Jeon Jungkook is Gay, Merry Xmas!
Ouvindo o tilintar de dois sininhos numa guirlanda pendurada na porta de uma casa, eu continuei a andar, e sentindo o vento frio, carregado de neve, em minha pele, eu poderia me importar, mas não me importo.
Seguindo pela calçada um pouco escorregadia, eu contei casa por casa. A sua era a terceira após a mansão intensamente decorada para o Natal.
Uma boa e típica casa coreana, com suas luzes acesas, o cheiro de comida podendo ser sentido mesmo do lado de fora. Ah, Jungkook, sua mãe deve cozinhar tão bem.
Poderia ser eu a conhecê-la, mas não, você preferiu apresentar uma garota. É para agradá-los, certo?
Bom, eu não estou aqui para agradá-los. Perdão.
E jogando meu cigarro fora, assoprei a última fumaça, assistindo-a ser levada para longe com a vento. Subindo os degraus até a varanda, e então até a porta, eu não bati, eu apenas girei a maçaneta e entrei.
Conversa alta e ar quente, cheiro de comida boa e tilintar de talheres. Vocês parecem felizes.
Bem, eu não estou feliz.
Caminhando na direção do barulho, eu adentrei a sala de jantar, encontrando uma grande família reunida, e assim que apareci, tudo se silenciou. Jungkook estava ali, ao lado dela.
ー Que é isso? ー um primeiro homem perguntou, levantando-se e vindo em minha direção, seguido por mais rapazes.
Jungkook se levantou e correu, os segurando. ー Eu o conheço!
ー Conhece de onde? Meu Deus, eu estou assustada, meu filho! ー a mãe dele perguntou, com a mão no coração.
ー É um amigo... calma, pai, tio... eu o conheço. ー disse, visivelmente nervoso.
ー Mesmo assim... como esse garoto vai entrando assim? ー questionou um deles.
Jungkook se virou, me encarando. ー Taehyung... vamos conversar lá fora.
ー Jungkook...? ー chamou a menina, o esperando na mesa.
Eu a olhei, por cima do ombro dele, e tornei a olhá-lo. Ele tinha aquele mesmo olhar penoso de sempre que eu o questionava sobre ela, apenas lamentando.
ー Vamos conversar lá fora... ー pediu.
Eu movi minha cabeça, negando. ー Eu vim só desejar feliz natal.
Parecendo confuso, ele assentiu, incerto. ー Pra você também...
ー E te entregar um presente. ー continuei.
ー Presente? ー perguntou, nervoso.
Eu assenti, devagar, antes de puxá-lo pela camisa bem abotoada e passada, e ouvindo sua família se espantar, eu não me importei, eu apenas o coloquei contra a parede e o beijei.
Ele respondeu ao beijo de forma automática, por poucos segundos, antes de me puxarem para longe, e o que eu conhecia como pai dele, me acertou um soco no rosto, me chamando de "filho da puta", enquanto os outros gritavam "ai meu Deus" e "o que é isso?".
Me jogando no chão, o pai dele continuou a me bater, e conseguindo enxergar Jungkook por entre a multidão, eu podia ver seu rosto apavorado, enquanto tentava os afastar. Recebendo um chute nas costelas, eu fui capaz de rir, com água nos olhos.
ー Matem esse desgraçado! ー eu pude ouvir, e era ela gritando, enraivecida.
Como se eu houvesse engolido uma dose de energético de uma só vez, eu consegui me levantar, e empurrando aqueles homens, eu encarei a família toda apavorada. ー Jeon Jungkook é gay. Feliz Natal!
E mais gritos histéricos surgiram, mas eu não lhes dei tempo, eu me virei e saí pela porta, debaixo da neve, recomecei a andar. E foi algo silencioso por um tempo, antes de ouvir passos atrás de mim.
Esperando o pai dele mais uma vez, eu me virei, mas para minha surpresa, era o próprio Jungkook. ー O que pensa que está fazendo, Kim Taehyung?!
Uh, ele estava bravo.
Sorri, mesmo dolorido, continuando a andar, de costas. ー O quê? Eu estou fazendo o certo. Contando a verdade.
ー Você enlouqueceu! Você é um filho da puta! Olha o que fez! ー me acusou. ー Você não tinha esse direito!
Parei de andar então, o encarando. ー Assim como você não tinha o direito de fazer eu te amar, e me deixar escondido num quarto, enquanto desfila por aí com aquela vagabunda!
ー Ela não é vagabun... Por Deus, Taehyung. Você fodeu com tudo! Com tudo! ー disse, gritou, e puxando os próprios cabelos, se agachou, rangendo de raiva.
Parado, eu sorri, enquanto massageava minhas costelas. ー Eu falei pra não me fazer de idiota.
ー Mas você é um idiota! ー se levantou, puto como nunca. ー Olha o que você fez!
E avançando sobre mim, me empurrou, com um chute me fez cair no chão, e montando por cima, agarrou meu pescoço, levantando um punho, se armou para me acertar um soco. Mas mesmo assim, eu sorri. ー Eu te amo, Jungkook.
E terminando de acertar o soco, em seguida ele se aproximou e me abraçou, grunhindo em irritação. ー Merda, Taehyung... eu te amo. Eu te amo.
Em lágrimas, você me beijou, ali mesmo, derrubados no meio da rua, debaixo da neve, no Natal, enquanto sua família se descabelava em volta da Santa Ceia.
// sei la meo ermao
felis natao
ovrigada por ler ^^//
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No Panic {one shots}
FanficUm tiro basta para gerar o caos. especial one shots bangtan/kpop/yaoi/yuri/+18