No Panic {one shots}

blushing: kihyun+changkyun

Blushing | drabble

— Você é lindo — o garoto dizia, olhando nos olhos dele.

E ele se encolheu, abaixando a cabeça, sentindo suas bochechinhas pegarem fogo. Estava com toda certeza corado.

— Precisa me olhar enquanto eu falo — o garoto disse, com sua voz suave soando mandona. — Seu cabelo é lindo, mas seu rosto é mais... e eu quero ver seu rosto!

— Não — ele pediu, com as mãos entrelaçadas firmemente uma na outra, escondidas entre suas pernas. — Pare de dizer essas coisas...

— Quer que eu minta, então? — ele riu. — Não consigo dizer que você é feio, porque não é verdade.

O garoto sentado no outro lado da mesa sentiu seu corpinho desidratar, suas bochechas cada vez mais quentes.

— Me olhe, hyung — pediu o outro, com a voz manhosa, a mão deixando o copo de milkshake que segurava para percorrer pela placa de madeira, parando somente ao alcançar a cabeça do rapaz, acariciando. — Não fique assim, olhe pra mim...

E ele olhou, mas daquele jeito!, levantando a cabeça só um pouquinho, o suficiente para  conseguir enxergar por entre a franja. — Shh...

O moreno sorriu daquela forma, daquela forma que desmontava seu hyung, o fazendo suspirar de jeito claramente audível.

— Você é tão lindo... — ele voltou a dizer, passando a pontinha do canudo pelo lábio de baixo, mirando o garoto em frente. — Eu sou um cara de sorte.

— É? — perguntou, inseguro. — Por quê?

— Pense bem — cochichou. — Só eu posso te beijar, só eu posso te abraçar à noite, só eu posso dormir coladinho contigo, só eu posso fazer amor com você. Se isso não é sorte, é o quê?

— Céus... — o mais velho voltou a abaixar sua cabeça, tão envergonhado.

Talvez nunca se acostumasse com o jeito do namorado, com a forma como elogiava com simplicidade, com a cara-de-pau, a falta de vergonha, o desejo de vê-lo corar.

— Eu devo ter azar — resmungou.

O moreno riu. — Exatamente. Só eu posso ter o melhor dos melhores. Enquanto eu namoro um cara incrível, você namora um idiota.

— Não! — se apressou em dizer, sentindo-se culpado. — Eu tenho sorte! Sorte em ter você, e sorte em ser adorado todos os dias, mesmo quando não faço nada de mais... eu tenho muita sorte.

O mais novo corou também. Uma das poucas vezes que isso lhe acontecia.

É que o seu namorado era sempre muito discreto em declarar-se, e geralmente isto só era visto nas entre linhas, na linguagem de seus próprios sinais. Ele era do tipo que agia de forma atenciosa ao invés de dizer o "eu te amo" em si.

— Ei — disse o moreno, subindo na mesa do parque e pulando ao lado do namorado. — Eu te amo, Kihyun.

Beijando o cantinho da boca do garoto, na sua forma de dizer o mesmo que seu namorado, ele corou mais uma vez. — Não me deixe tão envergonhado, Changkyun.

//n sei também

eu só amo changki

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