Enemy, Enemy, Enemy
Mais uma bolinha de papel parou em minha cabeça, enroscado em meus cabelos. Eu quis levantar da minha mesa, sacar uma pistola de minha mochila e acertar um tiro naquele garoto ridículo.
Eu realmente me levantei, mas infelizmente não tinha uma pistola, então tomei a borracha de outro menino e a atirei na direção daquele que tanto me importunava.
- PROFESSOR - ele gritou, exagerado, atraindo a atenção de todos na sala de aula. - Ele me bateu!
Foi uma borracha rosa e ela mal tocou o ombro dele.
- Ele fica atacando bolinhas de papel em mim! - me defendi.
O professor suspirou e apontou para a porta.
- Os dois - disse. - Fora da minha aula. De novo.
É! De novo!
Eu, totalmente contragosto, juntei minhas coisas e saí da sala, sentindo a presença daquele demônio atrás de mim, rindo.
- Você é um imbecil - esmurrei seus braços magros. - Não consegue ficar quieto, não?
- Não - deu de ombros, se jogando no chão do corredor, eu me sentei no outro lado, de frente para ele. - Eu te fiz um favor, aquela aula conseguia ser mais chata que o solo de alguns idols.
- Cala a boca - grunhi, arrumando meu cabelo escuro. - Eu já devo ter ido pra pedagogia setenta vezes só esse semestre, por sua causa!
- Não é culpa minha se você cai na pilha tão fácil - ele abriu a mochila e tirou de lá um pacote de bombinhas.
Eu nem tive tempo de me preparar quando ele atacou um estalinho ao meu lado.
- Seu retardado, para com isso! - quis atacar meu tênis em sua cara besta.
- Vem sentar perto de mim, então - me chamou.
- Não! - cruzei meus braços e desviei o olhar, e imediatamente ouvi a bombinha estalar perto dos meus pés. - Que inferno!
- Aqui, por favor - apontava para o lugar ao seu lado.
- Vai ter que fazer mais que atirar uns estalinhos - debochei.
Ele me olhou com aquele olhar desafiador, se levantou, puxou um punhado de bombinhas e mirou a porta da sala de professores.
- Não, não! - tentei impedir, me levantando também. - Você não tem essa coragem!
Ele tem sim, merda.
- Vai me pegar no colo e fazer carinho na minha cabeça? - ele perguntou uma última vez.
Eu devia concordar, para evitar o que viria, mas eu estava tão irritado com ele.
- Não - respondi quase sem pensar, e ele atirou as bombinhas. - Seu fodido!
Parecia que havia pipoca estourando em uma panela, só que muito alto. Nós ouvimos o burburinho dos professores, e eu em meio aquele absurdo, agarrei a mão do demônio, o puxei para longe dali, e nós saímos correndo enquanto os mais velhos tentavam descobrir quem havia causado aquela bagunça.
Há anos eu me perguntava o que havia feito para merece tal castigo.
- Mas que porra - bufei, quando finalmente paramos em meio ao gramado do colégio. - Você só pode ser enviado do inferno.
- Eu venho da Tailândia mesmo - sorriu, e aproveitando que nossas mãos estavam juntas, ele me puxou para perto e me roubou um beijo. - Vamos pra minha casa hoje.
- Eu fui expulso da sala, literalmente pela oitava vez só essa semana - fechei a cara. - Se minha mãe tiver que vir falar com o diretor mais uma vez, ela vai tirar meu celular, tv, video game... OXIGENIO!
Eu não devia mais estar irritado com as coisas que ele faz, pois é assim desde os onze anos. Desde que ele chegou na nossa escola, que ele me enche o saco com bolinhas de papel, bombinhas, guerras de borracha, beliscões, tapas na nuca, pegadinhas idiotas e apelidos irritantes.
- Quando você vai crescer? - perguntei, exausto. - Temos quase dezoito anos. Já está na hora, não acha?
- Sou uma plantinha ainda - deu uma volta. - Você precisa me regar com água, me pôr no sol, e me tratar com muita delicadeza.
Fala sério.
- Vou te regar de tapas - grunhi.
- Só se for na bunda - se agarrou em mim. - Vem pra casa hoje e cuida de mim.
- Só se você prometer parar de me infernizar na sala de aula - impus as condições.
- Aaa - se afastou de mim, os olhos de cão ferido por trás da franja loira. - Mas você nunca me dá atenção na aula. Hoje mesmo, você estava lá ajudando a Chae-não-sei-o-que, enquanto devia estar me ajudando.
- Se você gastasse seu tempo com algo além de usar memes na internet, você saberia a matéria - falei.
- Oh - abriu a boca, indignado. - Tá então, se é assim, então tá! Ótimo!
- Vai parar de me irritar? - perguntei.
Na real, eu amo ele, mas eu tenho tantas advertências que talvez eu nem consiga passar de ano.
- V-vou - disse, depois de muito hesitar. - Vou. Vou parar.
- Hm - o analisei. - Vou cuidar de você hoje, então.
Naquela noite eu o levei pra casa e eu fiz sua comida, lhe dei banho, e pus seu filme favorito (que eu odiava), e assistimos, com ele agarrado ao meu corpo.
Valeu a pena aturar o filme insuportável, pois os beijinhos em meu rosto e pescoço, e os elogios eram bons demais.
Nós fizemos algo antes de dormir, mas não vem ao caso.
Eu acordei animado, porque finalmente eu iria estudar em paz.
O caralho!
Logo na primeira aula, eu o vi montar uma catapulta com a régua e atirar uma borracha diretamente em minha cara.
O INIMIGO NUNCA DESCANSA!
Eu me levantei, e furioso, o empurrei da cadeira, montei em suas costas e puxei seu cabelo. Ouvindo o barulho dos alunos, o professor rolou os olhos e veio apartar nossa "briga".
- Violência doméstica, professor! - ele gritou, enquanto me afastavam dele. - Me salvem de Kim Yugyeom!
- Foi ele que começou! - gritei, irritado, vendo-o gargalhar de mim, no chão. - Te odeio, BamBam!
//YUGBAM PORRA
i'mma got7 trash af
gostaram??
as ones estão saindo bem simples, mas eu só escrevo elas pra distrair a cabeça mesmo, pra saie da rotina das fics.
bom, se gostaram, votem e comentem e mandem para as amiguinhas. YO
viram a park junghwa na capinha??? aaa ela eh linda
<333//
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No Panic {one shots}
Hayran KurguUm tiro basta para gerar o caos. especial one shots bangtan/kpop/yaoi/yuri/+18