Open your heart up and let me inside it

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Cabello's House - Miami

Acordei depois de uma ótima noite de sono que fazia tempo que não tinha. Talvez pelo fato de estar num ambiente onde tinha boas memórias e por estar perto da minha família.

Desci para tomar café e encontrei um bilhete de meus pais dizendo que tinham ido trabalhar e Sofi estava na escola, então estaria sozinha - o que por um lado era bom- e poderia ir nos meus lugares favoritos de Miami, tipo a praia daqui que é ótima.
Me arrumei e coloquei uma roupa simples para ir pra praia e dar uma volta.

Sai de casa e fui caminhando mesmo, senti saudades dos ares daqui

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Sai de casa e fui caminhando mesmo, senti saudades dos ares daqui.
Durante o trajeto pude perceber quanta coisa mudou nas ruas e novas lojas, mercados e indústrias pela redondeza.

Chegando na praia, fui diretamente para um lugar mais afastado e sentei numa rocha, onde costumava ser meu lugar favorito pra pensar. Esse lugar me trazia boas lembranças, apesar da maioria conter ela.
Passei o dia fora, apenas andando por Miami e estava exausta. Já era era 17h e estava chegando casa.

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- Finalmente mija, já estava ficando desesperada aqui! Não levou celular e nem um bilhete pra avisar que tinha saído Karla Camila!

- Desculpa mama, apenas fui dar uma longa volta por Miami. Matar a saudade.

- Tudo bem. Mas poderia avisar, ficamos preocupados com você.

- Okay mama, da próxima vez vou dar um sinal de fumaça. - ri do drama dela, até parece que não vivi durante 17 anos em Miami.

Estávamos na sala conversando e Sofi e papa tinham saído par algum lugar que era irrelevante agora.Percebi que mama queria falar alguma coisa mas estava com receio, então resolvi perguntar.

- Mama, o que a senhora quer perguntar? Eu te conheço mulher. Você está toda nervosa aí querendo saber alguma coisa ou até contar.

- Bom, já que você perguntou gostaria de saber dessa tal Keana já que você não tocou mais no assunto, não quis dar uma de intrometida... mas sou mãe e quero saber com que tipo de gente você está se envolvendo. - ela fez uma cara de repreensão pra mim e deu um sorriso triste.

- Ah, mama... como eu já respondido anteriormente, Keana e eu somos apenas 'ficantes'. Não tem mais o que falar.

- Ok. Mas ela é uma boa pessoa? Tem certeza que ela não fica com outras pessoas quando está viajando?

- Mama... entenda, eu não exigi nada dela sobre fidelidade, assim como ela não o fez. Dei liberdade pra ela ficar com quem quiser. Mas se ela quiser ou não ficar com outras aí já é pessoal dela.

- Tudo bem. Não vou forçar a barra. Mas saiba que se ela vacilar com você, vai se ver com uma mãe muito brava.

Eu sabia que não era só isso mas deixei o assunto rolar. Como ela disse, não queria invadir minha privacidade. Eu sempre admirei a minha mãe por isso, ela sempre sabia quando perguntar ou não as coisas.

- Eu preciso perguntar isso ou vou ficar louca... Você já falou ou viu a Lauren durante esses anos? - no momento que ela fez essa pergunta meu sorriso morreu na hora. Estávamos tão bem conversando, ela e todo mundo querem saber sobre isso. Caramba, eu fui embora, eles que ficaram com ela aqui, então faz mais sentido eles saberem disso e não eu.

Respirei fundo e absorvi toda a paciência que tinha no meu ser para não ser grossa com minha querida mãe.

- Não, mãe. A última vez que vi ela foi quando descobri sobre traição, ou seja, 7 anos atrás. Por que vocês me perguntam isso? Vocês ficaram aqui em Miami com ela! Vocês que deveriam saber e não eu! - estava começando a ficar irritada com todo esse interrogatório.

- Acredite mija, mas nunca mais falamos com ela. Mas às vezes encontramos ela por aí. Acho que ela tem medo que a gente trate ela mal pelo o que ela fez, não sei...

- Tem mais que tratar mesmo. - falei com a voz alterada.

- Karla Camila! por mais que ela tenha errado todo mundo merece uma segunda chance e ser perdoado. Não importa quanto tempo leve, mas a partir do momento que você fizer isso, vai libertar todo esse sentimento ruim que Ainda guarda. - e lá vem ela com a história de segunda chance. - Fiquei sabendo que ela estava muito arrependida. Nos primeiros meses ela simplesmente não saia de casa e nem comia. Teve que ir no psicólogo e tudo mais.

Revirei os olhos para todas essas informações e levei um tapa na cabeça.

- Ai! Mama, pare de me bater! - acariciei o lugar que foi batido. Mama tem mão pesada.

- Então pare de menosprezar a dor dos outros Karla Camila!

- E a minha dor onde fica nisso tudo?! A senhora não acha que sofri muito mais que ela?

- Tenho certeza da sua dor, mija. Eu estava lá pra você , lembra? Mas já está na hora de você seguir em frente e perdoar. Você já é uma mulher feita e tem que saber tomar decisões que fazem bem para o seu coração - ela colocou a mão no meu peito e me olhou de uma maneira que só mães sabem fazer e me deu um beijo na cabeça e foi para algum lugar da casa.

Subi para meu quarto e fui até a parede de fotos, peguei uma foto que estávamos juntas.

Tínhamos acabado de sair de um jogo

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Tínhamos acabado de sair de um jogo. Nós ganhamos os ingressos mas não entendíamos nada sobre futebol americano, o que era engraçado.
Sorri lembrando desse momento.

Será que eu estava tão rancorosa ao ponto de deixar de viver?
Será que se eu tivesse perdoado ela antes, eu estaria feliz agora?
Por que raios eu não consigo seguir em frente?
E passei o resto da tarde e noite pensando sobre o que ia fazer com relação à isso...

Mistakes - (CAMREN g!p) HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora