apaixonado, que eu me entreguei sem pensar duas vezes. Filho da puta. — Pode, Jeon.






//eu nao to morta

mas finjam que eu sou uma ficção, sem compromisso com a realidade

yo vote se quiser 😁//

No Panic {one shots}Onde histórias criam vida. Descubra agora