Damn, I'm so Stupid. | drabble
— Me diga, de verdade — pedi, olhando nos olhos dele.
Ele suspirou, desviando o olhar para diversos pontos, antes de me dizer: — Eu gosto de você.
Sim, você me disse isso, uns meses atrás, quando eu me declarei, quando te pedi em namoro, e você disse que precisava de tempo pra pensar.
— Mas — você continuou, mordendo o cantinho do lábio. Apesar de tudo, você parecia tranquilo. — ...eu não estou apaixonado.
E é assim que você se torna um idiota.
Eu ri na hora, porque foi a única reação que eu tive, mesmo que não tivesse graça nenhuma.
— Você é meu amigo, eu te amo — tocou meu ombro, tentando me confortar. — Você é incrível. Eu amo te ter como amigo.
Nesta hora eu devia rir até chorar ou chorar até rir?
Deus, eu sou um otario. Um completo otario.
Como nós chegamos naquela conversa mesmo?
Ah, sim, poucos minutos antes, ele contava sobre como tentou ajudar seu ex-namorado, qual estava chorando no meio da noite. Aquele ex dele era um inútil, em minha honesta opinião.
Mas eu tive a genial ideia de perguntar: — Por que você aceitou namorar com ele, mas não aceitou namorar comigo?
Óbvio, que naquela hora, eu ainda me sentia um pouco confiante. Você fazia eu me sentir confiante.
E ele disse: — Ah... Com o Yang foi intenso. Nós nos apaixonamos, naquele tempo parecia certo, e foi bom. Foi algo grande na minha vida.
E eu?
— Você... Eu já fui apaixonado por você, sabe disso. Mas passou. Foi algo mais simples... Mais como uma admiração. Eu gosto de você, mas não desse jeito. Não é paixão.
Se você chega ao ponto de ser passado pra trás pelo banana do Yang, saiba que você está na lona, que você chegou ao fundo do poço.
Mas ali eu o encarava, tentando não explodir. — Por que demorou tanto pra me dizer?
Ele deu de ombros, indiferente.
Tudo aquilo parecia uma rotina pra ele.
— Eu esperei por meses, eu fiquei fermentando isso em minha cabeça durante a madrugada — eu disse, deixando transparecer um pouco de minha revolta. — Você não podia ter dito isso antes?
Bom, ele não me dar uma resposta imediata, já não era um indício de que eu não passava de mais um candidato na fila de espera?
Como eu fui idiota.
Eu julgava tanto os garotos que morriam de amores por ele, eu ria dos coitados. Agora eu os entendo.
Eu acreditei que ele pensava em mim, que nos imaginava juntos, que ele me via como alguém e não algo.
— Calma — me pediu, abrindo um sorriso. — Isso não é o fim do mundo, vai. Eu já passei por coisa parecida, eu te vi dessa forma um tempo atrás, e como você não parecia interessado, eu só tirei isso da minha cabeça.
E ainda ousa dizer que esteve apaixonado por mim. Provavelmente não tinha nada melhor pra fazer e me achou bonitinho.
Se apaixonar não é assim, eu acho. Não é simplesmente tirar alguém dos seus pensamentos.
— Caralho, eu sou um merda — ri, abaixando minha cabeça.
Eu estava segurando minha vontade de chorar.
Eu acho que no fundo foi bobagem minha acreditar em minhas chances. Pois no fundo eu sinto que não tenho mais a mesma importância para ele, mesmo que ele diga o contrário, eu vejo. Eu pareço ser um incômodo. Eu acho que eu sou.
Ele provavelmente só mantém a amizade comigo por conta dos tempos difíceis que eu venho passando.
É, eu não sou mais o número 1, e é bem claro isso pra mim. As coisas estão acontecendo com ele, mas eu não sei, ele acha que eu não preciso saber. Porque eu não sou mais alguém insubstituível, porque eu me tornei apenas um colega.
Então, por que eu acreditei? Por que tive esperanças?
— Não fique assim — ele passou um braço por cima de meus ombros. — Não há motivos pra ficar assim. Eu ainda tô aqui. Você ainda é meu amigo.
Cala a boca. Cala a boca.
— Deixa eu curtir minha friendzone, por favor — tentei brincar.
— Não é uma friendzone — me olhou, sorrindo. — Nós podemos ficar de vez em quando. Eu sinto atração por você.
Ele supõe que essa porra ajuda em algo?
Vá pra merda com sua atração, vai pro caralho.
Eu não quero ficar, eu quero tudo que envolve ser especial pra você, quero sentir teu carinho, e acordar sabendo que eu tenho um espaço em teus pensamentos.
— Não, obrigado — eu respondi, e forcei mais uma risada. — Hey, só não comente comigo quando se apaixonar por outra pessoa... Eu vou ficar com ciúme.
Eu zombei, mas por dentro eu me sentia despedaçado, horrível, feio, banal, só mais uma formiguinha.
Eu era um cachorrinho que pulava, sentava, corria atrás do graveto, que dava a pata e abanava o rabinho, torcendo para ser adotado, mas no final, eu só recebi um "Tão fofo. Bom garoto.".
— Ciumentinho — riu e me deu um beijo na bochecha. — Venha, Namjoon, preciso te mostrar umas músicas que eu encontrei.
Eu não queria ir. Mas a verdade era que eu não conseguiria me afastar, porque teu carinho era quente, porque era o que melhor eu tinha, e eu gostava de como tu me chamava de "meu bem". — Quais músicas, SeokJin?
//pensando aqui que eu virei uma banana
então, galera, eu recebi meu primeiro fora 🎉 🎉 sabe, foi uma boa experiência, vou tentar me sair melhor na próxima :)))
quem sabe a próxima paixão seja direta e não fique me dando esperanças por meses, não vamos desistir, guerreiros até o final. fighting!
votem, pra comemorar minha primeira friendzone !!! (ah, friendzone nao, porque ela ficaria comigo u.u só pra namorar que eu não sou boa o suficiente)
falando sério, dói pra caralho.//
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No Panic {one shots}
FanfictionUm tiro basta para gerar o caos. especial one shots bangtan/kpop/yaoi/yuri/+18